Prezadas leitoras, caros leitores —

O ano está próximo de terminar. Como parte da celebração, juntaremos hoje a equipe do Meio numa live.

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Estamos em inúmeras redes de formas distintas, somos mais de um podcast, fazemos também vídeos de muitos tipos.

Por aqui, 2021 foi um ano de crescimento e é disso que vamos falar.

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A live estará aberta a perguntas. Apresentaremos quem faz o Meio, ouviremos vocês num diálogo virtual.

Vem com a gente.

Às 18h, no YouTube do Meio.

— Os editores

Congresso corta no Social em benefício próprio

O Congresso aprovou na noite de ontem o Orçamento da União para 2022 recheado de pontos polêmicos. As emendas do relator, que, por não identificarem os parlamentares beneficiados, ficaram conhecidas como “orçamento secreto” e chegaram a ser barradas pelo STF, vão contar com R$ 16,5 bilhões sem que as regras para maior transparência estejam claras. A fim de abrir espaço para esses recursos, os parlamentares cortaram verbas com pessoal, previdência e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a deficientes e idosos de baixa renda. O fundo eleitoral, motivo de desavença e até um veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou em R$ 4,9 bilhões – nas eleições gerais de 2018, o valor havia sido de R$ 1,7 bilhão. O salário-mínimo passa de R$ 1.100 para R$ 1.212, para compensar disparada na inflação. Os parlamentares destinaram R$ 1,7 bilhão para aumento de servidores, mas beneficiando somente três áreas: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional, todos grupos de interesse de Bolsonaro. A previsão de rombo nas contas do governo em 2022 saltou de R$ 49,6 bilhões para R$ 79,3 bilhões. O Orçamento de 2022 foi aprovado por 358 votos a 97 na Câmara e 51 a 20 no Senado. (g1)

Bolsonaro entrou em campo pessoalmente para conseguir o reajuste apenas para os policiais. Na segunda-feira ele chegou a telefonar para o relator do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que havia retirado da proposta o aumento apenas para a base do presidente. Diante da pressão, Leal chegou ao R$ 1,7 bilhão aprovado, menos que os R$ 2,8 bilhões pedidos pelo Ministério da Economia. (UOL)

O reajuste apenas para a área de segurança indignou outros setores do funcionalismo. Servidores do Banco Central enviaram uma carta de protesto ao presidente da Instituição, Roberto Campos Neto, enquanto auditores da Receita Federal ameaçam uma debandada dos cargos devido a cortes de recursos para o fisco. (UOL)

Confira como votaram deputados e senadores. (g1)

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A maioria dos diretórios estaduais do Partido Verde aprovou ontem, como conta Guilherme Amado, a adesão a uma federação partidária a ser formada por PT, PSB e PCdoB. Federações permitem a legendas pequenas escaparem da cláusula da barreira, mas exigem que os partidos atuem como um só no Congresso por quatro anos. Na reunião foi aprovado também o apoio a uma eventual chapa do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido). As duas decisões são derrotas para o presidente nacional do PV, José Luiz Penna. (Metrópoles)

Enquanto isso... Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, disse haver muita gente desejando que “o casamento entre Lula e Alckmin ocorra”, mas negou a intenção de filiar o ex-governador para indicá-lo a vice do petista. Kassab reafirmou o apoio à candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Planalto. (UOL)

Malu Gaspar: “Entre tantas presenças ilustres no jantar para Lula, uma ausência passou (quase) despercebida: a de Dilma Rousseff. A ex-presidente não só não estava no jantar em que Lula e Alckmin se encontraram publicamente pela primeira vez, como tampouco foi convidada para o evento. Isso porque no jantar estavam célebres apoiadores do impeachment — como os presidentes do MDB e do PSD, Baleia Rossi e Gilberto Kassab, além do próprio Alckmin e da ex-prefeita Marta Suplicy, que ficou sentada na mesma mesa com Lula. A amigos que a questionaram a respeito da ausência no evento, Dilma afirmou ter entendido que se tornou um problema político para Lula.” (Globo)

Em 2018 os evangélicos foram um esteio do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL) e ainda são o grupo onde sua aprovação menos decaiu, mas as pesquisas indicam que Lula já recuperou uma grande parcela desse segmento. Bolsonaristas e petistas não são os únicos de olho no voto cristão. O ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) planeja uma ofensiva logo após a virada do ano para atrair esse eleitor conservador. Ele conta com apoio do advogado Uziel Santana, ex-presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos no Brasil (ANAJURE), e do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que comandou a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, também se filiou ao Podemos e frequenta a Igreja Batista. (Estadão)

As coisas mudam. Olavo de Carvalho já foi tão umbilicalmente ligado ao governo Bolsonaro que havia uma ala chamada “olavista” no Executivo, com direito à indicação de nomes para compor o Ministério. Agora, o escritor diz que foi usado pelo presidente como ‘poster boy’ (garoto propaganda) durante a campanha. “Depois disso não só esqueceu tudo o que eu dizia, mas até os meus amigos que estavam no governo ele tirou”, reclamou. Apesar disso, ele não retira o apoio a Bolsonaro, pois, como diz, “não tem outro candidato” para o lugar. (Globo)

Transforme a experiência do seu time

Transforme a experiência do seu time

Não existe sensação mais prazerosa do que riscar uma meta. Mas as metas de Ano Novo não costumam ter boa reputação e 80% delas fracassam até a primeira semana de fevereiro. Entre os motivos estão os objetivos muito ambiciosos e que exigem mudanças drásticas e a falta de planejamento. Isso porque correr uma maratona ou começar um negócio próprio, por exemplo, não são objetivos simples de serem alcançados. Confira dicas infalíveis para você tirar seus planos do papel em 2022.

Já que o assunto é Ano Novo… Uma boa liderança sempre foi fundamental para o sucesso das equipes e das empresas como um todo. E, desde março de 2020, quando a pandemia foi decretada, essa máxima ganhou ainda mais relevância. Por isso, os gestores precisam se reinventar e agir rapidamente para navegar em um mar cheio de incertezas. Veja como ser um líder melhor em 2022. (Época NEGÓCIOS)

E um levantamento da Companhia de Estágios mostrou que seis em cada 10 estagiários não se sentem prontos para o mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, 40% dizem que precisam adquirir mais experiência e 20% alegam que é preciso melhorar o currículo. O estudo também mostra que a vocação perdeu relevância como principal motivação dos estudantes na hora de escolher a graduação. (g1)

Viver

Vacinar as crianças é crucial para aumentar a cobertura vacinal e conter a covid-19 no Brasil. Essa é a conclusão de um estudo publicado ontem pela Fundação Oswaldo Cruz mostrando que desde setembro o ritmo de aplicação da primeira dose está desacelerando. Reverter essa tendência exige, na avaliação dos pesquisadores, ampliar o universo de pessoas que podem ser vacinadas com a inclusão de crianças e melhorar o acesso de pessoas que vivem em locais remotos aos imunizantes. (Agência Fiocruz)

O estudo da Fiocruz não é uma posição isolada. Nesta terça-feira as sociedades brasileiras de Imunizações, Pediatria e Infectologia divulgaram o parecer que tinham enviado à Anvisa no dia 15 defendendo a liberação de vacinas para crianças acima de cinco anos. Segundo os especialistas, os benefícios da vacinação hoje superam em muito os eventuais riscos. (Poder360)

Falando nisso... A Polícia Federal concluiu o primeiro inquérito sobre ameaças feitas a servidores da Anvisa em outubro por conta da vacinação de crianças. Segundo os policiais, diz o Painel, o paranaense Douglas Bozza cometeu crime de ameaça ao enviar emails dizendo que iria matar quem “atentasse contra vida de seu filho” com “vacinas experimentais”. Como o crime é de menor potencial ofensivo, Bozza não pode ser indiciado, cabendo ao MP Federal denunciá-lo à Justiça. (Folha)

A despeito da confirmação de um caso da variante ômicron no Rio de Janeiro, o Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 deu sinal verde para a prefeitura fazer o carnaval de 2022 sem restrições além da exigência de comprovante de vacinação no Sambódromo e em bailes e festas. O principal argumento é a alta cobertura vacinal na cidade, acima de 80%. (UOL)

Quer ver a ômicron de perto, mas com segurança? Cientistas do Instituto de Pesquisa Gamaleya, na Rússia, divulgaram as primeiras imagens da nova variante do sars-cov-2. (CNN Brasil)

Meio em vídeo. Após quase dois anos de pandemia e três doses de vacina, Cora Rónai teve a oportunidade de viajar e conta da sua experiência de passageira em tempos pandêmicos. (YouTube)

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Cientistas encontraram um embrião de dinossauro perfeitamente preservado dentro de um ovo fossilizado que estava no acervo de um museu chinês. O ovo, que estava quase a ponto de eclodir, deve ter sido coberto por uma enxurrada há cerca de 70 milhões de anos. O dinossauro — que, adulto, poderia chegar a três metros de comprimento — estava numa posição comum a embriões de aves, reforçando o parentesco entre eles. (UOL)

Cultura

O Brasil é um país mais triste que feliz. Essa foi a ideia que Caetano Veloso trouxe consigo de Santo Amaro da Purificação (BA) e que externou para o Roda Viva (íntegra), da TV Cultura, na noite de segunda-feira. “Aprendi desde pequeno que somos a união de três raças tristes”, diz o cantor e compositor. “Quem inventou essa ideia de Brasil feliz foi o Vinicius de Moraes”, afirma, ao destacar na Bossa Nova os amores correspondidos. Essa tendência, avalia, explica também o sucesso de gêneros como a sofrência. “O que não quer dizer que voltamos para trás”, acrescenta. Do alto de seus 79 anos, ele criticou a patrulha idiomática, defendeu a miscigenação e lembrou que sua geração já lidava com a sexualidade fluida. Caetano também falou de política, claro. “Eu sou um daqueles que acompanharam com respeito, mas com suspeição toda a onda da Lava-Jato”, conta. Ele declarou voto em Lula, mas relutou em se definir em termos políticos. “Estou à esquerda de mim mesmo”, disse, caetanamente. (Folha)

Era grande a animação na Broadway para a virada do ano. É altíssima temporada turística, e os musicais estão entre as principais atrações de Nova York. Mas aí veio a variante ômicron do sars-cov-2, provocando uma ressurgência da covid-19. Algumas das principais peças em cartaz, como Hamilton, Hadestown e Aladdin, suspenderam suas apresentações devido a casos da doença na equipe, enquanto a produção de Jagged Little Pill decidiu simplesmente encerrar a temporada. A situação está se repetindo em diversas cidades dos EUA. (Estadão)

Deserto Particular (trailer), de Aly Muritiba, ficou de fora da lista de produções que vão disputar o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A relação dos selecionados foi divulgada ontem. Mas o Brasil segue na corrida do Oscar graças ao curta Seiva Bruta, de Gustavo Milan, que ainda vai passar por uma votação que escolherá a lista final da categoria. (g1)

Cotidiano Digital

Pois é… A gigante do marketplace Amazon não escapou das rígidas regras do governo da China para se estabelecer no mercado local. O país asiático pressionou a Amazon a apagar todos os comentários e resenhas relacionadas ao livro “Governança da China”, um resumo dos discursos e escritos do presidente Xi Jinping. Resenhas ou classificações do livro no domínio do marketplace foram retiradas depois que leitores deram notas baixas e fizeram comentários negativos à publicação. O governo tem assumido uma postura agressiva em relação às empresas que falam sobre direitos humanos e outras questões no país. Yahoo!, LinkedIn e Microsoft deixaram o mercado da China este ano, citando um ambiente de negócios e jurídico cada vez mais desafiador no país. (Reuters)

E por falar em Amazon... A varejista passou a aceitar o pagamento instantâneo via Pix nos últimos dias. (Tecnoblog)

A primeira mensagem de texto enviada, desejando “Feliz Natal”, foi vendida ontem por 107 mil euros (cerca de R$ 692 mil) como NFT, um token não fungível, em uma casa de leilões de Paris, na França. O texto, enviado em 3 de dezembro de 1992, foi posto a leilão pela empresa britânica de telecomunicações Vodafone. (g1)

E a Xiaomi deve lançar o sucessor do Mi 11, smartphone carro-chefe da empresa, no dia 28 de dezembro. A nova linha será chamada de Xiaomi 12 series e chegará aos mercados globais em 2022. (The Verge)

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