Vacinação infantil começa na segunda quinzena de janeiro

A imunização de crianças entre cinco e 11 anos vai começar na segunda quinzena de janeiro, um mês depois de autorizada pela Anvisa. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem que esse é o prazo para a chegada das vacinas da Pfizer para esse público, embora a faixa etária ainda não tenha sido incluída no Plano Nacional de Imunização. Segundo os governadores, 90% dos municípios têm condições de botar agulha no braço das crianças até 48 horas após a chegada das vacinas. Aliás, pelo menos 19 estados e o Distrito Federal já avisaram que vão ignorar a ideia de Queiroga (e Bolsonaro) de exigir prescrição médica para a imunização infantil. (g1)

A estimativa é que uma primeira leva de um milhão de doses da vacina pediátrica da Pfizer chegue no dia 10, com mais quatro milhões até o fim do mês. Não há um cronograma fechado, mas a farmacêutica americana prevê entregar 20 milhões de doses desse imunizante no primeiro trimestre, o que seria suficiente para uma aplicação em quase toda população entre cinco e 11 anos, estimada em 20,4 milhões pelo IBGE. (Folha)

Depois de muita infecção e polêmica, as companhias que operam cruzeiros marítimos no Brasil decidiram suspender as atividades até o próximo dia 21 – as embarcações que já estão no mar, porém, vão concluir seus itinerários. Com apoio de especialistas, a Anvisa já havia recomendado a suspensão da temporada de cruzeiros, apesar da reação das empresas. Para o sanitarista Sérgio Zanetta, esse tipo de passeio num ambiente fechado com milhares de pessoas é “uma armadilha para a transmissão da covid-19”. (CNN Brasil)

Na contramão da Anvisa e dos cientistas, o ministro do Turismo, Gilson Machado, defendeu o afrouxamento de regras para permitir a retomada dos cruzeiros. Para ele, as autoridades sanitárias deveriam levar em consideração as indicações de que a variante ômicron, responsável pela atual onda da covid-19, causa sintomas mais brandos. (Folha)

Além dos cruzeiros, a polêmica da vez é o carnaval. Capitais como Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza cancelaram até os desfiles de blocos, mantidos em São Paulo. No Rio, conta Ancelmo Gois, a associação de blocos se reúne hoje com a prefeitura para decidir a festa, sob pressão da Ambev, que patrocina a folia. (Globo)

Pelo menos três estados – Rio, São Paulo e Ceará – confirmaram casos de infecção simultânea por influenza (gripe) e covid-19, que já recebeu o apelido de “flurona”. Para os especialistas, essa dupla contaminação deve aumentar, uma vez que ambos os vírus são altamente transmissíveis e estão circulando ao mesmo tempo. A melhor forma de se prevenir é estar em dia com as vacinas e tomar precauções como o uso de máscaras. Entenda a diferença entre as duas doenças. (g1)

Enquanto isso... A variante ômicron, muito mais transmissível que a delta, fez a média móvel de casos de covid-19 no Brasil saltar 135% em duas semanas, uma tendência vista em praticamente todo o mundo. Como ela é menos letal e já há uma razoável cobertura vacinal, a média de mortes não acompanhou esse crescimento. (Poder360)

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Enquanto todos os olhos se voltam para a Amazônia, o desmatamento no cerrado está deixando os cientistas alarmados. A perda de vegetação nativa na chamada “floresta invertida” cresceu 8% nos 12 meses até julho do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A destruição desse bioma é uma das maiores fontes de gases do efeito estufa no país. (UOL)

Panelinha no Meio. A essa altura a rebordosa do Ano Novo já passou – assim o esperamos, pelo menos –, mas nunca é demais uma receita para acalmar o organismo. Essa versão da tradicional galinhada com saladinha de agrião é ótima para isso e ainda serve como charmosa refeição a dois.

Política

Internado desde a madrugada de ontem em São Paulo para tratar de uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro não deve, a princípio, ser operado novamente. A avaliação preliminar é do cirurgião Antônio Luiz Macedo, que o acompanha desde o atentado a faca sofrido durante a campanha de 2018. O médico, que estava nas Bahamas, deve chegar à capital paulista hoje cedo para assumir o tratamento do presidente. Segundo o hospital Vila Nova Star, Bolsonaro está estável e sem dor. Especialistas dizem que, por conta da facada, crises como essa podem acompanhá-lo pelo resto da vida. Nas redes, aliados do presidente aproveitaram a internação para relembrar o atentado. (Folha)

Sérgio Moro, ex-ministro e pré-candidato do Podemos ao Planalto, estabeleceu para si uma meta, como revela Carolina Brígido. Se não atingir 15% das intenções de votos até fevereiro, vai desistir da candidatura presidencial e tentar a vaga do Paraná no Senado. A tarefa é árdua, pois a maioria dos levantamentos feitos no fim do ano o mostrava estacionado em 9%. Moro e seu círculo mais próximo estabeleceram essa meta depois que o ministro do TCU Bruno Dantas mandou que a consultoria americana Alvarez & Marsal, onde ex-ministro trabalhou entre abril e outubro, revelasse o que ele fazia e quanto ganhou. Há suspeita de conflito de interesses porque a empresa atuou como administradora judicial da Odebrecht, envolvida na Lava-Jato. Em nota, a assessoria de Moro negou tanto a intenção de mudar a candidatura quanto qualquer irregularidade no trabalho para a consultoria. (UOL)

Incluído a pedido do Executivo no Orçamento da União, o aumento salarial apenas para policiais e agentes penitenciários federais é a cada dia uma dor de cabeça maior para o governo. A exemplo do que aconteceu na Receita Federal, funcionários em cargos de chefia no Banco Central começaram a pedir exoneração, e a categoria aderiu a uma paralização no dia 18 e uma greve em fevereiro, convocadas pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonocate). Para se ter uma ideia do tamanho do problema, as “carreiras típicas de Estado” incluem também diplomatas, procuradores e defensores públicos da União e o Judiciário, onde também não é pequena a insatisfação com o aumento somente para a base de Jair Bolsonaro. (Folha)

Embora tenha sido colocada na Secretaria de Governo como representante do Centrão – é deputada pelo PL do DF –, a ministra Flávia Arruda vem enfrentando um descontentamento crescente da base do governo no Congresso, como conta Malu Gaspar. Parlamentares reclamam que ela não cumpre os acordos firmados e querem sua cabeça imediatamente. Arruda está entre os ministros que devem deixar o governo em abril para concorrer nas eleições de outubro. (Globo)

Para ler com calma. A diretriz baixada pelo comando da PM paulista proibindo a tropa de publicar em redes sociais conteúdo político-partidário, exibição de armas e notícias falsas atinge em cheio a estratégia do bolsonarismo para as eleições do ano que vem. Aliados do presidente pretendiam usar a capilaridade das redes de 130 mil PMs da ativa e da reserva para fazer campanha. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) protestou nas mesmas redes sociais, dizendo que a diretriz fere a liberdade de expressão dos policiais. (Estadão)

Enquanto isso... A militância bolsonarista se dividiu ao longo da segunda-feira por conta de uma briga virtual entre o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ). Jordy publicou um discurso no qual cobrava do presidente maior empenho na eleição de deputados e senadores, ao que o Zero Dois reagiu: “Ainda tenho que ouvir isso? Pqp! É inacreditável? Não! Sei exatamente como esses agem!”. (UOL)

Para também ler com calma. A Folha iniciou uma série com artigos de assessores para assuntos econômicos dos pré-candidatos à Presidência este ano. No primeiro deles, Nelson Marconi, professor da FGV-Eaesp e coordenador do programa de governo de Ciro Gomes (PDT) em 2018, defendeu o plano nacional de desenvolvimento proposto pelo candidato. “(O plano) é essencial, prevendo tanto o desenvolvimento científico e tecnológico como a redução de desigualdades e a melhoria de indicadores sociais, que se recuperarão com a melhoria na qualidade dos empregos, o avanço educacional e políticas específicas para os mais desfavorecidos.” (Folha)

Meio em vídeo. Vamos falar sobre jornalismo? A sociedade está se transformando muito rápido por conta da digitalização. Este é um processo confuso. O mundo no qual vivemos entre o final da Primeira Guerra e até ainda pouco deixou de existir. E esse mundo que está sendo construído ainda não se formou. Há uma cobrança maior, do público, por transparência dos jornalistas. Uma nova maneira de se relacionar é necessária e, num ano eleitoral, é bom começarmos por esta conversa. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)

Cultura

Para o jornalista Nelson Motta, a MPB, tal como ficou conhecida, tem um marco zero, o seminal Nara (Spotify), de 1964, no qual Nara Leão (1942-1989), nome umbilicalmente ligado à Bossa Nova, emprestou sua afinação perfeita a sambas clássicos como O Sol Nascerá (Spotify), de Cartola, e Luz Negra (Spotify), de Nelson Cavaquinho. Aquela moça baixinha, magrinha e tímida era, como disse Carlos Drummond de Andrade em um poema, Leão, com atitudes políticas corajosas em plena ditadura militar. E é essa figura fundamental da nossa cultura que a série documental O Canto Livre, que estreia dia 7 da Globoplay, quer resgatar e apresentar às novas gerações. “Ela foi uma mulher que não só estava à frente de vários movimentos musicais, como também revolucionou comportamentos. Essa série tem essa pretensão, de trazer um retrato mais completo da Nara”, diz Renato Terra, diretor dos cinco episódios. (Estadão)

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A HBO Max teve que refazer e subir às pressas o especial Harry Potter – De Volta a Hogwarts após fãs e atores apontarem erros. Uma foto de infância da atriz americana Emma Roberts foi usada por engano na parte sobre Emma Watson, que viveu Hermione Granger na série. Já o próprio Oliver Phelps, que interpretou George Weasley, teve o nome trocado com o do irmão gêmeo James Phelps (Fred Weasley). Mas eles merecem, pois seus personagens fizeram essa brincadeira ao longo de toda a série. (Los Angeles Times)

Dessa vez são os herdeiros que vão faturar. O catálogo do cantor e compositor britânico David Bowie (1947-2016) foi vendido para a Warner Chappell Music por, segundo fontes ligadas à transação, US$ 250 milhões, cerca de R$ 1,4 bilhão. A discografia (Spotify) é vasta, pois Bowie lançou álbuns desde o fim dos anos 1960 até literalmente as vésperas de sua morte, e recheada de clássicos que ditaram os rumos do rock e da música pop. A venda de catálogos virou moda entre astros internacionais, como Bruce Springsteen, Bob Dylan e Paul Simon, mas estes ainda podem desfrutar da fortuna gerada por seu talento. (g1)

Cotidiano Digital

Para ler com calma. No início de 2021, apenas um grupo de nicho de entusiastas de criptografia sabia o que eram os tokens não fungíveis. Mas, no final de 2021, quase US$ 41 bilhões foram gastos em NFTs, tornando o mercado de arte digital e colecionáveis extremamente valioso. Entenda como os NFTs se tornaram um mercado de US$ 40 bilhões em 2021. (Financial Times)

A dona do iPhone começou com recorde já na primeira semana de 2022. Ontem a Apple tornou-se a primeira empresa de capital aberto a atingir a marca dos US$ 3 trilhões em valor de mercado, avaliação que mantém a companhia como a mais valiosa do mundo. As ações da empresa atingiram um recorde de US$ 182,88 no intradiário da primeira sessão de 2022. Em 2018, a big tech havia quebrado o recorde de US$ 1 trilhão, e dos US$ 2 trilhões, em agosto de 2020. Os resultados acontecem apesar da escassez global de chips, que permanece como um problema para a Apple e tem prejudicado a entrega de novos modelos de iPhone. (Estadão)

Em 2021, a Apple também foi destaque no nicho de tecnologia, que encerrou o ano com ganhos positivos em capitalização. Entre as empresas que tiveram um bom desempenho fiscal no ano passado estão a Alphabet, dona do Google, a Amazon e a Meta. Somando os ganhos de todas as empresas, o setor teve um salto anual de US$ 2,45 trilhões (quase R$ 14 trilhões). (Olhar Digital)

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