Prezadas leitoras, caros leitores —

Pietra Príncipe sempre foi exuberante. Perto de completar 40 anos — e exibindo sua sexualidade desde os 26, quando era apresentadora do “Papo Calcinha”, no Multishow —, Pietra agora é verdadeiramente musa. De si mesma. Depois de largar a televisão, reconheceu-se artista. A matéria-prima de sua arte é seu erotismo. Ela se fotografa nua e publica suas fotos na rede OnlyFans, onde pode cobrar por elas e interagir com os seguidores.

É uma revolução. A criadora com o real controle de sua imagem. Mas o papo com Pietra é abundante. Ele perpassa cada fase da indústria adulta que viveu, da TV às revistas à internet, e desemboca em sua pintura. Sem tarjas.

Na Edição de Sábado, vamos falar ainda do movimento que deu origem à Lei de Cotas, que completa 10 anos neste mês. Dezesseis anos antes de a lei ser aprovada, a Marcha Zumbi dos Palmares, de 1996, levou 30 mil ativistas do movimento negro a Brasília e desencadeou as pressões por reparação social. E uma olhadinha em Paris levanta a dúvida: onde foram parar os chineses na reabertura do turismo?

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— Os Editores

Moraes vota contra benefício a condenados por improbidade

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou ontem contra o uso de nova e muito mais branda Lei de Improbidade Administrativa para anular os julgamentos de políticos e agentes públicos já condenados. Para ele, a lei só pode retroagir em casos que ainda estão tramitando na Justiça. Sancionada em outubro do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a regra atual exige comprovação de que o ato de improbidade foi intencional, eliminando as condenações por incompetência ou omissão. Para Moraes, mesmo nos processos em andamento, a análise da retroatividade da lei deve ser feita caso a caso, e os prazos de prescrição, reduzidos pela nova lei, não mudam. Único dos demais ministros a votar até agora, André Mendonça divergiu, admitindo que a lei mais branda beneficie condenados em determinadas situações e aplicando o prazo de prescrição menor. (g1)

O julgamento é acompanhado com ansiedade por políticos, pois a mudança na lei beneficia diretamente nomes de peso como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (União Brasil) e o ex-prefeito do Rio César Maia (PSDB), candidato a vice na chapa de Marcelo Freixo (PSB). (Metrópoles)

Enquanto isso... Bolsonaro disse ontem, durante discurso a pastores evangélicos em São Paulo, ter sofrido pressões e chantagens nas nomeações ao STF e ao STJ. “Tem pessoas que o tempo todo ficam falando: ‘Olha o teu futuro, você tem que fazer isso’, ‘Eu não quero esse nome para o STJ, tem que ser aquele outro’”, afirmou. O ministro do STF Kássio Cunha Lima, um dos dois integrantes do Supremo alinhados com o presidente, teria vetado o nome de um desafeto para uma vaga do STJ, ameaçando romper com Bolsonaro. Aos pastores, o presidente confirmou o temor de ser preso ao deixar o governo. (Metrópoles)

Meio em vídeo. Bolsonaro está com medo de ser preso. Ele tem que ter medo mesmo. Estão tentando negociar uma anistia para ele, algum jeito de garantir que o que fez são águas passadas. A gente não pode deixar isso acontecer. É por causa da última anistia que Bolsonaro aconteceu. Confira a análise de Pedro Doria. (YouTube)

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A Fiesp publicou hoje nos principais jornais do país a íntegra de o manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça, no qual afirma que “a estabilidade democrática, o respeito ao Estado de Direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”. O texto foi alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) que cancelou uma sabatina na entidade, entre outros motivos para não ser convidado a assiná-lo. Tem apoio amplo, congregando entidades como a Febraban, a UNE, a Fecomércio e CUT, entre dezenas de outras, mas apenas 18 dos 131 sindicatos patronais filiados à Fiesp o assinaram. (Poder360)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, agradeceu ontem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pelo “pronunciamento firme, sereno (...) em defesa da democracia e do processo eleitoral”. Na quarta-feira, o senador abriu os trabalhos do Congresso no segundo semestre com um discurso classificando as urnas eletrônicas, alvo de ataques constantes e sem provas de Bolsonaro, como “orgulho nacional” e garantindo o “respeito ao voto”. (g1)

Meio em vídeo. Lembram da mamadeira de piroca?  Bolsonaro precisa desses factoides. Na falta de um programa de governo, coisa que ele já não tinha em 2018, ele precisa de assuntos que gerem barulho, indignação, medo. Veja o comentário de Mariliz Pereira Jorge, a partir das 11h, na coluna De Tédio A Gente Não Morre. (YouTube)

A quinta-feira foi de movimentação na corrida presidencial. O deputado André Janones (Avante-MG) abandonou a disputa e anunciou, durante live, o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em troca da incorporação de algumas de suas propostas, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, ao programa de governo petista. (UOL)

Já o Podemos, cortejado pelo União Brasil, fechou com a candidata da coligação MDB/PSDB-Cidadania, a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Em contrapartida, os três partidos vão trabalhar no Paraná para a reeleição do senador Álvaro Dias (Podemos), que enfrenta uma disputa renhida com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (UB). (CNN Brasil)

Tebet, porém, perdeu o apoio do diretório do próprio partido no Estado do Rio. O MDB fluminense colocou uma perna no petismo ao defender o voto em Lula e outra no bolsonarismo, indicando o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, para vice do governador Cláudio Castro (PL), que tenta a reeleição. (Congresso em Foco)

A reação amplamente negativa nas redes sociais fez o PT rever a decisão de romper com a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio. O vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá (RJ), defendeu, em vez do rompimento, a liberação dos militantes petistas para apoiarem qualquer candidato. Análise da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV) mostrou que 47% das interações no Twitter sobre o caso foram negativas, a maioria de pessoas ligadas a outras legendas e influenciadores de esquerda independentes, enquanto 30%, em sua maioria de dirigentes e militantes petistas, foram positivas. O PT quer a vaga na disputa pelo Senado para o presidente da Alerj, André Ceciliano, enquanto o deputado Alessandro Molon (PSB), mais bem colocado nas pesquisas, mantém sua candidatura. (Globo)

Brincando com fogo

Tony de Marco

Bandeira-Taiwan-China

Cultura

Morreu na madrugada de hoje, aos 84 anos, o humorista, apresentador, escritor e diretor Jô Soares, que por décadas fez o Brasil rir e pensar. Ele estava internado com pneumonia no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 25 de julho, mas a causa da morte não foi divulgada. José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 1938 e mudou-se aos 12 anos com a família para Paris, onde chegou a cogitar a carreira diplomática. A carreira artística começou aos 20 anos com uma participação no longa O Homem do Sputnik, de Carlos Manga, estrelado por Oscarito. Em 1961, entrou para a TV pela Record, onde viveu o primeiro grande sucesso no programa Família Trapo, ao lado de outro gigante da comédia, Ronald Golias. A chegada à TV Globo aconteceu nove anos depois, no programa Faça Humor Não Faça Guerra, que, mantendo o formato, mudou de nome para Satiricom e Planeta dos Homens. Ganhou em 1981, seu próprio programa Viva o Gordo, cujo nome veio de seu espetáculo teatral Viva o Gordo e Abaixo o Regime. Lá criou alguns de seus personagens mais famosos, como o Capitão Gay, Vovó Naná e o Reizinho. Em 1987, rebatizado Veja o Gordo, o programa migrou para o SBT, mas teria vida curta. No ano seguinte, Jô realizou o sonho de comandar um programa de entrevistas, o Jô Soares Onze e Meia, no qual não faltaram momentos marcantes. Em 1982, foi apelidado de “CPI paralela” ao entrevistar políticos e personalidades como Ulysses Guimarães que investigavam PC Farias, ex-tesoureiro do então presidente Fernando Collor de Mello, que acabou deposto. Recebia atrações musicais fora da caixinha, e sua banda de apoio, o Quinteto Onze e Meia, era uma atração à parte. Suas entrevistas com colegas de humor, como Chico Anysio e Agildo Ribeiro, foram históricas. Voltou para a Globo em 2000, levando consigo o formato de talk show (e o Quinteto) para o Programa do Jô, que foi a ao até 2016. O velório e o sepultamento serão fechados a parentes e amigos. (CNN Brasil)

Os fãs de The Sandman, a seminal revista em quadrinhos escrita por Neil Gaiman entre 1989 e 1996, passaram mais de três décadas pedindo por uma adaptação para cinema e TV. A espera acabou hoje, com a entrada na Netflix da primeira temporada da série homônima. A demora não era falta de interesse dos estúdios, mas insistência de Gaiman de ter ingerência sobre o a produção, respeitando sua obra. Nos anos 1990, ele teria recusado uma oferta milionária da Warner, dona da DC, cujo selo Vertigo publicou as revistas. A julgar pelo trailer e pela cenas antecipadas, valeu a espera. O próprio Gaiman e parte do elenco explicam em vídeo a complexa jornada do Senhor do Sonhos, que precisa reconstruir seu reino após um século de cativeiro. (Omelete)

Viver

O governo Biden declarou a varíola dos macacos uma emergência de saúde pública, nesta quinta-feira. Os Estados Unidos se tornaram o país com o maior surto da doença, passando dos 6.600 casos até o dia do anúncio. A declaração de emergência ajuda o país a mobilizar recursos para o combate ao vírus, que se espalhou rapidamente desde o anúncio do primeiro caso em Boston, em maio deste ano. Mais de 26 mil pessoas foram contaminadas em 87 países, com os EUA representando 25% do total de infecções. O governo federal já entregou aos estados mais de 600 mil doses de vacina contra a monkeypox desde maio e aumentou sua capacidade de testagem para 80 mil por semana. (CNBC)

Em São Paulo, o governo estadual anunciou uma série de medidas para conter a varíola dos macacos. Entre elas, está a criação de uma rede de 93 hospitais e maternidades para atender pacientes em estado mais grave, e de uma rede de laboratórios públicos e privados, liderados pelo Instituto Adolfo Lutz, para vigilância epidemiológica do vírus. O estado é líder de infecções no Brasil, tendo registrado quase 1.300 casos da doença. (Folha)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso manteve a condenação dos 73 policiais militares condenados pelo massacre do Carandiru, quando 111 presos foram assassinados na casa de detenção que ficava na Zona Norte de São Paulo, em 1992. A defesa dos agentes tinha apresentado um recurso extraordinário na Suprema Corte contra uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que restabeleceu as sentenças após o Tribunal de São Paulo ter anulado os julgamentos. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira, enquanto a Câmara dos Deputados discute um Projeto de Lei que concede anistia aos policiais condenados. A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou o texto em votação simbólica, mas ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário da Casa. (Metrópoles)

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 1,6 milhão de residências sem banheiro. Para modificar essa realidade, os conselhos de arquitetura do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul se juntaram para criar o programa “Nenhuma casa sem banheiro”, com investimentos que passam dos R$ 500 mil. Para ajudar nos projetos de construção, que levam vaso sanitário, pia e chuveiro para moradores de habitações com estruturas precárias, os conselhos conseguiram outros R$ 500 mil de apoio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB) e outros R$ 1,7 milhão do governo do Rio Grande do Sul. O estado gaúcho possui dois municípios entre os piores do ranking de saneamento realizado pelo Instituto Trata. Segundo o DataFolha, 82% das moradias brasileiras são irregulares por falta de contratação especializada como arquitetos e engenheiros. (Folha)

Cotidiano Digital

Após receber o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), São Paulo recebeu ontem a frequência de 3,5 GHz da nova geração de internet móvel, o 5G. A cidade foi a quinta a receber a autorização para ativar a tecnologia. A implementação do sinal se concentrou na região central e na Zona Sul, com apenas 25% da área urbana com cobertura neste primeiro momento. Em testes, a velocidade de download 5G variava entre 300 e 400 Mbps (megabits por segundo), valor até quatro vezes superior ao do 4G. Segundo a Anatel, 1.378 antenas de transmissão entraram em funcionamento nesta quinta. Veja a lista dos principais aparelhos compatíveis com a conexão. (Folha)

E a Blue Origin, empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos, concluiu nesta quinta-feira seu sexto voo espacial tripulado. Em um voo suborbital, a missão NS-22 levou seis pessoas ao espaço, incluindo a primeira egípcia e o primeiro português a alcançarem este feito. Em julho deste ano, o brasileiro Victor Hespanha participou de uma missão da empresa e se tornou o segundo brasileiro a ir ao espaço. (g1)

Meio em vídeo. Pedro Doria e Cora Rónai recebem o psicanalista Jorge Forbes, que nos ajuda a entender, psicanaliticamente, o mundo digital. Ele explica as razões para estarmos vivendo num novo mundo, uma Terra totalmente diferente pelo menos nos últimos 40 anos. (YouTube)

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