Senado votará PEC da Transição esta semana

A PEC que tira do teto de gastos as despesas com o Bolsa Família deve ser votada na manhã de hoje pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado e terá como relator Alexandre Silveira (PSD-MG), aliado do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pelo cronograma deste, em caso de aprovação, a medida poderá ir à votação do Plenário em dois turnos amanhã. Já há sinalização de apoio de 54 senadores, mais do que o necessário para uma alteração na Constituição. A votação na manhã de terça é uma manobra do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (UB-AP), para evitar que um pedido de vistas atrase a tramitação. Caso algum senador queira mais tempo, terá 24 horas, o que permitiria votar na comissão na manhã de quarta e no Plenário à tarde. (CNN Brasil)

Os senadores já avisaram à Câmara que vão aprovar a PEC com prazo de dois anos e limite de estouro do teto em R$ 128 bilhões anuais, não os R$ 198 bilhões por quatro anos pedidos pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que precisa conversar com os demais deputados para saber se essa proposta tem apoio. Caso a PEC seja modificada na Câmara, terá de ser votada novamente no Senado. (Poder360)

Uma disputa local no Amapá afetou a tramitação da PEC. Até ontem era certo que o próprio Alcolumbre atuaria como relator, ele mudou de ideia ao perceber que não poderia comandar a sessão da CCJ se estivesse relatando. A função ficaria com Lucas Barreto (PSD-AP), seu amigo de infância e hoje desafeto político. Além disso, Barreto é bolsonarista convicto e poderia, no comando da CCJ, tomar decisões que atrasassem a tramitação. (Metrópoles)

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O governo dos EUA espera receber o presidente eleito Lula numa visita oficial se possível ainda em janeiro. Ontem, em reunião com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional de Joe Biden, Lula disse que “talvez não desse” para deixar o país antes de assumir o governo, como pretendia. (Folha)

Meio em vídeo. Este governo vai exigir de nós um reaprendizado. A imprensa vai precisar reaprender a cobrir política. Os políticos vão precisar reaprender a negociar. Os eleitores vão precisar reaprender a lidar com discordâncias. A democracia continua em jogo. Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou em público ontem ao participar de uma cerimônia militar em Brasília, o terceiro evento do tipo a que comparece desde a derrota no segundo turno. Mais uma vez, ele não discursou nem falou com apoiadores ou com a imprensa. Bolsonaro estava acompanhado da primeira-dama Michelle, na primeira vez em que os dois comparecem juntos a um evento em mais de um mês. Para aliados, ele finalmente está tendo de encarar a derrota e não consegue esconder o abatimento. (UOL)

Enquanto isso... A Justiça Federal suspendeu ontem, no dia da conclusão, a compra pelo Exército de 95 blindados italianos pelo valor total de R$ 5 bilhões. Segundo o advogado que entrou com a ação, a aquisição não pode acontecer num momento que o governo corta despesas em setores essenciais, como educação e saúde. (Metrópoles)

Às vésperas de o STF iniciar o julgamento que pode acabar com o chamado orçamento secreto, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elaboraram uma proposta para preservar a principal ferramenta de fisiologismo do Centrão. A ideia é que os recursos dessas emendas sejam distribuídos proporcionalmente entre as bancadas e que os parlamentares beneficiados sejam identificados. Nos bastidores, porém, a tendência entre a maioria dos ministros do Supremo é derrubar o orçamento secreto. (Poder36)

Na contramão, o presidente eleito Lula vem conversando com ministros do STF para defender o fim do orçamento secreto para “devolver a governabilidade” ao Brasil, conta Malu Gaspar. (Globo)

WWF

Energia além do fóssil

Com 80% dos manguezais do Brasil — base de teias alimentares e modos de vida tradicionais, como pescadores, indígenas e quilombolas —, a Costa Amazônica é um território estratégico para a conservação da biodiversidade. Mas esse paraíso natural está em risco: há anos o governo brasileiro e petroleiras de diversas partes do mundo tentam abrir novos poços para a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas. Essa atividade pode alterar drasticamente a vida local, sem falar nas emissões e gases de efeito estufa. Entenda como abrir um poço de petróleo que só deve produzir daqui 15 anos pode colocar em risco uma região de biodiversidade única no mundo.

Pois é… Embora o aquecimento global e mudanças climáticas sejam temas urgentes, eles ainda estão longe da agenda dos conselhos de administração, principais responsáveis pelas decisões estratégicas de um negócio. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que ouviu 104 ocupantes dessas posições, apenas 35,6% dos entrevistados disseram que o tema está na pauta de reuniões pelo menos quatro vezes ao ano. E somente 28,9% disseram que os comitês de assessoramento levam em conta as mudanças climáticas e suas discussões. (Valor)

E um movimento de universidade no Reino Unido tem proibido as empresas de combustíveis fósseis de recrutar estudantes por meio de seus serviços de carreira. A University of the Arts London, a University of Bedfordshire e a Wrexham Glyndwr University juntam-se à Birkbeck, que foi a primeira a adotar uma política em setembro. A campanha apoiada pelo grupo estudantil People & Planet está ativa em dezenas de escolas contra a indústria de combustíveis fósseis, mineração, armas ou tabaco. Em algumas instituições, essas companhias estão excluídas de todas as atividades, incluindo feiras de carreiras e estágios. (Um Só Planeta)

Viver

Em sua melhor apresentação, o Brasil goleou a Coreia do Sul por 4 a 1 nesta segunda-feira e garantiu vaga para as quartas de final da Copa do Mundo. Com os gols de Neymar, que retornou aos gramados após lesão no tornozelo, Vini Jr., Richarlison e Lucas Paquetá, a seleção passou com facilidade pelos sul-coreanos no Estádio 974, em Doha. A vitória brasileira repercutiu pelo mundo, com a imprensa elogiando a atuação da equipe. O New York Times reconheceu o elenco do técnico Tite como um dos favoritos ao Mundial, enquanto o argentino Clarín chamou o desempenho dos jogadores de “um show de futebol”. (Estadão)

Após a vitória, os jogadores da seleção fizeram uma homenagem a Pelé, trazendo para o centro do campo uma faixa com seu nome e imagem comemorando um de seus gols. A torcida também homenageou o rei do futebol com uma bandeira que se abriu aos dez minutos de cada tempo da partida, em alusão ao número de sua camisa, enquanto gritavam seu nome pelo estádio. Pelé está internado desde terça-feira passada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após apresentar um quadro de inchaço generalizado e insuficiência cardíaca descompensada. (Globo Esporte)

Durante a comemoração do gol contra a Coreia do Sul, Neymar não fez o número 22 com as mãos, como disse que faria, em homenagem a Bolsonaro, seu candidato derrotado na eleição presidencial. Para o jornalista Márvio dos Anjos, no #MesaDoMeio na Copa, “essa foi uma das melhores promessas que Neymar descumpriu na vida dele”. Márvio avalia que o futebol brasileiro está voltado a si mesmo, atento ao estado de saúde do rei Pelé, que trata de um câncer em metástase no cólon. (Meio)

Na primeira prorrogação da Copa, a Croácia venceu o Japão nos pênaltis por 3 a 1, após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar. O destaque da partida foi o goleiro Livakovic, que pegou três das quatro cobranças japonesas. Veja os melhores momentos do jogo. Os croatas encaram o Brasil na sexta-feira por uma vaga nas semifinais. (Globo Esporte)

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Após os congelamentos no orçamento na semana passada, o Ministério da Educação não tem como pagar os 14 mil médicos residentes dos hospitais federais e outros 100 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foi o que ouviu a equipe de transição para o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva diretamente do atual ministro, Victor Godoy, nesta segunda-feira, no primeiro encontro realizado pelas equipes. Além da falta de verba para os pagamentos deste mês, a equipe de transição está preocupada com a indisponibilidade de receita para comprar livros didáticos e de ainda não ter sido iniciada nenhuma licitação para o Enem de 2023. (Estadão)

Panelinha no Meio. O próximo jogo do Brasil será ao meio-dia, mas nem por isso é preciso fazer almoço. Pegue aquele risoto pronto que já está na geladeira e transforme em deliciosos bolinhos recheados com queijo. Para acompanhar, além da torcida, experimente esta geleia de pimenta e tomates.

Cultura

O cantor e compositor americano Bruno Mars quebrou um recorde respeitável. Seu álbum de estreia, Doo-Wops & Hooligans, de 2010, completou 600 semanas na parada dos Top 200 da revista Billboard, tornando-se o début a ficar mais tempo na lista. É nele que estão sucessos Grenade, Just the Way You Are e Count on Me. Lembrando que Mars não lança nada fora do grupo Silk Sonic desde 2016. (Globo)

Mas... Só para deixar as coisas na devida proporção, Bruno ainda precisa de mais de dois anos para desbancar as 724 semanas de The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, disco que passou mais tempo no Top 200 da Billboard. (Cosmic Magazine)

Morreu ontem, aos 71 anos, a atriz americana Kristie Alley, premiada com o Globo de Ouro e o Emmy por seu papel como Rebecca Howe na aclamada sitcom Cheers, mas mais conhecida no Brasil por contracenar com John Travolta e a voz de Bruce Willis nos filmes Olha Quem Está Falando (trailer). Alley nasceu no Kansas e mudou-se para Hollywood no fim dos anos 1970 por conta de seu envolvimento com a seita da cientologia e para tratar a dependência de cocaína. Estreou tarde como atriz, em 1982, como a tenente Saavik no filme Jornada nas Estrelas II - A Ira de Kahn (trailer), considerado o melhor da franquia. Atuou muito nos anos 1980 e 90, mas viu a carreira declinar ao ganhar muito peso, o que ironizou na série cômica Uma Atriz Gorda. Kristie Alley sofria de câncer. (New York Times)

No Brasil, morreu ontem, de causa não revelada, a atriz Márcia Manfredini, aos 62 anos. Ela era mais conhecida por ter interpretado a vizinha fofoqueira Abigail no seriado A Grande Família (2001-2014). (UOL)

Cotidiano Digital

O plano da Apple de descentralizar a produção do iPhone da China vem se acelerando nas últimas semanas. Conhecida como “a cidade do iPhone”, a Foxconn, fábrica responsável pela produção do celular na China com mais de 300 mil trabalhadores, enfrentou protestos dos funcionários por conta da política de tolerância zero com a covid-19. Quarentenas em cidades inteiras do país asiático para impedir a circulação do vírus afetaram a produção da nova linha do smartphone e até a entrega durante a Black Friday americana. Com isso, a companhia pretende abrir novas fábricas em países como Índia e Vietnã. Na Índia também está prevista a produção de iPads para ajudar a diversificar a cadeia de suprimentos da big tech. (Estadão)

Se pensarmos na importância e no papel do celular no comportamento humano, não é exagero dizer que ele se tornou quase uma extensão do corpo. O levantamento “Hábitos Mobile 2022”, da Hibou, empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo, aponta que 56% das pessoas no Brasil não ficam longe do smartphone por mais de 1 hora. Em 2020, o número era maior: 79%. Atualmente, 54% dos brasileiros usam o smartphone durante o dia inteiro. Além disso, 72% usam seus aparelhos atuais desde 2020. As marcas mais populares são Samsung, Apple e Motorola. (Forbes)

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