Prezadas leitoras, caros leitores —

Nestes quase sete anos de existência, este Meio cresceu muito. De uma newsletter com o resumo das notícias nos transformamos em uma plataforma de jornalismo, com um canal do YouTube e extensa grade de programação, podcasts, estúdio próprio, correspondentes em Brasília e reconhecimento como uma voz importante no debate político nacional.

Hoje damos mais um passo nessa jornada, com os Cursos do Meio. Um projeto de cursos online com a nossa cara: dinâmico, plural, democrático, focado na formação do que decidimos chamar de Cidadania Ativa. A ideia é fornecer subsídios para que você possa conhecer nossa história e entender melhor a situação atual para atuar consciente e ativamente na construção da nossa democracia.

Os primeiros dois cursos têm como foco a política nacional. “O Fim da Nova República?”, com Pedro Doria, traça um panorama da Assembleia Constituinte de 88 até hoje, tentando mapear os acertos e desacertos que desembocaram no radicalismo e polarização do cenário político atual. “Ideologias Brasileiras”, com Christian Lynch, mergulha na história do Brasil desde o Império para redescobrir as origens das diversas correntes políticas que conduzem o país.

Cada curso tem duração de um mês, com uma aula inaugural ao vivo, seis aulas gravadas que podem ser assistidas a qualquer momento e dois encontros online para discussões e solução de dúvidas. Na semana de lançamento, nossos leitores recebem 15% de desconto aplicando o código “MEIO15″. Mas corra, o desconto vale só até a próxima segunda. ?

Esperamos que você fique tão entusiasmado com os Cursos do Meio quanto estamos em produzi-los. Em breve teremos mais novidades para anunciar. Aguarde.

— Os Editores

Lira quer votar reforma tributária até sexta

Numa reunião com líderes partidários que avançou pela madrugada de hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu abrir já nesta segunda-feira a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. O objetivo é acelerar a tramitação, já que uma PEC tem um número mínimo de sessões para análise, e concluir a votação em dois turnos até a sexta-feira. Também hoje, Lira pretende botar em votação o projeto de lei que altera o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que, por estar em regime de urgência, trava a tramitação de PEC. Outros temas que devem ser votados ainda esta semana são o arcabouço fiscal, que foi alterado pelo Senado e terá de ser apreciado novamente pelos deputados, e a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos. (Globo)

Desde 2016, o Hospital Veredas, em Maceió, recebeu quase R$ 1 bilhão. A partir do ano seguinte, passou a ser administrado por aliados ou parentes de Arthur Lira. Apesar do dinheiro abundante, com mais recursos do que a Santa Casa de Maceió, que atende mais pacientes, o Veredas enfrenta graves dificuldades financeiras. Investigação da piauí e da Agência Pública mostra os problemas se agravaram no mesmo momento em que começou a gestão do PP no Ministério da Saúde. (piauí)

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Jair Bolsonaro está fora do jogo eleitoral até 2030. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral de torná-lo inelegível, por cinco votos a dois, abre caminho para seus substitutos. Prováveis “herdeiros” já têm seus nomes ventilados. Entre eles estão os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná). No PL, há uma ala que aposta na ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, apesar de ela ser mais cotada para o Senado. Já a base do agronegócio defende a senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS). Nada está definido e ainda há muitas variáveis. Como prova de que não há uníssono na direita, ao serem questionados se Tarcísio (Republicanos) será o candidato à Presidência em 2026, alguns afirmam que estão focados em testar a viabilidade de Zema (Novo), destacando que “quem vence no estado ganha a corrida ao Planalto”, conta Roseann Kennedy. O mineiro, porém, não é conhecido nacionalmente e não tem carisma suficiente, além de ser rejeitado por alguns bolsonaristas. Evitar desgastes para Tarcísio e manter seu nome viável tem sido a estratégia central. (Estadão)

A decisão do TSE foi “pedagógica” e “educadora” para que haja um processo democrático que atenda às regras, mas não tira a “extrema-direita do jogo político”, afirmou no sábado a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). “O bolsonarismo continua aí e a gente sabe disso. Continua com força, continua atuando. Mas isso também vai dar dimensão a eles até onde eles podem ir.” (Poder360)

Míriam Leitão: “Uma juíza, a ministra Cármen Lúcia, deu o voto decisivo, um juiz negro, o ministro Benedito Gonçalves, fez o relatório que condenou Jair Bolsonaro à suspensão dos direitos políticos. A democracia se fortalece também com seus símbolos e significados. Mulheres e negros foram particularmente assediados pelo ex-presidente’”. (Globo)

Eliane Cantanhêde: “Assim como Lula saiu da prisão, venceu as eleições e assumiu o terceiro mandato, não é prudente agir como se Jair Bolsonaro estivesse morto politicamente com a inelegibilidade por oito anos. Pode ser, pode não ser. E depende diretamente do próprio Lula.” (Estadão)

A condenação de Bolsonaro indica que ele deve ter dificuldades também na esfera criminal. O ex-presidente é alvo de várias frentes de apuração, as principais relacionadas ao 8 de janeiro e ao inquérito das milícias digitais. Os votos do relator no TSE, Benedito Gonçalves, e o de Alexandre de Moraes, relator das investigações criminais, indicam relação direta entre o discurso contra as urnas pré-eleição e os ataques do período pós-eleitoral. (Folha)

O projeto de lei para anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), protocolado pelo deputado bolsonarista Sanderson (PL-RS), conta com 65 assinaturas. Desses parlamentares, 12 são de MDB, PSD e União Brasil, partidos da base do governo e que estão à frente de um total de oito ministérios. (Globo)

Gilmar Mendes rebateu ontem a afirmação do presidente Lula, na última quinta-feira, de que o “conceito de democracia é relativo”, defendendo o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. “O conceito de democracia não é relativo. Após a superação dos regimes totalitários do século 20, a democracia não pode, seriamente, ser concebida como uma fórmula vazia, apta a aceitar qualquer conteúdo”, afirmou ministro do STF no Twitter. Sem citar a Venezuela, disse que os eleitores não escolhem entre governo e oposição, apenas referendam “a vontade do ditador de plantão”. (Poder360)

No sábado, Lula completou seis meses de mandato. Nesse período, visitou 12 países. Para especialistas, ele buscou retomar a tradição da política externa de diálogo para recolocar o Brasil nas principais discussões do cenário internacional. Mas a deferência ao ditador venezuelano é considerada um erro, assim como o excesso de empenho para obter protagonismo em relação à guerra da Ucrânia. (g1)

Para ler com calma. A economia tem ajudado até o momento, mas há incertezas. Fatores não diretamente relacionados ao governo e outros herdados de Temer e Bolsonaro têm contribuído para melhorar o ambiente econômico, indicam analistas. (Estadão)

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence morreu na madrugada de ontem, aos 85 anos, de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde 19 de junho no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Nascido em Sabará (MG), em 21 de novembro de 1937, formou-se pela Faculdade de Direito da UFMG, em 1960. Em 1963, foi aprovado em primeiro lugar para o Ministério Público do Distrito Federal, onde atuou até outubro de 1969, quando foi aposentado pela Junta Militar com base no AI-5. Em março de 1985, assumiu o posto de procurador-Geral da República. Em 1989, foi nomeado pelo então presidente José Sarney para o STF. “Se é certo que onde faltar a democracia não há Justiça que mereça o nome, também é verdade que não haverá democracia verdadeira onde faltar tribunais independentes para, quando o impuserem a Constituição e as leis, contrariar as injunções da maioria política da conjuntura do dia”, discursou ao assumir sua cadeira no STF, do qual se aposentou em 2007. (Metrópoles e Globo)

A morte de Sepúlveda foi lamentada entre políticos e juristas. (g1)

De capitão a cabo (eleitoral)

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Viver

O telescópio Euclides da Agência Espacial Europeia (ESA) foi lançado no sábado na estação espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Ele ficará posicionado no Ponto Dois de Lagrange, a quase 1,6 milhão de quilômetros da Terra, para entender melhor a matéria e a energia escuras, que compõem 95% do Universo, mas ainda são pouco conhecidas pela Ciência. A missão tem um custo de US$ 1,4 bilhão e deve durar pelo menos seis anos. (g1)

Mais de 3 mil pessoas já foram presas em cinco dias de protestos contra a morte de Nahel, um jovem negro de descendência argelina, morto por um policial francês durante uma abordagem em Nanterre, subúrbio de Paris. O agente autor do disparo foi indiciado por homicídio doloso. Somente no sábado, a polícia disse ter detido 719 manifestantes em várias partes da França. Ontem, um carro incendiado atingiu a casa do prefeito da comuna de L’Hay-les-Roses, a 5,5 km do centro de Paris. O prefeito Vincent Jeanbrun disse que sua esposa e um de seus filhos ficaram feridos no ataque. (Estadão)

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na sexta-feira para declarar inconstitucional a tese de “legítima defesa da honra” em casos de agressões e feminicídios nos tribunais do júri. O argumento era utilizado por homens na tentativa de justificar os crimes em situações como a descoberta de adultério por parte da esposa. Os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin votaram com o relator do caso, ministro Dias Toffoli, pela inconstitucionalidade do artifício jurídico. As ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber deverão votar após o fim do recesso, em agosto. (g1)

Cultura

Seu nome era Patrícia Rehder Galvão (1910-1962). Também era conhecida como Patsy, Mara Lobo, King Shelter, Ariel, Pat, Léonie, Pt, Gim, Solange Sohl, Peste. Mas foi o apelido Pagu que colou. A escritora modernista, que também era poeta, dramaturga, tradutora, jornalista, cartunista, crítica cultural e revolucionária será a homenageada da próxima Flip, entre 22 e 26 de novembro, em Paraty. Segundo Mauro Munhoz, diretor artístico da feira literária, a escolha é justificada por suas múltiplas personalidades, seu “caráter de leitora” e sua vontade de intervir no mundo. Também pretende refletir o “espírito de luta” de Pagu, que “era apaixonada por experimentos e fez de seu próprio corpo uma linguagem”, destaca a crítica literária Milena Britto, responsável pela curadoria junto com a editora Fernanda Bastos. (Globo)

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O lançamento de uma música inédita dos Beatles (Spotify) com vocais de John Lennon e George Harrison animou os fãs, mas também gerou críticas pelo suposto uso de inteligência artificial para recriar as vozes dos dois. Ringo Starr saiu em defesa do projeto, afirmando que a tecnologia será usada apenas para extrair o áudio. “Conseguimos extrair a voz pura de John por meio de inteligência artificial para mixar a faixa, como faríamos normalmente.” Paul McCartney também tentou desfazer a polêmica: “Parece haver muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muito nesta fase, mas para ser claro, nada foi criado artificial ou sinteticamente. É tudo real e todos nós tocamos instrumentos”. É esperar e ouvir. (Rolling Stone)

Morreu, na última quinta-feira, aos 89 anos, o ator Alan Arkin. Ele estava em casa, na Califórnia. Indicado ao Oscar quatro vezes, levou a estatueta de melhor ator coadjuvante em 2007 pelos 14 minutos em que aparece em Pequena Miss Sunshine (trailer) como o avô Edwin Hoover. Sua vasta filmografia inclui mais de cem títulos para o cinema, além de séries de TV. Em 1997, participou do filme brasileiro O Que É Isso, Companheiro? (trailer), como o diplomata americano Charles Burke Elbrick. (People e Folha)

Cotidiano Digital

O bilionário Elon Musk decidiu criar um limite de leitura de publicações no Twitter devido aos altos níveis de “extração de dados” e “manipulação do sistema”. Foram três barreiras anunciadas pelo empresário em menos de 24 horas. O limite temporário de leitura para contas não verificadas que não são consideradas novas começou em 600 posts por dia. Depois, subiu para 800 e, agora, está em 1 mil. Já contas novas não verificadas terão acesso a 500 posts por dia. E para ter direito a visualizar 10 mil tuítes por dia, as contas devem ser verificadas por relevância ou assinar o Twitter Blue. Segundo Musk, a ideia tem como objetivo limitar a atividade de robôs como o ChatGPT, que são treinados a partir da coleta de informações na internet. (g1)

E a procura pela rede social Bluesky cresceu após os novos limites no Twitter impostos por Musk. A alta demanda, no entanto, obrigou a plataforma a suspender temporariamente as novas inscrições para tentar resolver problemas de desempenho que vem enfrentando. O Bluesky ainda está em fase de testes e, para acessar a versão beta, é preciso ou convite ou entrar numa fila de espera. (Olhar Digital)

E a Apple bateu seu próprio recorde na sexta-feira ao atingir o valor de mercado de US$ 3 trilhões. Não é a primeira vez que a companhia atinge a marca: em janeiro de 2022, a Apple ultrapassou a barreira, mas não chegou ao final do pregão com o mesmo valor. Com o novo recorde, a gigante se consolida como a primeira empresa do mundo a valer US$ 3 trilhões. Ela também foi a primeira companhia a atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado (em 2018) e a primeira a atingir US$ 2 trilhões (em 2020). (Estadão)

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