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Prezadas leitoras, caros leitores —

O objetivo cá deste Meio é, desde sempre, fornecer ao assinante informação de qualidade que o ajude a formar sua opinião com bases sólidas. Para ampliar ainda mais o leque de conteúdo em nossos produtos para os assinantes premium, estreia hoje como colunista do Meio Político o mestre em Relações Internacionais Creomar de Souza, sócio fundador da Consultoria de Análise de Risco Político Dharma e professor da Fundação Dom Cabral. Em seu primeiro artigo, ele analisa como direita e esquerda parecem muito cientes do que desejam — poder —, mas pouco conscientes da forma de construir uma agenda capaz de diminuir as divisões e permitir olhar o futuro com alguma esperança.

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Os editores.

IOF: Supremo tenta mediar acordo entre Planalto e Congresso

Foto: Divulgação/STF

Com Congresso e Planalto em pé de guerra e sob risco de uma grave crise institucional, ministros do Supremo Tribunal Federal defendem que a corte assuma um papel intermediador. Relator das ações que correm no Supremo sobre o decreto presidencial que aumentou o IOF — e sua consequente derrubada pelo Parlamento —, Alexandre de Moraes deve liderar as negociações. Os ministros do STF esperam que as conversas envolvam diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). No Planalto, a ideia de encontrar um meio-termo nas propostas e apaziguar os ânimos com o Congresso foi bem aceita. Agora, falta combinar com os deputados e senadores. (Folha)

A decisão do governo de entrar com uma nova ação no STF ampliou a crise com o Congresso. Líderes partidários vieram a público dizer que uma guerra estava instalada na Praça dos Três Poderes. Para políticos da oposição e da frágil base governista, o Planalto errou ao judicializar a questão, e as consequências podem ser imprevisíveis. “Vai esticando a corda e vai romper. O governo ainda está envolvendo um terceiro player, que é o STF — só piora. Com os nervos à flor da pele, tudo é possível”, disse o líder do PDT na Câmara, Mário Heringer. (Globo)

Antes de partir para as vias de fato, o governo tentou de todas as maneiras despolitizar a ação. O advogado-geral da União, Jorge Messias, ligou pessoalmente para Motta e Alcolumbre a fim de informar que o governo havia decidido ir ao STF. Logo em seguida, em entrevista, afirmou que o governo quer fazer uma “discussão jurídica respeitosa”, ouvindo todos os atores da novela do IOF, que já se arrasta há semanas em Brasília. (g1)

O tom diplomático adotado pela AGU não convenceu nem os aliados mais próximos do Planalto. O próprio vice-presidente do PT, o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, criticou a decisão do governo de acionar o STF. “Acho um erro. Política se resolve na política, não no Judiciário”, afirmou ele, dizendo acreditar que a ida ao STF vai criar uma “disputa institucional indesejável”. (Metrópoles)

Lula evitou se contrapor diretamente ao Congresso, mas voltou a afirmar que o governo busca justiça tributária e que, quando isso ocorre no Brasil, há uma “rebelião” no país. O presidente reforçou o discurso de que há uma luta entre os mais ricos e os mais pobres no país a respeito da questão tributária. “Quando a gente coloca que a pessoa que ganha mais de R$ 1 milhão tem que pagar um pouco mais, é uma rebelião”, disse ele durante um evento em Brasília. (Folha)

Para ler com calma. Segundo especialistas, o nó da questão não é a alta do IOF em si, mas o caráter arrecadatório do aumento. A Constituição dá ao Executivo a prerrogativa de elevar esse imposto para regular a política econômica. O Congresso alega, porém, que o Planalto fez a mudança não para regular a economia, mas para aumentar a arrecadação. (Globo)

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Popularidade

Orlando

O presidente americano Donald Trump anunciou ontem que Israel aceitou os termos para um acordo de cessar-fogo em Gaza por 60 dias. De acordo com uma postagem de Trump em sua rede social, a Truth Social, Catar e Egito levarão a proposta final ao Hamas. O presidente americano disse esperar que o grupo terrorista aceite o acordo, caminho, segundo ele, para o fim da guerra no enclave palestino. (Reuters)

O acordo desenhado por Trump prevê que, ao fim dos 60 dias de cessar-fogo, o Hamas aceite devolver a Israel 10 reféns que ainda estão vivos e os corpos de outros 15 israelenses que morreram durante a guerra no território palestino. (Haaretz)

Meio em vídeo. O economista Marcos Lisboa e o jornalista Pedro Doria num papo sobre a origem dos conflitos entre Israel e Palestina. Lisboa é ex-presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Veja neste vídeo de 2 de julho de 2025 uma leitura desapaixonada sobre o atual momento da geopolítica do Oriente Médio. (YouTube)

O Senado dos EUA aprovou nesta terça-feira, por 51 votos a 50, o pacote fiscal apelidado de “Big, Beautiful Bill”, uma das principais propostas econômicas do presidente Donald Trump. O projeto agora segue para a Câmara, onde os republicanos têm maioria apertada (220 a 212), mas ainda pode enfrentar resistência interna, como ocorreu na votação no Senado, quando três senadores republicanos se juntaram aos democratas na tentativa de barrar o megapacote fiscal. A proposta prevê a prorrogação dos cortes de impostos adotados no primeiro mandato de Trump, cortes em programas sociais e aumento de gastos com defesa e segurança de fronteira. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), a versão atual do projeto pode elevar o déficit dos EUA em US$ 3,3 trilhões nos próximos dez anos. (CNN)

E Trump voltou a ameaçar o bilionário Elon Musk após o empresário intensificar sua campanha contra o pacote fiscal. O presidente sugeriu que o governo pode cortar todos os subsídios às empresas de Musk. “Elon recebeu mais subsídios que qualquer ser humano na história, de longe, e sem subsídios Elon provavelmente terá que fechar seus negócios e voltar para casa, na África do Sul”, escreveu Trump em sua rede social. (Politico)

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Beleza Essencial

A beleza é muito mais do que estética. Também é identidade, saúde emocional e, no Brasil, uma aliada econômica e social. A indústria na América Latina tem 390 milhões de consumidores potenciais e 214 milhões já alcançados. Desde 2020, o setor é considerado essencial, pois em um país onde saúde mental é um desafio, cuidar da aparência faz diferença. Segundo a Opinion Box, 48% associam a própria aparência à felicidade. Exemplo desse movimento é o compromisso da L’Oréal com o “Movimento do Cabelo Natural” e o Texture Education Collective, que busca ampliar o cuidado com todos os tipos de cabelo. No Brasil, onde por muito tempo os padrões foram excludentes, a indústria avança em diversidade e representatividade, promovendo inclusão real e devolvendo às pessoas o direito de se reconhecerem no espelho. (Meio)

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Três a cada dez clientes de clínicas estéticas são homens, um reflexo do mercado global que deve crescer 9,1% ao ano até 2030, segundo a Grand View Research. Entre 2021 e 2022, a procura por procedimentos entre homens avançou 18%, com destaque para botox, limpeza de pele e bioestimuladores. Cirurgias também ganharam importância, e as mais realizadas foram procedimentos nas pálpebras, ginecomastia e lipoaspiração. (Terra)

Em 2025, a inclusão deixou de ser tendência para se consolidar como valor central na indústria do vestuário. Marcas, estilistas e consumidores passaram a repensar o que significa se vestir bem. O conceito de moda inclusiva envolve não só a ampliação de tamanhos, mas também a criação de peças com recursos funcionais, coleções sem gênero e campanhas com rostos diversos. Mais do que estilo, o que se busca é garantir conforto, autonomia e representatividade. (Em Foco)

Viver

Um estudo da ONG Anis Instituto de Bioética revela que quatro em cada cinco mulheres denunciadas por abortar ou colaborar com o procedimento foram condenadas pela Justiça. Analisando processos sobre o tema no Brasil entre os anos de 2012 e 2022, a pesquisa constatou que 569 pessoas foram processadas no período entre mulheres que fizeram o autoaborto, familiares e prestadores de serviços relacionados ao procedimento. Das 104 denúncias com origem identificada, 48 partiram de profissionais de saúde. (CNN Brasil)

A onda de calor que atinge a Europa continua preocupando autoridades. Espanha e Inglaterra registraram o mês de junho mais quente de sua história, enquanto o Reino Unido como um todo viu seu segundo junho mais quente desde que os registros começaram em 1884. Em Portugal, os termômetros chegaram à marca recorde de 46,6°C, segundo a agência meteorológica do país. Na Itália, a região da Toscana viu as internações hospitalares aumentarem em 20% com 21 das 27 cidades submetidas ao alerta máximo de calor. Por causa das altas temperaturas, 1.896 escolas e faculdades na França foram fechadas nesta terça-feira na hora do almoço. (BBC)

O telescópio Hubble capturou uma nova imagem mostrando o núcleo da galáxia UGC 11397, que abriga um buraco negro supermassivo com uma massa equivalente a 174 milhões de sóis. Localizado a 250 milhões de anos-luz da Terra, a galáxia faz parte de uma classe rara chamada Seyfert Tipo 2, que se destaca pelo núcleo ativo escondido por uma espessa nuvem de poeira. O buraco negro está se alimentando da matéria ao redor, como poeira, gás e estrelas. (g1)

Cultura

Lançada mundialmente na última sexta-feira, a série coreana Round 6 quebrou um novo recorde de audiência em sua terceira e última temporada na Netflix. Nos três primeiros dias de exibição, o drama alcançou 60,1 milhões de visualizações no serviço de streaming. A produção também já está em nono lugar entre as dez séries não faladas em inglês na lista de mais populares da plataforma. A terceira temporada acompanha Gi-hun durante a competição mortal em uma tentativa de derrubar os jogos e provar o valor da humanidade ao Front Man. (Variety)

Para celebrar os 200 anos de relações bilaterais e promover o intercâmbio cultural entre os dois países, a Temporada França-Brasil vai trazer 300 eventos em 15 cidades brasileiras com uma cerimônia de abertura em 18 de agosto, no Museu Nacional, em Brasília. A programação, que inclui áreas como artes visuais, cinema, música e teatro, foi estruturada entre os temas meio ambiente, diversidade e democracia. Além da realização de exposições inéditas, shows, debates e conferências, a presença francesa também será forte em eventos já consolidados, como a Bienal de Arte de São Paulo e o Festival de Cinema do Rio. (Globo)

Aplaudido de pé por 19 minutos e vencedor do Grand Prix deste ano no Festival de Cannes, o longa de Joachim Trier, Sentimental Value, ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira. Estrelado por Renate Reinsve, Stellan Skarsgård, Elle Fanning e Inga Ibsdotter Lilleaas, a produção conta a história das irmãs Nora e Agnes, que se reencontram com seu pai afastado Gustav, um diretor de cinema renomado que dá o papel recusado por Nora para uma jovem estrela de Hollywood. O filme estreia nas telonas em 7 de novembro. (Deadline)

Cotidiano Digital

A Amazon chegou à marca de 1 milhão de robôs em seus centros de distribuição, um número que se aproxima da quantidade de funcionários humanos da empresa. O milionésimo robô foi entregue a uma unidade no Japão, simbolizando não só o avanço da automação como também a aposta da empresa em inteligência artificial. A big tech também lançou o DeepFleet, modelo de IA generativa que coordena rotas internas dos robôs e promete aumentar a eficiência da frota em 10%. A automação já participa de 75% das entregas globais e avança com modelos como o Vulcan, robô equipado com sensores de toque. (TechCrunch)

Considerada uma das melhores ligas nacionais do mundo, a Premier League, da Inglaterra, anunciou uma parceria de cinco anos com a Microsoft para levar inteligência artificial às suas plataformas digitais. A partir do Copilot, torcedores poderão acessar dados e curiosidades sobre os clubes, atletas e partidas com agilidade, explorando um acervo de 30 anos de estatísticas, 300 mil artigos e 9 mil vídeos. A liga também vai migrar sua infraestrutura digital para a nuvem Azure, criando uma base unificada que deve ampliar a integração com IA e fortalecer o engajamento com o público. (Reuters)

Meio em vídeo. Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre o crescimento das ações da Nvidia, que voltou a ser a empresa mais valiosa do mundo: o valor da companhia dentro do mercado, o recorde de valor dentro da história do capitalismo, a concorrência entre Microsoft e Apple e o monopólio das placas-mães, chips e processadores que a empresa produz e são utilizados quando trabalhamos com alguma plataforma de inteligência artificial. Não perca. (YouTube)

No streaming do Meio, os documentários da rede americana PBS iluminam debates essenciais do nosso tempo — como religião e poder, identidade de gênero, transformações do trabalho e crise climática. Já conferiu? Assista no Meio Premium.

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