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Edição de Sábado: Anticonto de Natal

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Para Sérgio Sant’Anna

Um conto de Natal sem Papai Noel. Sem pinheiro, presentes, bolas vermelhas, rabanadas. Uma história sem moral ou certezas.

Suponhamos.

Uma família. Pai, mãe, dois filhos. O menino, quinze de estrada, hormônios em fúria. Ela, mais nova, uma criança ainda. Ela, que nasceu de uma transa bêbada, o casal já casado trancado no banheiro do bar, como arrumar uma camisinha àquela altura?

Suponhamos mais.

A mãe ajudando a empregada a cozinhar as castanhas portuguesas. As castanhas que ele comprou na Cadeg, ainda pela manhã, e das quais ela reclamou. Por que na última hora, por que sempre pegar a xepa de tudo?

Suponhamos que a frase não aluda só à Cadeg.

As castanhas que tremem na água fervente, enquanto a empregada vigia a panela, e a mãe fala sobre como a mãe dela fazia, deixando de molho por pelo menos duas horas antes de levar ao fogo.

O pai não gosta de castanhas. Na verdade, detesta castanhas, e é lembrado disso todo mês de dezembro. Você é fresco, cheio de coisa com comida. Ele detesta nozes, também. E avelãs. E amêndoas.

A mãe, não. É menos seletiva. Só evita frituras, por causa do colesterol.

Mas não haverá fritura, o que os dois irmãos lamentam. Preferiam não ter que jantar em grupo. Ele queria estar com o Bento para jogar Street Fighter 6, ela desmarcou um desafio no Roblox. Não tem saída, contudo. Às sete precisam estar em casa, a mãe avisou, porque é ela quem os avisa sobre as coisas.

O pai, não. O pai saiu para tomar uma no bar. Pelo menos foi o que disse.

Suponhamos, agora, que os filhos chegaram mesmo às sete, como combinado, e tenham tomado banho, escolhido roupas especiais — ela, um vestido azul turquesa com pequenos losangos em amarelo; ele, bermuda verde musgo e camisa polo —, sentado-se à mesa com fome e vontade de estar ali. E que não, ele não tivesse dito à irmã o que descobrira poucos dias antes, quando a mãe gritou, e ela não costuma gritar — ela reclama, rosna, mas nunca sobe o tom da voz, como a avó lhe ensinara que devia ser no caso de uma mulher —, quando a mãe enfim gritou Você me deu dinheiro pra tirar, me entregou trinta e cinco notas, eu contei, então não venha falar esse tipo de merda pra mim. O que importa agora?, ele perguntou, o que importa agora que ela é minha filha?, eu amo a minha filha, entende?, você tem a mania de ficar martelando os pregos do passado quando já entraram inteiros na madeira.

Vai se foder, ela foi rápida no gatilho, e ela não fala palavrão, como a avó, bem, a avó lhe ensinou muitas coisas sobre a vida.

Mas voltemos às castanhas. Ao lento girar que, de tempos em tempos, a empregada faz com a colher, para remexer o fundo da panela, garantir que cada semente receba o mesmo grau de calor. Voltemos à cozinha onde a empregada e a mãe cuidam do jantar que colocará os quatro à mesa — não a empregada, que vai largar do serviço às seis, correr até o ponto de ônibus, depois a outro, no esforço de chegar em casa antes das onze.

Suponhamos que ela consiga. E abra uma cerveja, uma cidra, algo que combine com o frango e a salada de maionese que o marido tratou de preparar enquanto ela trabalhava. E que, nessa mesma hora, os filhos da patroa já estejam em casa, ele com sua polo, ela com o vestido bicolor, e enquanto a empregada diz ao marido que quer a sobrecoxa, que peito de frango é seco demais, os filhos da patroa tenham parado de discutir sobre a revelação de poucas horas antes, a frase pontiaguda proferida sem pausas, Você nem ia nascer, garota. Como assim?, a irmã, surpresa. O papai falou pra mamãe fazer um aborto, eu ouvi, e ela mastigando aquelas palavras como quem mastiga minúsculos cacos de vidro, sem sangrar.

Suponhamos ainda mais: os dois no quarto dele, ela pensando que talvez devesse chorar — se chorar fosse algo passível de deliberação —, sem que sequer uma lágrima caia, embora, sim, ela sinta um fastio, perceba o aroma da morte, que mal conhece, entrar narinas adentro pela primeira vez.

Até que o pai berre seu nome, e o nome do filho, e eles se dirijam à sala, onde a mesa está posta, onde há uma travessa prateada cheia de castanhas, ainda fumegantes, um assado, arroz, farofa, há taças transparentes, uma garrafa de vinho, uma jarra com suco de laranja. Há a mãe, de saia vermelha e camisa branca, quase um clichê, cortando o assado com uma faca elétrica, e o pai falando sobre a decadência da cerveja brasileira, que antigamente não tinha milho, por isso agora ele só bebe puro malte.

Suponhamos que haja um armistício nessa noite. Que eles conversem sem que cada frase carregue tantos quilos, que não haja menção às trinta e cinco notas, ao cordão de ouro que a mãe comprou com aquele dinheiro sem que o pai soubesse, ao papo dos irmãos algumas horas antes, e o pai comente como estava gostoso o assado, e a mãe responda que as castanhas compradas de última hora até que estavam macias, e o filho conte que vai ser engenheiro para construir prédios enormes, e a filha diga, toda orgulhosa, que aprendeu a fazer conta de fração, e o pai então proponha um brinde ao Senhor que acaba de encarnar num modesto estábulo em Belém, mas sobretudo a esse momento, a essa paz tão duramente alcançada, os quatro, ali, reunidos, como se todo o resto pudesse ser deixado em algum lugar, por algum tempo, coberto por um eclipse. Suponhamos que tenha sido assim.


*Marcelo Moutinho é autor de 12 livros. Conquistou o Prêmio Jabuti 2022 na categoria Crônica, com “A lua na caixa d’água” (Malê), e o Prêmio Clarice Lispector 2017, da Fundação Biblioteca Nacional, com os contos de “Ferrugem” (Record). Entre suas obras, estão também “O último dia da infância” (Malê), “Rua de dentro” (Record) e “A palavra ausente” (Malê), além e a biografia “Estrela de Madureira – A trajetória da vedete Zaquia Jorge, por quem toda a cidade chorou” (Record). Prepara, para fevereiro de 2026, o livro de contos “Gentinha”, que também sairá pela Record.

‘Ho!Ho!Ho!’ e ‘Ha!Ha!Ha!’

Curadoria do Meio 2025

O recesso de fim de ano é um bom momento para botar em dia filmes, livros, séries e outras produções culturais. Como já é tradição, a equipe do Meio selecionou as melhores pedidas. Confira:

ÁLBUNS

HASOS, Baco Exu do Blues
O rapper baiano Baco Exu do Blues mostrou, em novembro, seu trabalho mais amadurecido, o álbum HASOS, que volta a explorar a sonoridade de ritmos negros para criar uma textura sonora envolvente e forte. Simulando sessões de terapia em interlúdios ao longo das faixas, o cantor traz à tona seus medos, angústias, desabafos e prazeres. Destaque para Gladiadores de Areia, Fugindo do Espelho, Deu Meia Noite e Mar de Guerra. (Adriano Oliveira, redator)

Midnight Minuet, The Yagas
Ian Anderson que me perdoe, mas ninguém é “velho demais para o rock and roll”. Em 2023, aos 50 anos e já consagrada como atriz, Vera Farmiga fundou a banda The Yagas, na qual canta, compõe e toca teclados. Midnight Minuet, o álbum de estreia, saiu este ano, fazendo uma mistura muito bem azeitada de metal gótico, rock alternativo e ambient rock que remete muito mais à cena europeia que à americana. Vera é uma vocalista talentosa, cujo timbre combina à perfeição com os temas sombrios de faixas como Pendulum e She’s Walking Down. E a banda funciona muito bem ao vivo, como mostra esta apresentação de sua faixa de trabalho, The Crying Room. Ah, o nome do grupo remete a Baba Yaga, a bruxa do folclore eslavo — Vera é filha de imigrantes ucranianos (Leonardo Pimentel, editor-executivo)

Nyron Higor, Nyron Higor
O multi-instrumentista de Maceió traz em seu álbum homônimo uma mistura de referências populares como frevo e ciranda à era de ouro da MPB. (Shima, editor de arte)

SIX., Duquesa
SIX. é um álbum que entrega autoestima em cada faixa. Direto de Feira de Santana (BA), a rapper Duquesa, expoente do novo rap nacional, lança um disco feito para colocar os fones e se sentir, imediatamente, uma grande gostosa. Espanta qualquer insegurança… é ótimo para dias “caidinhos”. Fica a dica. (Giullia Chechia, repórter especial)

FILMES

Bituca, Globoplay
Um dos grandes destaques de 2025 foi o documentário Bituca (Globoplay), que revisita com sensibilidade e profundidade a trajetória de Milton Nascimento, um dos maiores nomes da música brasileira. Mais do que um retrato biográfico, o filme navega entre o documental e a ficção para celebrar a força artística, humana e coletiva de uma obra que atravessa gerações, costurando memória, afeto e história do Brasil. É uma escolha perfeita para o fim de ano, período de retrospectivas, reencontros e planejamentos, convidando o espectador a desacelerar e se emocionar com potência que é Milton, um artista que ajudou a moldar nossa identidade cultural. (Becca Maria, editora de vídeo)

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out, Netflix
Livre de James Bond, Daniel Craig nos brinda com o terceiro longa protagonizado por Benoit Blanc, “o último detetive gentleman”, apresentado ao público em 2019 no divertidíssimo Entre Facas e Segredos. Desta vez, o sofisticado (e ateu) investigador se debruça sobre um caso impossível. Um padre ultraconservador e de discurso agressivo (Josh Brolin) é assassinado dentro da própria igreja no meio da missa. As suspeitas recaem sobre seu auxiliar, o jovem e bem-intencionado padre Jud (Josh O’Connor), que reprova a visão de cristianismo do superior e é hostilizado abertamente pelos cada vez mais radicalizados paroquianos. Como nos longas anteriores, o diretor Rian Johnson usa a comédia e o mistério para fazer uma ácida crítica social e política. Em tempo, os dois filmes e o não tão bom Glass Onion, de 2022, são histórias independentes, podendo ser apreciados em qualquer ordem. (Leonardo Pimentel, editor-executivo)

Pecadores, HBO MAX
Esse filme pertence a uma das minhas subcategorias favoritas dentro do gênero do Terror: histórias assustadoras envolvendo questões sociais. No caso de Pecadores, o racismo e a segregação racial nos Estados Unidos dos anos 1930 - que não precisariam de mais nada para ser aterrorizantes - são o pano de fundo para uma invasão de vampiros em uma pequena cidade. O roteiro consegue uma mistura inusitada de estilos narrativos e tem uma impressionante cena de carnificina musical. (Luiza Silvestrini, editora e apresentadora)

SÉRIES

Tremembé, Prime Video
Se você não foi tremembizado este ano, ainda há tempo. E vale cada minuto. A série em cinco episódios amarra as histórias de presos “famosos”, como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Alexandre Nardoni no presídio do interior de São Paulo, com base nos livros de Ullisses Campbell. O elenco está afiadíssimo, com destaque para a surpreendente Suzane de Marina Ruy Barbosa. Além da curiosidade mórbida em torno de criminosos notórios, que já nos prenderia diante da tela (desculpa o trocadilho, chefe!), o roteiro é bem resolvido, a filmagem é dinâmica e a trilha sonora é deliciosa. Ansiosa pela segunda temporada, já confirmada. (Flávia Tavares, editora chefe)

O Estúdio, Apple TV
A série da Apple TV mostra os bastidores da indústria cinematográfica de Hollywood, com uma comédia leve e cheia de surpresas ao longo da trama. Mais do que uma sátira, a produção mostra os desafios e disputas no mercado, enquanto explora a discussão entre filmes de arte e longas blockbuster. Para isso, acompanhamos Matt Remick, recém-nomeado chefe da Continental Studios, que precisa ralar para manter o estúdio de pé, ao se envolver em várias confusões. Vale muito a pena ver o episódio Plano-sequência, uma verdadeira homenagem à sétima arte. (Adriano Oliveira, redator)

It: Bem-Vindos a Derry, HBO MAX
Uma boa série com tom político é It: Bem-Vindos a Derry. Não, o redator não ficou louco nem está vendo política onde não existe. Para além da expansão de universo e da mitologia construída no livro e nos filmes, a primeira temporada surpreendeu em conseguir novos personagens carismáticos e promover a união com outras histórias de Stephen King. Também escancarou na ficção aquilo que é notável no Brasil e no mundo: o medo é usado como ferramenta de controle, inclusive por agentes do Estado. (Caio Mello, redator)

A Namorada Ideal, Prime Video
Das muitas séries boas de 2025, a que mais me prendeu foi esse thriller romântico. Adaptada de um romance da escritora britânica Michelle Frances, a série é roubada por Robin Wright, que faz o papel da dona de uma galeria de arte que mantém um relacionamento edipiano com seu filho, vivido por Laurie Davidson. As coisas começam a ficar tensas quando ele se apaixona pela jovem social climber Olivia Cooke. Para ver prendendo a respiração. (Guilherme Werneck, colunista)

LIVROS

O Bocejo da Serpente, de Antônia Gomes Minchoni
O surpreendente O Bocejo da Serpente (Selo do Burro) traz uma coletânea de poesias de Antônia Gomes Minchoni, lançado aos seus nove anos de idade. Filha de poetas, escreve e desenha sobre o universo de seu entorno. (Shima, editor de arte)

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
Eu podia mentir e dizer que estive revisitando um clássico, o que é um exercício maravilhoso. Mas a verdade é que eu tinha esse déficit imperdoável no meu repertório. Já tinha lido, e amado, outras obras do Gabo, sobrava esse vácuo. Não mais. Caso seja também seu caso, corra para saná-lo. Se você já leu, considere reler. Não bastasse o realismo fantástico de Macondo e seus personagens adoráveis e contraditórios, a escrita é de um nível de originalidade que dispensa floreios. E, por isso, tenho certeza de que é capaz de arrebatar você na (re)leitura. (Flávia Tavares, editora chefe)

O Perigo de Estar Lúcida, de Rosa Montero
O papel central da loucura na criação, na arte. Costurando ensaio, memória e literatura, é assim que Rosa Montero constrói O Perigo de Estar Lúcida. A cada página, escancara que a lucidez extrema pode ser tão inquietante quanto a falta dela. E como — ainda bem — somos todos um tanto estranhos. Vale a leitura. (Giullia Chechia, repórter especial)

Coleção César Aira - volume II
Não vou falar apenas de um romance, mas de quatro. Desde o ano passado, a editora Fósforo começou a lançar uma série de livros de um dos maiores escritores argentinos contemporâneos, em um projeto que vai terminar com a publicação de 16 de seus livros.  Nessa segunda caixa, quatro livros bem diferentes entre si. O Divórcio, escrito sob a influência da Divina Comédia, parte das férias de um professor universitário que vaga por Palermo, em Buenos Aires, e vai ficando cada vez mais complexo à medida em que a história avança. Em Parmênides, Aira volta à época de ouro da Grécia antiga. Já o ensaio Aniversário é uma reflexão profunda sobre amadurecer e, por fim, em Um Episódio da Vida de um Pintor Viajante, o escritor lida com humor sobre a passagem do pintor Johann Moritz Rugendas pela América Latina. (Guilherme Werneck, colunista)

Itália em livros
A Itália é o país de onde vêm meus pratos favoritos e, quando chega o final de ano, gosto mesmo é de ficar na cozinha. Por isso escolhi falar de três romances que me fizeram ansiar por esse momento de abraçar as panelas.  O Colibri, do escritor italiano Sandro Veronesi, fala de relações familiares, superação e busca por um sentido na vida. Apesar de a comida não ocupar lugar central na trama, ele traz massa feita em casa, peixe fresco e legumes da horta. Os Sorrentinos, da argentina Virginia Higa, conta a história de uma família italiana que emigrou de Sorrento para a Argentina carregando os segredos da preparação de um prato maravilhoso, os sorrentinos do título. É um livro divertido, por vezes agridoce, que usa palavras saborosas, algumas inventadas, misturando espanhol e italiano, para contar uma saga familiar e gastronômica que dá vontade de ler, comer e viver. Por fim, indico o Pasta Senza Vino, de Eduardo Krause. A obra narra a vida de Antonello, funcionário de um restaurante na Itália, metido a conquistador, com uma vida familiar complicada e que acaba vindo trabalhar no Brasil. É recheado com os melhores ingredientes da boa literatura, para comer com os olhos. (Myriam Clark, produtora)

JOGO

Hogwarts Legacy (PC, Switch, Xbox e PlayStation)
No segundo semestre, finalmente dei uma chance para Hogwarts Legacy, jogo lançado em 2023, em que o jogador cria seu personagem e parte para a escola bruxa britânica do mundo de Harry Potter. É fato que os NPCs poderiam ser melhores e as ações do protagonista poderiam ter consequências variadas. Mesmo assim, para quem gosta minimamente da saga, há uma grande chance de escapismo da realidade que seja acolhedor e divertido. (Caio Mello, redator)

Skate (PC, PlayStation, Xbox)
Hit com os meus filhos no final do ano foi a nova versão do Skate 3, que está aberto nos últimos dois meses numa espécie de soft opening. A jogabilidade é parecida com a da game clássico de skate, mas a nova versão, feita para jogar online, traz alguns elementos um pouco infantilizantes, que lembram Fortnite. Ainda assim, é um belo jogo em que você explora a cidade sobre quatro rodas, fazendo manobras, duelando, sempre com uma trilha sonora sensacional. (Guilherme Werneck, colunista)

PODCAST

Paul McCartney - A Life in Lyrics 
O podcast Paul McCartney - A Life in Lyrics é uma joia para qualquer pessoa que se interesse por música, mas é ainda mais precioso para quem — como eu — é beatlemaníaco desde criança. Nos 24 episódios, divididos em duas temporadas, sir Paul McCartney, em pessoa, conta as histórias de suas composições ao host Paul Muldoon. Além de ser uma produção tecnicamente impecável — da edição às trilhas —, os episódios dão ao ouvinte a oportunidade de ouvir um Paul McCartney extremamente à vontade, como se estivesse no sofá da sala ou no banco do carona do carro, contando sobre a família, a infância em Liverpool, os amigos e os Beatles, claro. (Luiza Silvestrini, editora e apresentadora)

YOUTUBE

O sintetizador e seus mistérios
Esse ano me meti em um buraco de coelho daqueles bem profundos. Sempre me interessei por como funcionam sintetizadores, aquele processo de escolher uma onda sonora e ir esculpindo-a até criar o som que você quer. Sempre quis poder brincar com uma parede daquelas cheias de fios, botões e controles para fazer os sons mais loucos. Eu já tinha visto que existiam aplicativos que emulavam esses sintetizadores modulares, mas nunca tinha parado para testar. Até que esse ano resolvi baixar o VCVRack e fiquei muito impressionado. Gratuito, com uma rede imensa de desenvolvedores criando módulos de todo tipo. Um playground inteiro para explorar sonoridades no qual passei muitas horas esse ano. Algumas delas envolto com osciloscópios e analisadores de espectro aprendendo sobre ondas, modulação, filtros e efeitos. Em outras, só no ouvido criando texturas sonoras e músicas que vão evoluindo sozinhas com base nas ligações de fios e posições dos controles dos muitos módulos. (Vitor Conceição, CEO)

Mais um ano se passou, já dizia a clássica canção de Cassiano. Hora de conferir os links mais clicados pelos nossos assinantes em 2025:

1. Instagram: Em vídeo, a emoção de Fernanda Montenegro ao ver a filha, Fernanda Torres, ganhar o Globo de Ouro de melhor atriz por Ainda Estou Aqui.

2. Metrópoles: Fotos de cela na Papudinha, um dos locais onde Jair Bolsonaro poderia ficar preso — ele acabou sendo levado para a superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

3. CNN: Incrível foto da Nasa captura a barreira do som sendo quebrada.

4. g1: Em vídeo, Bolsonaro aparece na portaria da PF, onde está preso, após visita de Michelle.

5. BBC: A foto que levou 10 anos para ser feita e foi premiada em concurso internacional.

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