Bolsa brasileira engata nova alta; cenário reforça otimismo com América Latina
O Ibovespa iniciou o segundo semestre com alta de 0,50%, aos 139.549 pontos, sustentando o ritmo positivo de junho. O dólar, por sua vez, depois de três quedas, voltou a subir, avançando 0,51% e com cotação de R$ 5,46. Nos Estados Unidos, o fechamento foi misto. O Dow Jones ganhou 0,91%, mas o S&P 500 e o Nasdaq registraram quedas de 0,11% e 0,82%, refletindo a pressão política por cortes de juros no Fed, a menor liquidez típica deste mês e o embate entre Donald Trump e Elon Musk. Na Ásia, mais uma vez o fechamento foi misto, sobretudo com comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que as tarifas de Trump impediram o corte nos juros nos EUA. Xangai fechou em leve baixa de 0,09%, mas Hong Kong subiu 0,62%. Falando em política monetária, na Europa as parciais apontam para alta, com expectativa da volta do afrouxamento em setembro. O DAX (Alemanha) ganha 0,38% e o CAC 40 (França) tem 0,66% de valorização. (InfoMoney e Reuters)
No primeiro semestre de 2025, não só o Brasil, mas a América Latina viu seus mercados subirem 24,7% em dólar, embalado por contextos que animam os investidores da bolsa brasileira. Analistas da XP acreditam que o momento atual, juros reais elevados, mas com o ciclo de alta de juros tendo sido encerrado, a proximidade das eleições de 2026, com possibilidades de a direita vencer e um real relativamente valorizado, faz com que o Brasil seja um dos destinos preferenciais no continente. Com foco em setores como varejo e bancos, a leitura é de que o ambiente pode sustentar ganhos consistentes, inclusive para fundos estrangeiros. (InfoMoney)