Crise humanitária em Gaza: ONU pede fim do ‘bloqueio ilegal’ israelense a palestinos

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Ao condenar os ataques a Israel, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quinta-feira (12), afirma que os residentes em Gaza “vivem sob bloqueio ilegal há 16 anos” e condena o “aprofundamento adicional” das sanções promovido por Israel depois do ataque de 7 de outubro. “Condenamos veementemente os crimes horríveis cometidos pelo Hamas, o assassinato deliberado e generalizado e a tomada de reféns de civis inocentes, incluindo idosos e crianças. Estas ações constituem violações hediondas do direito internacional e dos crimes internacionais, pelos quais deve haver responsabilização urgente”, diz o comunicado. “Também condenamos veementemente os ataques militares indiscriminados de Israel contra o já exausto povo palestiniano de Gaza, que compreende mais de 2,3 milhões de pessoas, quase metade das quais são crianças. Eles viveram sob bloqueio ilegal durante 16 anos e já passaram por cinco grandes guerras brutais”, acrescenta o texto.

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Depois do ataque do Hamas no sábado, Israel respondeu ordenando um “cerco completo” de Gaza, cortando o fornecimento de alimentos, eletricidade, combustível e água. O ministro de Energia de Israel afirmou que não liberará nenhum fornecimento a Gaza até que os reféns detidos pelo Hamas sejam libertados.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou que Gaza provavelmente só terá combustível suficiente para mais algumas horas e será necessário para alimentar geradores para hospitais. “No que diz respeito aos nossos abastecimentos, ainda temos recursos em Gaza, o problema é que não podemos movê-los. Temos combustível, temos cloro para infraestruturas de água essenciais, ainda temos remédios. O desafio que enfrentamos é a nossa capacidade para nos mover com segurança em Gaza. Você provavelmente acompanhou o que aconteceu com a ambulância da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, que foi atingida e três voluntários foram mortos”, disse Fabrizio Carboni, diretor regional do CICV para o Oriente Médio. “O que vimos desde sábado é horrível. Mesmo nos padrões humanitários, o nível de violência, o desrespeito pela dignidade humana, princípio básico da humanidade, é bastante chocante e continua”, acrescentou. (CNN)

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