Fala de Lula sobre meta fiscal cai mal no mercado e repercute no meio político

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Assim que a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a meta de déficit fiscal foi publicada, no início da tarde de sexta-feira (27/10), houve repercussões por toda parte. A reação do mercado foi negativa. O Ibovespa teve uma queda de 1,20%, a 113.301 pontos. Houve pressão de alta no valor do dólar, que ultrapassou os R$ 5,01 — a cotação deu um salto de 0,46% no dia. (Correio Braziliense)

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Na política, porém, houve comemorações e críticas. Quem considerou pertinente a tese defendida por Lula de que não há necessidade de se ter uma meta fiscal zero em 2024 se isso for às custas de um “corte de bilhões” em obras governamentais, comemorou a disposição do governo em investir dinheiro em políticas de infraestrutura.

Já os críticos condenaram a o fato de Lula desautorizar o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), que vem, de forma contundente, defendendo a perseguição dessa meta que ele considera ser factível.

O deputado Danilo Forte (UB-CE), que é relator da proposta de Lei das Diretrizes Orçamentária (LDO), chegou a ligar para colegas da Câmara para indicar sua disposição em mudar a meta zero em seu relatório, feito com base na mensagem do governo para o Orçamento do próximo ano. Essa mensagem foi entregue pela equipe econômica ao Congresso.

Forte usou suas redes sociais para acusar o constrangimento a Haddad diante das declarações de Lula. “As declarações do presidente Lula sobre o abandono da meta fiscal causam constrangimento ao ministro Fernando Haddad”, disse, em sua conta no X. “Trata-se de uma fala brochante para a pauta econômica”, disse.

 

Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) tentou desfazer a ideia de divergência entre Lula e Haddad. Por meio das redes sociais ela disse que Lula tentou “proteger” Haddad, tomando para a si a responsabilidade pela política fiscal.

Na postagem, a petista volta a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, em sua opinião trabalha para manter os “juros nas alturas”.

Campos Neto, por sua vez, evitou criticar Lula. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, ele disse estar “bem alinhado” com Haddad. “Tento ficar muito focado, muito concentrado, em onde a gente quer chegar. Então, eu não fico preocupado com os ruídos a curto prazo”. (TV Globo)

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O liberalismo ausente

15/05/24 • 11:09

Nas primeiras semanas de 2009, o cientista político inglês Timothy Garton Ash publicou no New York Times um artigo sobre o discurso de posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. “Faltava apenas”, ele escreveu, “o nome adequado para a filosofia política que ele descrevia: liberalismo.” A palavra liberalismo, sob pesado ataque do governo Ronald Reagan duas décadas antes, passou a representar para boa parte dos americanos uma ideia de governo inchado e incapaz de operar. Na Europa continental e América Latina, segue Ash, a palavra tomou o caminho contrário, representando a ideia de um mercado desregulado em que o poder do dinheiro se impõe a um Estado fraco. Não basta, sequer, chamar a coisa só de liberal. É preciso chamá-la neoliberal. Desde final dos anos 1970, já são quarenta anos de um trabalho de redefinição forçada do que é liberalismo, uma filosofia política de três séculos e meio pela qual transitaram algumas dezenas de filósofos e economistas de primeiro time. O sentido do termo se perdeu de tal forma no debate público, que mesmo muitos dos que se dizem liberais não parecem entender que conjunto de ideias representam.

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