Entidades de direitos humanos questionam fala de Lula sobre golpe de 1964

Receba notícias todo dia no seu e-mail.

Assine agora. É grátis.

A declaração do presidente Lula de que não quer “remoer o passado”, em referência ao golpe militar de 1964, foi considerada “equivocada” por entidades de direitos humanos e da sociedade civil. Mais de 150 entidades da Coalizão Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia afirmam em nota divulgada nesta quarta-feira que falar sobre o golpe “não é remoer o passado, é discutir o futuro”. Na terça-feira, em entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV!, Lula também evitou críticas mais contundentes à atuação das Forças Armadas no país. “Repudiar veementemente o golpe de 1964 é uma forma de reafirmar o compromisso de punir os golpes também do presente e eventuais tentativas futuras”, diz o comunicado, acrescentando que é impossível falar do 8 de Janeiro sem falar do golpe militar, que está prestes a completar 60 anos. “É a tradição histórica de não punir os golpistas e torturadores do passado que faz com que essas elites econômicas e setores amplos das Forças Armadas se sintam à vontade para continuar buscando soluções de força para impor seus projetos ao país, ao largo da democracia e da soberania popular.” O texto também cobra a instalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos, promessa não cumprida no atual mandato. (Folha)

PUBLICIDADE

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.