Lucro da Petrobras cai 33,8% em um ano
A Petrobras anunciou na noite de ontem ter lucrado R$ 124,6 bilhões em 2023, o que representa uma queda de 33,8% em relação ao recorde de R$ 188,3 bilhões registrado no ano anterior. De acordo com a empresa, o ano passado apresentou desafios, como a redução de 18% no preço internacional do barril de petróleo, mas ressaltou que foi o segundo maior lucro de sua história. Além disso, além de ter aumentado os investimentos e batido recordes de produção. Em relação ao quarto trimestre de 2023, a estatal lucrou R$ 31,043 bilhões, menor que os R$ 43 bilhões registrados no último trimestre de 2022. Ainda de acordo com os relatórios, serão distribuídos aos acionistas R$ 72,4 bilhões em dividendos, com outros R$ 14,2 bilhões aguardando autorização por uma assembleia extraordinária. A Petrobras afirmou que “a aprovação do dividendo é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas.” Em 2022, o total distribuído aos acionistas ultrapassou R$ 200 bilhões. (g1, O Globo)
A ausência de pagamento de dividendos extraordinários frustrou o mercado. A companhia chegou a propor a distribuição, sendo metade destinada para a reserva de capital e a outra metade direcionada aos acionistas. No entanto, a decisão não foi aprovada pelos conselheiros em reunião que se estendeu noite adentro. Segundo o Valor, o temor era de que a empresa ficasse sem dinheiro suficiente em caixa para executar o plano estratégico 2024-2028+, que tem foco em projetos associados à transição energética. (Valor)
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, renovou o compromisso de sua gestão com o investimento em exploração e produção de óleo e gás. Em comunicado, ele frisou que esse é o setor responsável pela maior parte dos ganhos da empresa, mas reafirmou seu objetivo de ampliar os investimentos em transição energética. “Vamos também gerar valor com a transição justa e responsável, diversificando nossas operações em negócios rentáveis de baixo carbono e sempre priorizando parcerias. E faremos tudo isso mantendo o foco na disciplina de capital e sólida governança e racionalidade em todos os processos decisórios”, escreveu. (O Globo)