Em votação sobre prisão de Brazão, Lira abre mão de cortar ponto de ausentes

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu que não vai cortar o ponto de quem não votar na sessão destinada a apreciar o parecer pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Torres. A definição ocorreu em uma reunião de líderes logo após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovar o relatório a favor da prisão com 39 votos a favor, 25 contrários e uma abstenção.

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A decisão de não aplicar o efeito administrativo sobre a votação atende aos anseios de lideranças de vários partidos de centro contrários à manutenção da prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das investigações sobre o crime. Isso porque parlamentares do Centrão haviam traçado como estratégia não registrar presença, ou seja, boicotar a votação. Segundo deputados do PSOL, trata-se de uma manobra para beneficiar os deputados de direita que se uniram de forma corporativista contra as decisões tomadas por Moraes.

Além de descartar o efeito administrativo sobre os salários dos ausentes, o rito adotado na sessão também foi mais sucinto, sem orientação de bancada, sem discursos dos líderes partidários. O painel de votação ficará aberto por 30 minutos. Na abertura da votação na tarde desta quarta-feira, Lira avisou que o rito sucinto contou com apoio dos líderes de todos os partidos, com exceção do PSOL.

Para aprovar a manutenção da prisão de Brazão, são necessários 257 votos a favor do parecer da CCJ.

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