Desastre ambiental já fez 78 vítimas no RS; acompanhe

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A Defesa Civil atualizou para 78 as mortes em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul, em boletim divulgado às 18h deste domingo. Outros quatro óbitos estão em investigação. Já são 105 desaparecidos. É a catástrofe ambiental com mais vidas perdidas na história do estado, superando os 55 óbitos em setembro do ano passado. Cerca de 844 mil pessoas foram atingidas pelos temporais, sendo mais de 115 mil desalojadas e quase 18,5 mil acolhidas em abrigos. Um outro dique de contenção ao lago Guaíba transbordou e moradores do bairro Sarandi precisaram ser evacuados. A água inundou a região que margeia o espelho d’água na capital gaúcha, incluindo a região do Gigante da Beira-Rio, estádio do Internacional, um dos principais pontos para coleta de doações. O Colorado precisou suspender a recolha dos mantimentos em prol da segurança dos voluntários e da integridade dos donativos. Por meio das redes sociais, o Inter solicitou que as doações que seriam feitas no estádio sejam direcionadas ao Sindicato Médico do RS, no bairro Petrópolis, ou na sede da Defesa Civil Municipal. (Agência Brasil e Zero Hora)

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O presidente Lula chegou ao estado na manhã deste domingo e sobrevoou as cidades de Porto Alegre e Canoas, onde foi recebido pelo governador Eduardo Leite (PSDB) e autoridades militares do Rio Grande do Sul. Junto do chefe do Executivo também estavam o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e ministros de Estado. Em Porto Alegre, Lula participou de reuniões com autoridades federais, estaduais e municipais. É a segunda visita do presidente ao Rio Grande do Sul em menos de quatro dias. (g1)

Em entrevista coletiva realizada no 3º Regimento de Cavalaria, em Porto Alegre, o governador Eduardo Leite leu uma longa lista de cidades que foram praticamente devastadas com a ação das chuvas. “A reconstrução vai exigir medidas econômicas e fiscais”, pontuou Leite, indicando que o regime fiscal do Rio Grande do Sul precisa ser flexibilizado para que a verba emergencial possa ser aplicada na mitigação dos efeitos dos temporais. “O RS já tem dificuldades de operar dentro da normalidade. Pelas regras fiscais, se o governo nos der 10, 20, 100 milhões a gente não vai poder gastar esse valor, por conta das limitações tributárias do estado”, pontuou. Na véspera, o governador já havia dito que o estado precisaria de “um plano Marshall”, em referência ao projeto executado pelos EUA para reconstruir a Europa no pós-Segunda Guerra. (CNN Brasil)

Em resposta, o presidente Lula disse que vai ajudar “por meio do Ministério dos Transporte” na recuperação das estradas, além de garantir que nenhuma burocracia vai atrapalhar o aporte de recursos da União na unidade federada. O presidente foi além e antecipou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já está elaborando um plano de contenção para catástrofes semelhantes. “É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça pra gente.” (UOL) 

Em vídeos e fotos, é possível ver cidades inteiras submersas enquanto a população busca abrigo em telhados e outras construções mais elevadas. Em alguns casos, crianças pequenas, idosos e pessoas com ferimentos graves causados pela ação das águas têm esperado por horas e até dias pelo socorro. Pontos turísticos de Porto Alegre, como o Mercado Municipal, estão alagados, e outros lugares vitais para a cidade, como a Usina do Gasômetro, foram transformadas em áreas de resgate para as vítimas, enquanto regiões habitacionais inteiras foram evacuadas. Também é possível ver um antes e depois das regiões alagadas na capital. Numa das principais vias de ligação de Porto Alegre ao interior, a avenida Castelo Branco, o asfalto cedeu com o rompimento de uma das comportas do Guaíba. No interior, até mesmo o prefeito de Encantado, cidade na área central do estado, teve familiares isolados em outro município. (G1, O Globo, Zero Hora e CNN Brasil)

Em meio às preocupações com os temporais que assolam o Rio Grande do Sul, homens uniformizados que alegavam ser do corpo da Polícia Civil gaúcha percorreram o bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, alertando os moradores sobre um rompimento num dos diques do local. Em pânico, muitas pessoas deixaram suas casas às pressas, desordenadamente, formando engarrafamentos nas já limitadas ruas da região. Só que era mentira. O prefeito Sebastião Melo (MDB) precisou ir às rádios e às redes sociais desmentir os boatos de rompimento, apesar de alertar que há risco, sim, devido ao transbordamento do dique do Arroio do Feijó. A ação dos falsos agentes se deu às 14h30. Ainda que fosse informação falsa, a Prefeitura solicitou aos moradores que deixassem a região assim que possível, com possibilidade de abrigo no Teatro Renascença. (Zero Hora)

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