Europa vive nova escalada de violência política às vésperas da eleição na UE
A tentativa de assassinato de Roberto Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, deixa a Europa em alerta para uma escalada na violência política da região. Alvo de um ativista e poeta de 71 anos – segundo a mídia local –, Fico levou cinco tiros em uma praça na cidade de Handlova, na área central do país, enquanto cumprimentava uma claque de apoiadores que o esperavam no local. O estado de saúde do primeiro-ministro é grave. O presidente do país, um cargo meramente cerimonial, declarou que o ataque é, também, um golpe na democracia eslovaca. Fico já foi primeiro-ministro em outras duas oportunidades e tem guinado a um autoritarismo nos moldes do russo Vladimir Putin e do húngaro Viktor Orbán, com políticas anti-LGBTQIAP+, anti-imigração e de desrespeito às liberdades constitucionais, como o papel da imprensa. Ainda assim, a brutalidade do ataque chocou a comunidade internacional, levando até mesmo o presidente dos EUA, Joe Biden, a uma declaração repudiando o atentado. A poucos dias das eleições parlamentares da União Europeia, a violência política demonstra ter voltado ao palanque do Velho Mundo depois de muitas décadas de instabilidade. (New York Times)
Na Alemanha, candidatos do Partido Verde têm sido alvos preferenciais de grupos de extrema direita, incluindo neonazistas. Na última semana, uma candidata a vereadora de Dresden, na Saxônia, foi agredida por um homem e uma mulher. O agressor tem ligações comprovadas com núcleos de discurso de ódio e práticas antissemitas. A escalada levou até o chanceler alemão, Olaf Scholz, a se pronunciar e condenar a onda de ataques com motivação política vivida no país. (Deustche Welle)