Fúria é o que não falta nas telas

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Os cinemas brasileiros estão enfurecidos nesta quinta-feira. Não se trata de algum protesto, mas da estreia de Furiosa: Uma Saga Mad Max, com Anya Taylor-Joy e Chris “Thor” Hemsworth. O filme conta a origem da personagem-título, vivida por Charlize Theron no aclamado Mad Max: Estrada da Fúria, de 2015. Ou seja, violência, fome, anarquia e veículos bizarros na paisagem desértica de um futuro distópico. Ou seria premonitório?

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Ainda no mesmo espírito, o thriller indiano Fúria Primitiva é dirigido e estrelado pelo astro Dev Patel. Ele é Kid, um jovem que trabalha/apanha como lutador mascarado em um ringue clandestino enquanto arquiteta e executa uma vingança contra a elite que lhe tirou tudo e só deixou traumas em troca.

Fechando a sequência “tensa”, a ficção científica The Shift – O Deslocamento mostra um homem forçado a saltar por realidades alternativas e pouco agradáveis enquanto tenta reencontrar a esposa.

Racismo e hipocrisia – outros justos motivos para fúria – dão o tom do brasileiro Mundo Novo. Um casal interracial (uma advogada negra e um grafiteiro branco) precisa de um avalista para comprar um apartamento em um bairro nobre do Rio. É quando descobrem que sua aceitação social está só na superfície.

Também do Brasil vem A Alegria É a Prova dos Nove, dirigido e estrelado por Helena Ignez, musa maior do Cinema Novo. Na pele da sexóloga octogenária Jarda, ela relembra com o amigo/amante/parceiro Lírio, vivido por Ney Matogrosso, a viagem do casal ao Marrocos na juventude.

O passado também é o tema de Conto de Fadas, do russo Alexander Sokurov, que usa tecnologia de deep fake e imagens de arquivo para criar conversas no Purgatório entre Hitler, Mussolini, Stálin e Churchill. Talvez o Inferno fosse um cenário mais adequado, mas, afinal, é um conto de fadas.

Mas é preciso rir. O Brasil contribui com duas comédias. A primeira é De Repente, Miss!, onde Fabiana Karla vive uma publicitária que abandonou a carreira para cuidar dos filhos e, ao chegar aos 40 anos, tem de repensar suas escolhas.

A segunda, com uma pegada mais romântica e adolescente é Morando Com o Crush. Giulia Benite e Vitor Figueiredo vivem dois estudantes com uma queda um pelo outro, até que a mãe dele e o pai dela engatam um relacionamento e decidem morar juntos. O que fazer? Assumir também um namoro ou viver como quase irmãos sob o mesmo teto?

E o romantismo, embora mais dramático, também é a marca da Às Vezes Quero Sumir. Fran, uma mulher jovem marcada por pensamentos mórbidos, engata acidentalmente um namoro com um colega de trabalho, numa relação que pode não resistir a sua tendência autodestrutiva. A protagonista é vivida por Daisy Ridley, que estrelou a última trilogia de Star Wars – mas nós já a perdoamos.

Confira a programação completa dos cinemas na sua cidade. (AdoroCinema)

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