PIB sobe 1,4% no segundo trimestre de 2024, acima do esperado
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Os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil surpreenderam, com crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o primeiro trimestre, divulgou hoje o IBGE (íntegra). Analistas de mercado esperavam crescimento próximo de 0,9%. Em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento foi de 3,3%. A forte alta foi puxada pela indústria (1,8%) e serviços (1%), enquanto a agropecuária caiu 2,3%.
O desempenho da indústria foi impulsionado por áreas como eletricidade e gás e também construção, embora as indústrias extrativas tenham registrado uma queda significativa de 4,4%. Nos serviços, setores como atividades financeiras e comércio apresentaram desempenhos positivos, enquanto a agropecuária foi prejudicada por quedas na produção de milho e soja, apesar de avanços em café e algodão.
A taxa de investimento no PIB aumentou para 16,8%, superando o nível do ano anterior, enquanto a taxa de poupança caiu para 16%. A despesa de consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo também mostraram crescimento robusto.
Em nota, o Ministério da Fazenda disse que o ritmo de crescimento deve continuar acentuado, principalmente por causa do mercado de trabalho aquecido e melhores condições de crédito. A Fazenda pontua que setores cíclicos devem direcionar o crescimento, apesar do recuo do agro, desaceleração da produção extrativa e menor contribuição do setor externo, e aproveita para dizer que há incertezas quanto à política monetária que poderiam, segundo o Ministério, prejudicar a recuperação do mercado de crédito, enquanto o Banco Central já coloca entre as possibilidades o aumento da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro.
Já o ministro Fernando Haddad comentou que a previsão de crescimento para 2024 deve ser revista para cima e pode chegar a 2,8%. Ele lembra que algumas instituições já colocam como 3% o patamar do avanço do PIB. Além disso, Haddad disse que caso se confirme o crescimento mais robusto da economia, os números do orçamento devem ser revistos. (Meio)
Um levantamento com países da OCDE e emergentes comparou os crescimentos trimestrais de 33 economias. O Brasil aparece como o segundo país que mais cresceu, no mesmo patamar de Arábia Saudita e Noruega. Somente a Polônia cresceu mais, 1,5% nesse período. (Folha)