Ex-Fed comenta alta de juros no Brasil e queda nos Estados Unidos
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Em entrevista ao Valor Econômico, Benjamin Mandel, economista com passagens pelo Federal Reserve, banco Citi e J.P. Morgan, e que agora integra a frente da pesquisa econômica da Jubarte Capital, no Brasil, descreveu a política monetária brasileira como a “motorista” da economia, em contraste com a americana, que ele classifica como “passageira”. Enquanto o Banco Central do Brasil se prepara para aumentar a taxa Selic, o Federal Reserve dos EUA deve cortar os juros. Essa diferença, segundo ele, reflete as peculiaridades da economia brasileira, entre as quais a sustentabilidade da dívida pública e a credibilidade do Banco Central.
Com a piora do ciclo de negócios no Brasil, a Jubarte reduziu sua exposição ao risco local, diminuindo investimentos de 60% para 20% em ativos brasileiros. Posições em bolsa foram quase zeradas e as posições na curva de juros também foram reduzidas. Mesmo com essas mudanças, ele destaca que a estratégia da sua gestora em diversificar globalmente seus riscos tem gerado retornos acima do CDI, sem depender das ações brasileiras. (Valor Econômico)