Dino chama queimadas de ‘pandemia’ e determina ampliação de servidores
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Em audiência de conciliação que apura o cumprimento da apresentação de um plano de prevenção e combate ao fogo na Amazônia e no Pantanal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino chamou as queimadas de uma “autêntica pandemia de incêndios florestais” e deu cinco dias para que o efetivo nesses biomas seja ampliado. Durante o encontro com ministros do governo federal, o magistrado disse que não se pode “normalizar o absurdo” e destacou a necessidade de manter o “estranhamento” perante o fato de “60% do território nacional estar sentindo, direta ou indiretamente, os impactos dos incêndios florestais”. Entre outras medidas anunciadas em decisão, o ministro determinou a convocação imediata de mais bombeiros, a realização de mutirão das polícias Federal e Civil e da Força Nacional para investigação e combate de queimadas por causa humana, e a ampliação do número de aeronaves no prazo de dez dias. (g1)
Em 24 horas, o Brasil registrou 5.132 focos de incêndio, sendo responsável por 75.9% das queimadas na América do Sul, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aumento dos focos ocorreu no Cerrado, que ultrapassou a Amazônia em ocorrência envolvendo fogo, com 2.489 focos. Para a diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, o avanço das queimadas preocupa principalmente pela antecipação do período mais crítico da seca. “Não queremos que seja como foi o fim do ano passado, quando em outubro a situação piorou na Amazônia, principalmente em novembro e dezembro, e a chuva só começou em janeiro”, disse. (CNN Brasil)
A seca segue afetando os rios. Pelo terceiro dia consecutivo, o Madeira bateu o recorde de mínimas históricas, chegando a 67 centímetros em Porto Velho no começo desta terça-feira, a pior marca desde que o Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou as medições, em 1967. Com o cenário crítico, a Defesa Civil e assistentes sociais passaram a oferecer carregamentos de água potável a mais de 700 famílias ribeirinhas que vivem às margens do rio em 16 comunidades. No Mato Grosso do Sul, o rio Paraguai passa por seu menor nível desde outubro de 2021, tendo bancos de areia revelados na manhã desta terça-feira formando ilhas no meio do rio na região de Corumbá. Segundo a medição da Marinha, o Paraguai atingiu 29 centímetros negativos em Ladário, cidade vizinha de Corumbá. A medição negativa ocorre onde a régua instalada fica em local onde o nível fica normalmente mais baixo. (g1 e CNN Brasil)
A qualidade do ar em São Paulo voltou a ser classificada como a pior entre 120 grandes cidades monitoradas pelo serviço suíço de monitoramento IQAir nesta terça-feira. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) também avaliou o ar da capital paulista como “muito ruim” devido à suspensão de material particulado por causa das condições meteorológicas desfavoráveis, como a estiagem e a falta de ventos mais fortes que afastariam os poluentes. (Folha)
De acordo com o médico patologista Paulo Saldiva, a poluição atmosférica de São Paulo atingiu níveis tão nocivos, que equivalem ao consumo involuntário de quatro a cinco cigarros por dia. Em entrevista à CNN Brasil, o especialista explica que a fuligem presente no ar penetra profundamente nos pulmões, provocando inflamações. Como medidas de proteção à saúde, o médico recomenda o uso de máscaras N95, hidratação constante, aplicação de colírios com função de lágrimas artificiais para hidratação dos olhos e soro fisiológico no nariz. (CNN Brasil)
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para uma onda de calor perigosa que deve atingir oito estados até quinta-feira. No total, 1.746 municípios devem ser afetados com a faixa de calor se estendendo de Rondônia, na Região Norte, até o Sul do país, no Rio Grande do Sul. (CNN Brasil)