Wall Street se preocupa com proposta de Kamala Harris para impostos corporativos
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Em Wall Street, nos Estados Unidos, agentes financeiros antecipam cenários e estudam impactos para o mercado de ações e nos lucros corporativos caso a candidata presidencial democrata Kamala Harris vença a eleição de novembro e implemente seus planos de aumento de impostos. A política tributária se tornou uma preocupação central para investidores, especialmente impostos sobre lucros corporativos e ganhos de capital, na mira da democrata. Harris propõe aumentar a alíquota do imposto corporativo de 21% para 28% e a taxa de ganhos de capital para 28% para rendimentos acima de US$ 1 milhão.
Em contraste, Donald Trump sugere reduzir o imposto corporativo de 21% para 15%, ele já havia reduzido de 35% para 21% em seu primeiro mandato, e manter a taxa de ganhos de capital em 20%. Analistas do Goldman Sachs estimam que, com a proposta de Harris, os lucros das empresas do S&P 500 diminuiriam em 5%, enquanto a proposta de Trump aumentaria esses lucros em cerca de 4%. No campo dos impostos individuais, Trump pretende estender os cortes de impostos e substituir impostos de renda pessoal por tarifas, enquanto Harris pretende manter os cortes apenas para rendimentos abaixo de US$ 400 mil.
No entanto, as propostas fiscais de Trump são vistas como um fator de estímulo à inflação e aumento do déficit orçamentário federal, enquanto as de Harris poderiam proporcionar um impulso econômico via novos gastos e créditos fiscais, apesar de uma possível leve redução nos investimentos corporativos. (Reuters)