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O Índice de Confiança do Consumidor brasileiro caiu 2,81% em novembro, marcando 51,9 pontos, segundo pesquisa da Ipsos. O índice recuou 1,5 ponto em relação a outubro e 5,2 pontos na comparação anual, registrando a maior queda entre os 29 países avaliados. Apesar de se manter acima da linha de neutralidade, de 50 pontos, a confiança do consumidor segue pressionada por fatores como inflação resiliente, desvalorização do Ibovespa e o dólar rompendo a barreira dos R$ 6.

Ao mesmo tempo, o setor imobiliário também dá sinais de esgotamento. Com recursos da poupança próximos do fim, a Caixa tem direcionado construtoras para linhas de crédito mais caras, indexadas ao CDI, e endurecido as condições para famílias. A partir de novembro, o banco reduziu o percentual financiado de imóveis e limitou o número de financiamentos ativos por cliente. Mesmo assim, a demanda permanece alta: em setembro, a Caixa já havia pré-aprovado R$ 20 bilhões em contratos habitacionais, mas restavam apenas R$ 3 bilhões para novas concessões. A combinação de inflação, alta de juros e restrições de crédito pressiona consumidores e construtoras, com impacto previsto nos preços de imóveis de classe média e alto padrão a partir de 2025. Apesar disso, 2024 deve ser o terceiro melhor ano para financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, superando R$ 160 bilhões em concessões. (Valor e Globo)