Apesar de alta na Selic, Brasil cai em ranking de juros reais
Mesmo com o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevando a Selic para 14,25% ao ano, o Brasil caiu para a quarta posição no ranking global de juros reais, que descontam a inflação, segundo levantamento do economista Jason Vieira, da Lev Asset Management. O país agora fica atrás de Turquia (11,90%), Argentina (9,35%) e Rússia (8,91%), com uma taxa real de 8,79% ao ano. Em janeiro, o Brasil liderava a lista com juros reais de 9,18%. O motivo para a queda na posição do ranking, apesar do aumento da Selic, é a forte redução das taxas de juros futuras no Brasil nos últimos meses. No cenário nominal, o país manteve a quarta colocação, ficando atrás apenas de Turquia (42,50%), Argentina (29%) e Rússia (21%).
Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a alta da Selic já fazia parte do “guidance”, ou seja, da projeção futura do Banco Central, desde o final do ano passado e como sempre faz, disse que preferia esperar a ata do Copom, a ser divulgada na próxima terça, para comentar a decisão. Em entrevista hoje, pontuou que não é possível “dar um cavalo de pau” nas decisões da autarquia monetária. (InfoMoney)