MAM investiga a coleção de Gilberto Chateaubriand no Rio e Cinemateca traz filmes de 1975 em São Paulo
Gilberto Chateaubriand foi um dos maiores colecionadores de arte do país, em especial de arte brasileira moderna e contemporânea. Celebrando o seu centenário, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugura neste sábado a exposição Gilberto Chateaubriand – Uma Coleção Sensorial. A mostra está organizada em cinco núcleos temáticos. Origens revisa a exposição inaugurada em 1981 sobre a relação da coleção Gilberto Chateaubriand com o museu. Retratos navega pelas várias obras que, como diz o título, retratam personagens de diferentes momentos da história. Fronteiras dialoga com a exploração de territórios geográficos, temáticos e formais inéditos, tão cara ao colecionador. Artistas apresenta o trabalho de alguns autores com presença marcante na coleção. E, por fim a parede do Salão Monumental do museu é tomada por uma constelação que mapeia a pluralidade da arte brasileira.
Também no sábado, no Vivo Rio, a cantora baiana Luedji Luna faz show dos discos irmãos que lançou no primeiro semestre: Um Mar para Cada Um e Antes que a Terra Acabe. Para quem quer mergulhar no neo soul com tempero baiano.
E, para quem gosta de dança contemporânea, acontece no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio o Festival Dança em Trânsito, com apresentações de companhias de diferentes lugares. São programas curtos, normalmente com peças de diferentes autores. As mais interessantes acontecem na sexta e no sábado, com peças como Siren, da francesa Ornella Dufay-Miralles, iNYOU, dos italianos Mateo Mirdita & Riccardo Ciarpella e Fan Made, do coreano TOB Group. O festival termina no domingo.
Indo para São Paulo, o CHIII – Festival de Música Criativa, um dos meus preferidos, ocupa a Biblioteca Mário de Andrade na sexta e no sábado. Participam gente como a francesa Fanny Lasfargues, as suíças Martina Berther e Tizia Zimmermann, o alemão Burkhard Beins, o mexicano Emílio Gordoa, a canadense Audréanne Filion, além de Maria Beraldo, Negro Leo, Henrique Iwao, Juçara Marçal e muitos outros frequentadores assíduos da Ladrilho Hidráulico.
Outro bom programa é 1975 – 50 Anos Depois, que chega à quarta edição na Cinemateca Brasileira, reunindo, obviamente, filmes lançados naquele ano. A mostra vai até 17 de agosto e uma das coisas mais legais desta edição são as novas cópias em 4k de três filmes nacionais: Deliciosas Traições de Amor, de Domingos de Oliveira, Tereza Trautman, Phydias Barbosa, A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira, e Nordeste: Cordel, Repente, Canção, de Tânia Quaresma. Dos filmes programados para este final de semana, meus destaques são: Nashville, de Robert Altman, Barry Lyndon, de Stanley Kubrik, e Profissão: Repórter, de Michelangelo Antonioni.
Para terminar as dicas de São Paulo, no sábado abre a coletiva Águas Abertas, no Parque Linear Bruno Covas, com curadoria de Gabriela de Matos e Paula Alzugaray e obras de Cinthia Marcelle + vão, Coletivo Coletores, Day Rodrigues, Keila-Sankofa, Lenora de Barros e Lúcio Ventania. Mais dicas do que fazer em São Paulo, na edição desta semana da newsletter 55.