Meio

A boa desse fim de semana no Rio é a sétima edição do festival Atos de Fala, que acontece até o dia 23 no CCBB. Fazendo um recorte do que acontece até domingo, separei alguns destaques.  Começo pela performance Tapajós,  de Gabirela Carneiro da Cunha, encenada na abertura e com nova apresentação nesta sexta, que lida com imagem e desaparecimento, a partir de sua pesquisa fotográfica na região Norte. Também na sexta, vale participar do espetáculo Terra Nullius – Má Criação, da portuguesa Paula Diogo. Baseado na ideia de terra de ninguém, ela propõe ao público um percurso pelo entorno do CCBB, feito com fones de ouvido, mesclando a trilha ao som local. Já sábado rola a performance NIÑ(H)O – Ou uma Casa Provisória para o Nascimento do Invisível, da maranhense Tiyê Macau, que propõe transformar o que foi silenciado pela colonização em novas formas de expressão e escuta.

Indo para a música, o duo congolês Kokoko! uma do mais legais a misturar os ritmos ancestrais africanos a batidas eletrônicas, faz show no Kingston Club na sexta. Pode já esquentar os quadris para quem quiser curtir uma das festas mais legais de São Paulo que agora tem residência mensal no Rio. Bejnamin Sallum e Akin Dekard, do Pista Quente, tocam no sábado no Trauma, acompanhados do londrino Sunni D.

Já em São Paulo, nesta sexta e no sábado, a terceira edição do festival Luz, Câmera e Close de Música no Cinema, leva painéis, performance audiovisual, sessão de cinepiano, masterclass e debates à Caixa Cultural. Na sexta, o destaque é a mostra de filmes documentais sobre grandes mestres da música. Já no sábado, a performance audiovisual do compositorTeco Fuchs com participação do artista visual Diogo Marques e do celista Júlio Pelloso e a exibição de Cidade de Deus, seguida de debate com os compositores Antonio Pinto e Ed Côrtes, com a participação remota de Fernando Meirelles.

Com 138 filmes de 33 países, vai até 23 de novembro a 33ª edição do Festival Mix Brasil, que ocupa o CinSesc, IMS, CCSP, Spcine Olido, Cinemark Shopping Cidade São Paulo, Reserva Cultural, MIS. Mas neste ano o festival vai além das telas, trazendo também as exposições Kwir Nou Exist no MIS, o encontro entre os coletivos Depois do Fim da Arte e Realidades na Galeria Vermelho e a exposição A Gente Quer + com curadoria da Vórtice Cultural no Museu da Diversidade Sexual.

E no Sesc Consolação  estreia Jeca – Um Povo Ainda há de Vingar, do Grupo 59 de Teatro, no Sesc Consolação, inaugurando uma trilogia de releituras dos discos Refazenda, Refavela e Realce, lançados por Gilberto Gil entre 1975 e 1979.

Mais dicas do que fazer nesta semana em São Paulo, na edição fresquinha da Ladrilho Hidráulico.