Quincy Jones morre aos 91 em Los Angeles
Músico, compositor, arranjador e produtor, Quincy Jones, um gigante da música americana, morreu na noite deste domingo aos 91 anos. Com 70 anos de carreira, ele é reconhecido por trabalhos com artistas como Frank Sinatra e Count Basie, e pela reformulação da música pop ao colaborar com Michael Jackson. Sua eminência na música era tão grande que ele era conhecido por um apelido de uma letra: “Q”. Criado no mundo do jazz, deixou sua marca em trabalhos diversos, influenciando até o hip hop. Uma de suas produções mais celebradas é o disco Thriller (Spotify), de Jackson, que entrou para a história como um dos mais vendidos de todos os tempos. O produtor recebeu 80 indicações ao Grammy — venceu 28 — e foi o primeiro compositor negro a assumir um alto cargo em uma grande gravadora, a Mercury. Seis de seus 28 prêmios Grammy foram vencidos com seu álbum de 1990 Back on the Block, e foi homenageado três vezes como produtor do ano. Foi pioneiro também no cinema e recebeu títulos honorários de Harvard e da Berklee School of Music. Jones morreu em sua casa, na região de Bel Air, em Los Angeles, ao lado da família. A causa não foi informada. Nascido em Chicago, trabalhou com Ray Charles na adolescência e, como músico, viajou com as big bands de Lionel Hampton e de Dizzy Gillespie. Era fã da música brasileira e chegou a desfilar na Portela em 2006, no alto de um carro alegórico, quando o enredo foi Brasil, Marca a tua Cara e Mostra Para o Mundo. Na década de 1960, compôs Soul Bossa Nova, uma canção instrumental de jazz, após voltar de uma turnê no Brasil com Gillespie. (Variety)