PT assina manifesto contra corte de gastos e incomoda ala pró-Haddad
O PT endossou um manifesto de movimentos sociais a respeito do corte de gastos que está sendo analisado pelo governo federal, abrindo um novo foco de tensão no partido e incomodando a ala mais alinhada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que cobra compromisso com a agenda de austeridade fiscal, conta Clarissa Oliveira. Além do PT, legendas como PDT, PSOL, PCdoB também assinam o documento que critica o mercado financeiro e setores da mídia pela pressão para que as reduções cheguem à esfera social. “O poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior”, afirma o texto. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já havia se manifestado publicamente sobre o assunto ontem, ao responder via redes sociais a editoriais de grandes jornais sobre os cortes. Nos bastidores, a cúpula do PT diz não ver razão para a reação provocada pela assinatura do manifesto, pois muito do que consta no documento já havia sido pontuado em uma nota da executiva nacional da legenda, divulgada em junho. (CNN Brasil)
Enquanto isso… o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco de fomento deve repassar R$ 34,3 bilhões ao governo neste ano, contribuindo para o esforço fiscal e cumprimento da meta de déficit zero. O montante inclui o pagamento de R$ 6,5 bilhões impostos e tributos, R$ 25 bilhões em dividendos com base no lucro estimado para este ano e R$ 2,8 bilhões em dividendos referentes a anos anteriores. O BNDES reportou ontem lucro líquido recorrente de R$ 9,8 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, alta de 48,5% em relação ao mesmo período de 2023. As aprovações de crédito cresceram 39% em um ano, chegando a R$ 137 bilhões. A indústria passou a ser o principal destino, recebendo R$ 37 bilhões, à frente da agropecuária, com R$ 35,1 bilhões. É a primeira vez, desde 2017, que o setor industrial ultrapassa o agrário. Já as consultas avançaram 30% e fecharam em R$ 258,9 bilhões. A carteira de participações societárias do banco somou R$ 81,7 bilhões. (Folha)