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Lula passa por cirurgia de emergência em SP

Tom Molina/Nurphoto via AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi internado e operado às pressas na madrugada de hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para drenagem de uma hemorragia intracraniana. Segundo o primeiro boletim médico, divulgado às 3h20, a cirurgia foi bem-sucedida e “o presidente encontra-se bem e sob monitorização” na UTI. Lula passou mal ainda em Brasília, onde fez um exame de ressonância magnética após sentir dor de cabeça. A equipe médica achou melhor transferi-lo diante da hemorragia, decorrente ainda do acidente domiciliar sofrido em 19 de outubro no Palácio da Alvorada. No Sírio-Libanês de São Paulo, Lula foi submetido à craniotomia para drenagem de hematoma. Um novo informe será divulgado pela manhã, quando haverá entrevista coletiva da equipe médica, comandada por Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio, marcada para 9h. (g1)

Uma “operação de guerra”. Assim assessores de Lula definiram sua transferência de Brasília para São Paulo. O presidente desembarcou na capital paulista às 23h de segunda-feira acompanhado da primeira-dama, Janja. Segundo Lauro Jardim, ele deve permanecer internado e ter alta no fim de semana. De acordo com um assessor, é um “pós-cirúrgico normal, como qualquer cirurgia com anestesia. Ele acorda zonzo, dorme, acorda. Tudo dentro do esperado”. (Globo)

Em outubro, Lula caiu no banheiro da residência oficial da Presidência no final da tarde, após retornar de São Paulo, e sofreu uma lesão com corte e contusão na parte de trás da cabeça. O presidente foi levado à unidade do Sírio na capital federal, onde o corte foi suturado com pontos cirúrgicos. Na ocasião, Lula cancelou uma viagem a Kazan, na Rússia, onde participaria da Cúpula de Líderes do Brics. (Estadão)

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O Executivo teve de coçar o bolso para tentar salvar a relação com o Legislativo, azedada ainda mais após o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino negar integralmente o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para reconsiderar a decisão de impor restrições à liberação das emendas de parlamentares ao Orçamento, suspensas desde agosto. O Congresso revidou, adiando a leitura do projeto que regulamenta a reforma tributária e ameaçando não votar o corte de gastos, o que levou o presidente Lula a convocar uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com líderes do governo. Para aplacar os ânimos e permitir o pagamento de cerca de R$ 6,4 bilhões em emendas, a AGU sugeriu a edição de duas portarias, que devem ser publicadas ainda hoje, orientando os ministérios para acelerar a execução de emendas de comissão, não atingidas pela decisão de Dino. (Folha e Jota)

No encontro, Lira afirmou que a não liberação das emendas compromete a aprovação do pacote fiscal. E o governo demonstrou extrema preocupação com a votação de outras pautas importantes, como a Lei Orçamentária Anual e a reforma tributária. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), alertou que se essas pautas não forem aprovadas, haverá impacto sobre o dólar e a taxa de juros. “Estamos entre o céu e o inferno. Um centímetro do céu é um centímetro do inferno”, disse. (g1)

Meio em vídeo. A eleição de 2026, tudo indica, vai ser decidida novamente por uma nesga de votos que não se posicionam nem à direita, nem à esquerda. Mas nem Lula, nem os presidenciáveis de direita, estão trabalhando para conquistar essa turma. Pedro Doria comenta no Ponto de Partida. (YouTube)

Meio em vídeo. Nesta terça-feira completam-se 10 anos que o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi divulgado, trazendo à luz horrores do regime militar instalado em 1964. Para lembrar essa data, o Central Meio recebe a cientista política Glenda Mezarobba, consultora sênior da CNV e responsável, no relatório final, pelo capítulo sobre violações sexuais e de gênero na ditadura. É ainda coordenadora acadêmica dos Centros de Conhecimento do Insper e autora de verbetes referentes ao Brasil da Encyclopedia of Transitional Justice, da Cambridge University Press, e do livro Acerto de Contas com o Futuro: A Anistia e suas Consequências. Não perca hoje, ao vivo, às 12h45. (YouTube)

Em reunião em Damasco, Abu Mohammad al-Julani, líder do grupo rebelde sírio Hayat Tahrir al-Sham (HTS), encontrou-se com o primeiro-ministro do regime de Bashar al-Assad, Mohammad Ghazi al-Jalali, para discutir a transferência de poder. Segundo os rebeldes, a reunião foi para “coordenar a transferência de poder de uma maneira que garanta a prestação de serviços ao nosso povo na Síria”. A reunião ocorreu depois de Ghazi al-Jalali prometer cooperar com os rebeldes, endossar “uma transição suave e sistemática das funções governamentais” e preservar “as instalações do Estado”, em uma mensagem gravada depois que os insurgentes tomaram a capital. (CNN)

Por toda a cidade, rebeldes e moradores estavam contando com o início de um novo capítulo. “É como se estivéssemos voltando à vida depois de um pesadelo”, disse Shahnaz Sezad, de 50 anos. A única certeza parecia ser que a cidade estava livre do reinado opressor da família Assad, que governou o país com punho de ferro por mais de cinco décadas. (New York Times)

Em meio a relatos de sobreviventes da prisão síria de Saydnaya de que pessoas estavam sendo detidas em celas subterrâneas escondidas, equipes de emergência foram enviadas ao presídio, enquanto autoridades da província de Damasco faziam apelos nas redes sociais a ex-soldados e agentes penitenciários para que fornecessem às forças rebeldes os códigos das portas eletrônicas subterrâneas. Mulheres e até crianças foram libertas de Saydnaya após a queda de Assad. (BBC Brasil)

O governo brasileiro ordenou a retirada de todo o corpo diplomático da embaixada em Damasco. Tecnicamente, a embaixada brasileira permanecerá aberta, mas não há, na avaliação do governo, como garantir a segurança do prédio e de seus servidores. Os diplomatas e seus parentes foram levados para o Líbano. A avaliação da diplomacia é que as chances de a situação na Síria piorar são muito grandes. (g1)

E a Áustria anunciou planos para deportar imigrantes sírios após a queda do ditador, enquanto Bélgica, França, Grécia e Alemanha estão suspendendo os pedidos de asilo de cidadãos sírios. O Reino Unido também disse que deixará de processar solicitações feitas por pessoas do país. (Politico)

A queda de Assad na Síria e as negociações para o fim da guerra na Ucrânia podem representar o maior revés que Vladimir Putin já teve em sua campanha para tornar a Rússia grande novamente. Durante mais de duas décadas, Putin desafiou tratados, enfrentou cinco presidentes americanos, debelou revoltas, invadiu países e manteve seu poder incólume. Entenda essa trajetória assistindo Putin e Os Presidentes, mais um documentário da PBS, disponível no aplicativo de streaming Meio Premium. Ainda não é premium? Então assine.

Viver

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade do uso de câmeras nas fardas dos policiais militares de São Paulo durante as operações. A medida atende a um pedido da Defensoria Pública do estado e ocorre após a repercussão de vários casos de violência policial nas últimas semanas. Além do uso obrigatório, Barroso definiu que as gravações devem ser ininterruptas até que seja comprovada a efetividade do sistema de acionamento remoto. Também deverão ser fornecidas informações sobre os processos disciplinares em andamento contra quem descumpriu o uso dos equipamentos, a apresentação mensal de relatórios com as medidas tomadas pelo governo paulista e o acionamento de pelo menos 10.125 câmeras durante as ações. (g1)

E um relatório da Defensoria Pública de São Paulo enviado ao STF mostra que os PMs estão manipulando a gravação das câmeras corporais para esconder ações irregulares e ilegais. Entre as anomalias estão o desligamento ou retirada do equipamento da farda, a obstrução da lente para impedir as filmagens e o apontamento da câmera para longe da abordagem. Segundo o levantamento, de 457 pedidos realizados pela Defensoria para ter acesso às imagens de operações entre junho e novembro, 48,3% não foram respondidos. (Globo)

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O ano de 2024 será o mais quente já registrado, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia. Entre janeiro e novembro, as temperaturas médias globais ficaram 0,72°C acima da média de 1991 a 2020, superando em 0,14°C do mesmo período de 2023, até então o ano mais quente da história. Novembro de 2024 foi o segundo mais quente já registrado para o período. Este foi o 16º mês, em um intervalo de 17 meses, em que as temperaturas globais ultrapassaram o limite de 1,5°C acima da média pré-industrial pactuado no Acordo de Paris para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. (Folha)

Panelinha no Meio. Um belo e suculento lombo assado faz bonito em qualquer mesa de Natal, mas a guarnição de tomate e ervas desta receita vai além e a torna parte da própria decoração.

Cultura

Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui foram indicados ao Globo de Ouro nas categorias melhor atriz e melhor filme. A cerimônia de premiação do Globo de Ouro será em 5 de janeiro em Los Angeles. Emilia Pérez é a obra com mais indicações, dez no total. O musical de Jacques Audiard sobre um cartel de drogas concorre como melhor filme, diretor, atriz coadjuvante (Zoe Saldana e Selena Gomez), melhor atriz (Karla Sofia Gascón), roteiro e trilha sonora original. (Folha e Variety)

O Brasil perdeu um de seus maiores escritores. Dalton Trevisan morreu ontem à noite, aos 99 anos, em Curitiba, deixando um legado de contos memoráveis que lhe renderam prêmios como Jabuti e Camões. O velório, a pedido do autor, será aberto ao público, mas detalhes sobre local e horário ainda não foram divulgados. Trevisan era avesso à imprensa e concedeu sua última entrevista em 1972. Cultivava uma aura de mistério e tinha fama de recluso, o que lhe valeu o apelido de Vampiro de Curitiba. Sua obra explorava temas como solidão, sexualidade e angústia urbana. (Folha)

Em 21 meses, o show da estrela pop Taylor Swift, que rodou o planeta em 2023 e 2024, quebrou todos os recordes de arrecadação. Com o 149º e último show da Eras Tour, que aconteceu em Vancouver no domingo, ela completou a marca de US$ 2.077.618.725 em ingressos. Mais de 10 milhões de pessoas assistiram à cantora, e cada assento foi vendido por uma média de US$ 204, bem acima da média de US$ 131 para as 100 principais turnês ao redor do mundo em 2023. (New York Times)

Cotidiano Digital

A OpenAI lançou ontem seu modelo de IA gerador de vídeos, o Sora. A ferramenta está disponível para assinantes do ChatGPT em um site específico, assim como o modelo atualizado, o Sora Turbo, que cria vídeos a partir de texto, animação de imagens e remixagem de vídeos. Os usuários do ChatGPT Plus podem gerar até 50 vídeos prioritários (1.000 créditos) de cinco segundos. Já a nova assinatura do ChatGPT Pro, de US$ 200 mensais, garante gerações ilimitadas e até 500 vídeos prioritários com melhor resolução e duração de 20 segundos. (The Verge)

A China abriu uma investigação contra a Nvidia por suspeita de descumprimento de uma lei antimonopólio, em mais um capítulo sobre a guerra de IA entre o país e os Estados Unidos. O órgão regulador de mercado chinês apura o comportamento da fabricante de chips durante a aquisição da Mellanox. Pequim havia aprovado o acordo de US$ 7 bilhões há quatro anos, com a condição de que não houvesse discriminação quanto às empresas chinesas. Mas Washington proíbe que a empresa americana venda seus chips de IA mais avançados aos chineses, provocando a reação de Pequim. (Bloomberg Línea)

Uma mulher de 27 anos, vítima de abusos sexuais na infância, entrou com uma ação coletiva contra a Apple, acusando a empresa de falhar no combate à disseminação de material de abuso infantil armazenado em seus serviços, como o iCloud. O processo, movido no Tribunal Distrital do Norte da Califórnia, aponta que a Apple descontinuou o NeuralHash, um sistema que identificaria e relataria automaticamente imagens ilegais, deixando milhões de fotos explícitas de crianças circularem. A ação representa um grupo de 2.680 vítimas e busca mais de US$ 1,2 bilhão em reparações e mudanças da Apple. (New York Times)

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