TikTok lucra com lives de conteúdo sexual realizadas por menores, diz BBC
O TikTok lucra com lives de conteúdo sexual realizadas por menores de idade em sua plataforma, segundo denúncias recebidas pela BBC. Para driblar as regras de moderação da plataforma, são usadas gírias sexuais codificadas para anunciar serviços sexuais em transmissões ao vivo, que servem de vitrine para venda de conteúdo em outras plataformas. O TikTok fica com uma fatia de cerca de 70% de todos os presentes dados às jovens nas transmissões ao vivo, que podem ser trocados por dinheiro na própria rede social. “Não é do interesse do TikTok reprimir a solicitação de sexo. Quanto mais pessoas derem presentes em uma transmissão ao vivo, [mais] receita para o TikTok”, diz um ex-moderador queniano. A big tech disse ter “tolerância zero para exploração”.
Apesar de ser proibido para menores de 18 anos no Quênia, a ONG ChildFund Kenya afirma que crianças de até nove anos estão participando dessas atividades. A prática também gera um mercado para os cafetões digitais, que oferecem suas contas ativadas para lives para adolescentes que não têm o serviço disponível em suas contas – é necessário ter pelo menos mil seguidores na rede para poder fazer lives. Essas jovens acabam sendo exploradas pelos donos das contas, que ficam com a maior parte do valor recebido, além de forçarem, em alguns casos, relações sexuais com as menores. (BBC)