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A imposição de tarifas dos Estados Unidos sobre importações do Canadá, México e China deve elevar os preços de uma série de produtos no próprio país. Itens canadenses e mexicanos passaram a ser taxados em 25%, enquanto os produtos chineses terão tarifas dobradas para 20%. A medida afeta diretamente o custo de alimentos e bebidas, isso porque o México, principal fornecedor de frutas e vegetais frescos para os EUA, exportou em 2018 cerca de US$ 8,3 bilhões em produtos como cebola, alface e repolho, além de US$ 9 bilhões em frutas, incluindo US$ 3,1 bilhões em abacate. Já o Canadá, lidera no fornecimento de carne, aves e grãos. Além dos alimentos, eletrônicos e eletrodomésticos devem subir de preço, já que a China é a principal fornecedora desse setor. O mercado de computadores, televisores e celulares pode ser especialmente afetado. Automóveis e peças importadas também sofrerão reajustes, o que deve ter impacto no setor automobilístico. Brian Cornell, CEO da Target, uma das maiores varejistas do país, se pronunciou sobre o caso e alertou que os consumidores devem perceber os aumentos já nos próximos dias. Cory Berry, da rede de eletrônicos Best Buy, destacou que “nunca vimos esse nível de tarifas” e que o impacto será sentido em toda a indústria de eletrônicos. Os países atingidos pela medida já anunciaram retaliações. A China impôs tarifas de 15% sobre produtos agrícolas americanos, como frango, trigo e milho, e taxou em 10% itens como soja, carne bovina e laticínios. O Canadá respondeu com tarifas de 25% sobre US$ 20,8 bilhões em importações americanas, incluindo carne suína e aço, podendo ampliar as restrições nas próximas semanas. (CNN Brasil)