Ao ser substituída por Padilha na Saúde, Nísia afirma que foi alvo de misoginia
Ao discursar na cerimônia de posse de Alexandre Padilha como seu sucessor no Ministério da Saúde, Nísia Trindade exaltou o legado de sua gestão e disse que foi alvo de ataques misóginos enquanto ocupou o cargo. “Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade. Não é possível e acho que não devemos aceitar como natural comportamento político desta natureza”, disse a socióloga e sanitarista, que desejou sucesso a Padilha e destacou a reconstrução do SUS e a ampliação da cobertura vacinal. Já Padilha, que deixa a pasta de Relações Institucionais, disse que seu foco será trabalhar pela redução do tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no SUS. Com Padilha na Saúde, Lula aposta em um tom político no ministério que impulsione os programas do governo. O Ministério da Saúde é a pasta que mais executa emendas parlamentares, o que faz a estrutura ser desejada pelos principais partidos do Congresso. (Estadão)
Gleisi Hoffmann (PT-PR) também tomou posse nesta segunda-feira, assumindo a vaga de Padilha na Secretaria de Relações Institucionais. Ao assumir a articulação política do governo, ela prometeu trabalhar pela construção de alianças no Congresso e agradeceu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por seu papel na defesa da democracia. Gleisi também aproveitou o discurso para fazer um aceno ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cuja política econômica criticou nos últimos dois anos, como presidente do PT. “Eu estarei aqui, ministro Fernando Haddad, para ajudar na consolidação das pautas econômicas deste governo, as pautas que você conduz e que estão colocando o Brasil na rota do emprego, crescimento e da renda”, disse. A nomeação da petista foi vista por aliados do governo como um movimento de enfraquecimento de Haddad. (g1)