News do Meio

Rebeca, de Guarulhos ao topo do Olimpo

Nunca uma ginasta brasileira havia conquistado uma medalha olímpica. Nunca uma atleta brasileira havia ganhado duas medalhas na mesma edição dos jogos. Nunca houve uma Rebeca Andrade antes. Depois da prata histórica no individual geral na quinta, ela se consagrou de vez ao levar o ouro no salto. “Caraca, eu estou muito feliz”, resumiu a mulher negra de 22 anos, que saiu da periferia de Guarulhos (SP) para escrever seu nome na História Olímpica. Não deu no solo, onde ficou em quinto, mas quem liga? Ela já é a melhor ginasta da América Latina. (Globo Esporte)

Fogo em galpão da Cinemateca expõe descaso com a cultura

Um incêndio de grandes proporções atingiu na noite de ontem um galpão da Cinemateca Brasileira na Zona Oeste de São Paulo. Sob responsabilidade do governo federal, o galpão abrigava principalmente documentos relativos a praticamente toda a administração do cinema brasileiro, incluindo arquivos da Embrafilme e de outras agências. O material estava sendo catalogado para digitalização. Havia também películas, mas ainda não se sabe a extensão dos danos e o que foi perdido no fogo. No início do ano passado o prédio já havia sofrido danos com uma enchente. (G1)

O polvo do Centrão quer mais um naco do ministério de Guedes

Nem bem conseguiu a mão, a Casa Civil, o Centrão quer o braço. O bloco parlamentar estaria se movimentando para recriar (e ocupar) o Ministério do Planejamento, que englobaria a Secretaria de Orçamento Federal (SOF). Seria um duro golpe no ministro Paulo Guedes, cuja pasta da Economia já foi fatiada para a recriação do Ministério do Trabalho. Há uma grande expectativa em relação ao envio do projeto de Orçamento da União para o ano que vem, que tem de acontecer até o fim de agosto. Por enquanto, Guedes resiste. Vale lembrar que o Centrão já controla, via Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, o chamado orçamento secreto. (Estadão)

Capo do Centrão assume ministério mais importante do Planalto

A minirreforma ministerial para dar mais poder ao PP (e ao Centrão) foi consolidada ontem. O presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro e aceitou o convite para assumir a Casa Civil. O objetivo da nomeação seria aparar as arestas entre o Executivo e o Legislativo, mas o futuro ministro tem participação em pelo menos uma delas. Ele é um dos signatários do manifesto de presidentes de partidos contra o voto impresso, bandeira de Bolsonaro. Criticado pelo ex-presidente Lula — cujo governo foi apoiado pelo PP de Nogueira, aliás — por nomear um líder do Centrão, o presidente disse a uma rádio que estava entregando a “alma do governo” (a Casa Civil) ao senador. (Globo)

Ítalo traz o primeiro ouro do surfe olímpico para o Brasil

Ítalo Ferreira fez história duplamente nas ondas da praia de Tsurigasaki. Não apenas conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos de Tóquio como sagrou-se o primeiro campeão olímpico de surfe, modalidade introduzida nesta edição. O potiguar passou como um tsunami sobre o japonês Kanoa Igarashi, que horas antes tirara da final o favorito Gabriel Medina. (UOL)

Rayssa Leal, 13 anos, a ‘fadinha’ de prata

A “pátria de rodinhas” passou a madrugada em claro para ver uma menina de apenas 13 anos arrebatar a medalha de prata no skate em Tóquio. Segunda colocada na categoria street, Rayssa Leal se tornou a mais jovem atleta brasileira a conquistar uma medalha olímpica. O ouro ficou com outra criança, a japonesa Momiji Nishiya, também de 13 anos. “Eu tô muito feliz porque eu pude representar todas as meninas, que não se classificaram, e todas as meninas do Brasil também. É muito gratificante para mim, e realizar o meu sonho e dos meus pais”, disse a Fadinha, como é conhecida no esporte. (UOL)

Centrão dá volta em militares e controla governo

Brasília amanheceu agitada com a manchete do Estadão informando que, por interlocutores, o ministro da Defesa general Walter Braga Netto teria mandado dizer ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, sem voto impresso, não haveria eleições no ano que vem. Por telefone e sem ser gravado, conversando com jornalistas, Lira negou que o recado tenha ocorrido. Mas, quando em público via Twitter, não negou e escolheu a ambiguidade. “O brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano”, afirmou. “As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o país avançar.” (Estadão)

Acuado pela CPI, Bolsonaro dobra a aposta no centrão

Acuado de um lado pela CPI da Pandemia e de outro pelas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro reagiu abrindo de vez o governo ao PP, maior partido do centrão. Seu presidente, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda a minoria governista na CPI, vai assumir a poderosa Casa Civil, de onde fará a articulação política com o correligionário e amigo Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. O atual titular da pasta, o general Luiz Eduardo Ramos, vai para a bem menos prestigiada Secretaria-Geral da Presidência, onde está Onyx Lorenzoni, do DEM. Para que este não fique ao relento, Bolsonaro vai recriar e entregar-lhe o Ministério do Trabalho, rebatizado Ministério do Emprego e Previdência, tirando um importante naco do superministério da Economia. (Folha)

Para forçar Mendonça no STF, Bolsonaro reconduz Aras à PGR

Augusto Aras não levou a indicação ao Supremo, mas ficou com um prêmio de consolação. Ontem Jair Bolsonaro recomendou ao Senado, a quem cabe a aprovação, que Aras seja reconduzido ao cargo de procurador-geral da República. Mais uma vez o presidente ignorou a lista tríplice elaborada pelos procuradores. Indicar um integrante da lista foi uma tradição inaugurada em 2003 no governo Lula e mantida por Dilma Rousseff e Michel Temer. (UOL)

Bolsonaro diz que vetará Fundão eleitoral; maior fatia iria para oposição

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira que vai vetar o fundo eleitoral aprovado pela Câmara na semana passada dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias. “É uma cifra enorme que, no meu entender, está sendo desperdiçada”, disse ele, em entrevista à TV Brasil. “Posso adiantar que não será sancionada.” O valor aprovado, R$ 5,7 bilhões, é o triplo do R$ 1,7 bilhão gasto na eleição presidencial anterior, em 2018. A bancada bolsonarista, incluindo os filhos do presidente que têm mandato no Congresso, votou em peso a favor do fundo, o que provocou reações iradas de seus seguidores nas redes sociais. Bolsonaro, aliás, voltou a responsabilizar o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), pela aprovação do fundo. Ramos, que o presidente chamou de “insignificante”, presidiu a sessão que votou a LDO. (UOL)