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“A Ucrânia está sendo dizimada”, diz secretário-geral da ONU

A Ucrânia está sendo dizimada diante dos olhos do mundo. A declaração, bem mais contundente que o tom costumeiro na diplomacia, veio ontem do secretário-geral da ONU, António Guterres, para quem o impacto da guerra sobre os civis está atingindo proporções assustadoras. “A cada hora, duas coisas ficam claras. Primeiro, a situação está piorando. Segundo, essa guerra não terá vencedores, apenas perdedores”, disse ele a jornalistas. Guterres acrescentou que a Rússia já atacou 24 unidades médicas e outras instalações civis de infraestrutura. (New York Times)

Novas negociações de paz trazem discreto otimismo

Pela primeira vez desde o início das negociações entre Ucrânia e Rússia, os representantes dos dois lados dizem que os encontros estão sendo “mais produtivos”. Mykhailo Podolyak, assessor presidencial e integrante da delegação ucraniana, acredita que será possível chegar a resultados concretos “literalmente em alguns dias”. O russo Leonid Slutsky foi na mesma linha e disse à TV de seu país que está havendo “progresso significativo” que pode levar à “assinatura de documentos” pelos dois lados. (Washington Post)

Rússia amplia bombardeio aéreo da Ucrânia

Cedo hoje de manhã, a Rússia ampliou o bombardeio aéreo de toda a Ucrânia. Há cidades sob sítio entre os alvos, mas não apenas — novas aglomerações urbanas, que ainda não estavam sob ataque, foram atingidas. Faz já duas semanas do início da invasão, mas a resistência continua de pé. Imagens de satélite revelam que o cerco da capital, Kiev, se dispersou, com tanques buscando o abrigo de árvores para se proteger dos mísseis ucranianos, o que possivelmente explica a decisão de trazer os aviões. A situação é mais grave na cidade portuária de Mariupol, onde mortos se acumulam diariamente e os funerais deixaram de ser possíveis. Os corpos estão sendo enterrados nas trincheiras. Várias regiões do país informam que os estoques de alimentos estão chegando ao fim. (New York Times)

Ucrânia quer denunciar Rússia por crimes de guerra

A Rússia segue insistindo que ataca somente alvos militares na Ucrânia, mas o que o mundo viu ontem foi o bombardeio de um complexo com hospital infantil e maternidade na cidade portuária de Mariupol, uma das mais violentamente atingidas pelos ataques desde o início da invasão. Autoridades ucranianas disseram que pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, entre funcionários e pacientes, mas nenhuma criança. De acordo com a prefeitura, pelo menos 1.170 civis já morreram na cidade desde o início da ofensiva russa. Em um vídeo falado parcialmente em russo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski classificou o ataque como maligno e “a prova final de que há um genocídio em andamento no país”. O governo da Ucrânia criou um site na Internet para registrar violações de direitos humanos e o que classifica como crimes de guerra cometidos pelos russos. O material será encaminhado à Corte Europeia de Direitos Humanos e ao Tribunal Penal Internacional. (BBC)

Ucrânia acusa Rússia de atirar sobre civis em fuga

Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de atacar com morteiros a rota de saída de civis da cidade sitiada de Mariupol, um dos cinco corredores humanitários que os próprios negociadores russos anunciaram durante as negociações de segunda-feira. “O inimigo lançou um ataque mirando exatamente o corredor humanitário”, disse o Ministério da Defesa da Ucrânia por meio do Facebook. Segundo a nota, o Exército russo “não permite que mulheres, crianças e idosos deixem a cidade”. De acordo com a Cruz Vermelha, os moradores de Mariupol estão enfrentando “condições atrozes”. Muitos deles sem água, energia e aquecimento desde sexta-feira – e é inverno na Ucrânia. O prefeito Vadym Boychenko acusa os russos também de minarem a estrada que leva à Crimeia, que já é ocupada por Moscou desde 2014. (Guardian)

Rússia faz exigências e intensifica ataques

Terminou ontem sem acordo a terceira rodada de negociações entre representantes da Rússia e da Ucrânia. A delegação de Moscou anunciou a criação de cinco corredores humanitários para a retirada de civis das áreas de conflito, mais precisamente de Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumy e Mariupol. Porém, os ucranianos consideraram a proposta “imoral”, uma vez que os corredores levariam os civis para a Rússia e para Belarus, aliada de Moscou. “São cidadãos ucranianos, eles deveriam ter o direito de ir para território ucraniano”, disse, em nota, o governo de Kiev. Durante a noite, um novo ataque com foguetes a áreas residenciais em Sumy deixou pelo menos nove civis mortos, incluindo duas crianças, e fez a Ucrânia ceder e aceitar a proposta russa de um corredor para tirar os cidadãos e levá-los para a Rússia ou Belarus. (CNN)

Rússia viola cessar-fogo na Ucrânia e civis morrem

O cessar-fogo acertado entre russos e ucranianos para a criação de um corredor humanitário que permitiria a evacuação de civis em áreas sitiadas foi violado. Soldados da Rússia dispararam morteiros contra pessoas que tentavam deixar a cidade ucraniana de Irpin matando pelo menos uma mulher e duas crianças (atenção, imagens fortes). Não havia tropas ucranianas oferecendo combate no local onde os civis foram mortos. (New York Times)

Rússia toma a maior usina nuclear da Europa

Além do horror da guerra, o mundo viveu durante a madrugada o temor de um desastre nuclear na Ucrânia. Após horas de combate, tropas russas tomaram a usina atômica de Zaporíjia, a maior da Europa. Mais cedo, o prefeito da cidade vizinha de Energodar disse que parte da usina estava em chamas devido a um ataque da artilharia russa. Agências de energia nuclear de todo o mundo passaram a noite monitorando os níveis de radiação na área, mas nenhum vazamento foi detectado, e o fogo, que teria atingido uma instalação de treinamento, foi contido. Autoridades locais ucranianas confirmaram a tomada, mas disseram que as equipes da usina seguem trabalhando para garantir o funcionamento e a segurança. Zaporíjia fornece um quinto de toda a energia consumida na Ucrânia. (Reuters)

Isolado pelo mundo, Putin encara baixas altas nas tropas

O isolamento do presidente russo Vladimir Putin ficou claro ontem com a aprovação, na Assembleia Geral da ONU, de uma resolução “deplorando” a invasão da Ucrânia. Embora o termo tenha sido suavizado e a decisão não tenha efeito no mundo real, o placar não deixou dúvidas. Foram 144 votos a favor, incluindo EUA, os países da União Europeia e o Brasil, e apenas cinco contra – a própria Rússia, Belarus, que está servido de base para as tropas de Putin, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. Potências como a China e Índia estão entre os 35 países que se abstiveram. (g1)

Paraquedistas russos tentam controlar segunda maior cidade da Ucrânia

O governo ucraniano confirmou que paraquedistas russos entraram em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e lutam por seu controle. Durante a terça, o centro urbano já havia sido alvo de um pesado bombardeio, que destruiu a sede do governo local, matando dez pessoas e deixando pelo menos 20 feridos. Já na capital, Kiev, as bombas russas tiveram como alvos a principal antena de TV da cidade, resultando em cinco mortes de civis, e o memorial em homenagem às vítimas ucranianas do Holocausto. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, classificou os ataques como terrorismo e acusou o russo Vladimir Putin de crimes de guerra. “Os russos sabiam em quem estavam atirando. Ninguém vai perdoar vocês pelo assassinato do povo ucraniano”, afirmou. (UOL)