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Macron negocia cúpula Biden-Putin

O presidente francês Emmanuel Macron arrancou ontem, de seu par francês Vladimir Putin, o aceno para um encontro de cúpula que incluiria o americano Joe Biden. Os dois líderes, de Rússia e EUA, concordam em princípio com a conversa, anunciou o gabinete da presidência francesa. Putin e Macron falaram por quase três horas em duas ligações telefônicas diferentes. Na segunda, já era esta última madrugada em Moscou. Entre as duas conversas, Macron se consultou com Biden por pouco mais de quinze minutos e o objetivo da cúpula seria conversar sobre os planos de defesa da Europa Ocidental e, a partir daí, negociar um cessar-fogo na fronteira entre Ucrânia e Rússia. A versão do Kremlin para o diálogo é um pouco diferente. De acordo com a chancelaria russa, Putin se queixou ao francês de que soldados ucranianos romperam o cessar-fogo e estão alvejando pessoas que seriam “etnicamente russas” em seu país. Os exercícios militares que o Exército russo e o da Belarus estavam envolvidos se encerraram no domingo mas, ao invés de retornar, as tropas e a artilharia de Putin se aproximaram da fronteira ucraniana. (Guardian)

Violência separatista pode levar à invasão russa da Ucrânia

O violento ataque com morteiros que ocorreu na região de Stanytsia Luhanska, na fronteira leste da Ucrânia com Rússia, marcou nesta quinta-feira o ponto máximo de crise na revolta separatista. Em Washington, em conversa com repórteres, o presidente Joe Biden afirmou que a suspeita é de que se trata de uma desculpa. “É uma operação de bandeira falsa para que possam invadir”, ele afirmou. A expressão é uma referência às antigas guerras navais, quando navios levantavam bandeiras de outras nações para culpá-las por certos ataques. “É um genocídio”, afirmou em Moscou o presidente Vladimir Putin, sugerindo que cidadãos que ele considera etnicamente russos estão sendo atacados no país vizinho. A tensão retornou ao ambiente diplomático. (New York Times)

Já passa de 100 o número de mortos em Petrópolis

A conta conforme fechamos a edição: 104 mortos. E pode ainda subir. Dentre as vítimas fatais do temporal que atingiu Petrópolis, na serra do Rio de Janeiro, 8 são crianças. Os bombeiros ainda não sabem dizer quantos desaparecidos, mas nas contas do Ministério Público são ao menos 35 pessoas. Aqui e ali alguma esperança persiste — a Defesa Civil resgatou dos escombros 24 com vida. Estima-se que 54 casas foram destruídas e mais de 370 pessoas foram acolhidas em abrigos. Vídeos mostram o antes e depois da tormenta que caiu na cidade. Instituições aceitam doações para vítimas da tragédia: o item mais necessário são garrafas de água mineral, pois o abastecimento de água foi afetado pelas chuvas. Saiba como ajudar. (g1)

Tormenta mata dezenas em Petrópolis, no Rio

O violento temporal que atingiu Petrópolis (RJ) na tarde de ontem deixou dezenas de mortos — a conta até o fechamento desta edição era de 34 pessoas, mas possivelmente há mais. Em seis horas, choveu mais do que o esperado para o mês inteiro. O Centro Histórico do município está inundado. Corpos começaram a aparecer pelas ruas assim que a chuva deu uma trégua e o nível do rio baixou. Um vídeo mostra uma encosta que veio abaixo e destruiu várias casas, arrastando junto carros e árvores. O morador que fazia a gravação pede ajuda, diz que não conseguiu falar com os bombeiros e que há “um monte de gente soterrada”. Até às 20h30 de ontem, haviam sido registradas 80 ocorrências de deslizamentos de terra. Em outro vídeo, pessoas tiram às pressas crianças de uma escola. A cidade está em estado de calamidade. (g1)

Crise com Rússia esfria (um pouco) e dá fôlego à Ucrânia

Houve uma mudança de tom no Kremlin, sede do governo russo, e a crise que leva ao perigo de uma invasão da Ucrânia diminuiu de temperatura. Num vídeo exibido pela TV local, emulando imagens de uma reunião, o chanceler Sergey Lavrov informa ao presidente Vladimir Putin que ainda há espaço para negociações. “Bom”, lhe respondeu o líder russo. Na Ucrânia, após uma conversa com o premiê alemão Olaf Scholz, o presidente Volodymyr Zelensky acenou com a possibilidade de seu país abrir mão em definitivo de entrar na OTAN. Uma das exigências de Moscou é justamente que a Organização se comprometa a jamais convidar a Ucrânia, coisa que dificilmente seria feita. (New York Times)

UE vê invasão da Ucrânia pela Rússia como iminente

Chega amanhã a Moscou o novo chanceler alemão, Olaf Scholz. É uma última tentativa, por parte da União Europeia, de evitar uma invasão russa à Ucrânia, considerada próxima por quase todos os vizinhos. O governo americano já recomendou a seus cidadãos que deixem o território ucraniano e a companhia aérea holandesa KLM cancelou todos os voos para o país. Ontem, uma leva de helicópteros militares de ataque, usados para carregar grandes levas de tropas, chegaram à região de fronteira onde pelo menos 130 mil soldados russos já estão distribuídos. Ao mesmo tempo, exercícios navais começaram no Mar Negro, ampliando a região de cerco russo. (Guardian)

Milícias digitais incluem lives de Bolsonaro, diz PF

As milícias digitais que agem contra as instituições democráticas usaram a estrutura do chamado “gabinete do ódio” e incluem as lives semanais do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação consta de um relatório, ainda não conclusivo, enviado pela Polícia Federal ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes. Gabinete do ódio é o apelido de um grupo de assessores e pessoas ligadas ao presidente voltado para a difusão na internet de notícias falsas e difamação de adversários. Segundo o relatório, assinado pela delegada Denisse Ribeiro, os investigados “se uniram de forma estruturalmente ordenada” para obter vantagens financeiras e políticas. O documento cita como exemplo da campanha ordenada de desinformação a live em que Bolsonaro atacou sem provas o sistema de urnas eletrônicas e a ampla divulgação de tratamentos sem eficácia contra a covid-19 e de informações falsas contra as vacinas. (UOL)

STF amplia para 31 de maio prazo de federações partidárias

Consideradas cruciais para a sobrevivência de pequenas legendas, as federações partidárias foram referendadas ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por 10 votos a 1. Apenas o ministro Nunes Marques acolheu os argumentos do PTB de que as federações violariam a Constituição por trazerem de volta as coligações proporcionais. O Supremo, porém, ficou dividido quanto ao prazo para a formação delas, estabelecido pelo Congresso em 5 de agosto. O relator, ministro Luís Roberto Barroso, que havia antecipado o prazo para 1º de março, ampliou-o para 31 de maio, antes das convenções partidárias. Cinco ministros o acompanharam, enquanto três seguiram a divergência de Gilmar Mendes, que mantinha o prazo da lei. (g1)

PGR vai investigar apologia do nazismo no podcast Flow

O procurador-geral da República, Augusto Aras, mandou ontem que seja aberta uma investigação por apologia ao nazismo contra o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e o youtuber Bruno Aiub, o Monark, até ontem apresentador do podcast Flow. Durante uma entrevista com a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), Monark defendeu a criação de um Partido Nazista “reconhecido por lei” e o direito de ser “antijudeu”. Tabata reagiu, lembrando as atrocidades cometidas pelo nazismo. Kataguiri, que também participava da entrevista, sugeriu ter sido um erro a Alemanha criminalizar o nazismo após a Segunda Guerra. A declaração de Monark provocou revolta entre patrocinadores do podcast e antigos entrevistados, além de protestos de entidades de direitos humanos. Mais tarde, ele publicou um vídeo pedindo desculpas e admitindo que estava bêbado durante o programa. Diante das reações, ele foi excluído do podcast e da sociedade na empresa que o produz. (UOL)

Milícia digital evangélico-bolsonarista ataca Lula e Moro

O ex-presidente Lula (PT) e o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) se tornaram alvos de uma saraivada de notícias falsas e difamações nas redes sociais por parte de evangélicos bolsonaristas. O PT vem reunindo estes ataques, que incluem vídeos editados retirando do contexto falas do ex-presidente e com efeitos de áudio para dar a entender que ele está bêbado ou “possuído”. Para os petistas, os ataques se intensificaram após pesquisas indicarem ligeira vantagem de Lula sobre Bolsonaro entre os evangélicos. Já Moro foi chamado de “Judas” e “covarde” pelo pastor Silas Malafaia e de “abortista” pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). (Folha)