Flávia Tavares

Editora executiva de conteúdo premium do Meio. Jornalista com 20 anos de carreira, com passagens pelo Estadão, no caderno Aliás e como repórter especial de política e cidades; pela revista Época, como repórter em Brasília e editora de política em São Paulo; e na CNN, como editora-chefe do site. Ama escrever sobre política e direitos humanos.

Crise humanitária em Gaza: ONU pede fim do ‘bloqueio ilegal’ israelense a palestinos

Ao condenar os ataques a Israel, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quinta-feira (12), afirma que os residentes em Gaza “vivem sob bloqueio ilegal há 16 anos” e condena o “aprofundamento adicional” das sanções promovido por Israel depois do ataque de 7 de outubro. “Condenamos veementemente os crimes horríveis cometidos pelo Hamas, o assassinato deliberado e generalizado e a tomada de reféns de civis inocentes, incluindo idosos e crianças. Estas ações constituem violações hediondas do direito internacional e dos crimes internacionais, pelos quais deve haver responsabilização urgente”, diz o comunicado. “Também condenamos veementemente os ataques militares indiscriminados de Israel contra o já exausto povo palestiniano de Gaza, que compreende mais de 2,3 milhões de pessoas, quase metade das quais são crianças. Eles viveram sob bloqueio ilegal durante 16 anos e já passaram por cinco grandes guerras brutais”, acrescenta o texto.

Síria acusa Israel de bombardear seus dois aeroportos e aumenta tensão regional

O governo da Síria acusa que Israel de bombardear seus dois principais aeroportos: em Damasco, a capital, e em Aleppo, maior cidade do país. As Forças de Defesa de Israel (IDF) não confirmaram o ataque. A TV estatal síria informou que as defesas aéreas do país foram acionadas para reagir a novos ataques com caças e que os dois aeroportos foram inutilizados.

Saída de brasileiros em Gaza pelo Egito está prejudicada por bombardeios israelenses

O governo do Egito alertou o Itamaraty que sua estrutura de imigração em Rafah, na fronteira com Gaza, foi destruída por bombardeios israelenses. Isso deve dificultar a retirada de 28 brasileiros — entre eles, 15 crianças — que querem deixar a região.

Quanto vale a vida de um palestino? E de um traficante?

Diante das cenas de horror dos reféns israelenses sendo levados por terroristas do Hamas ou de crianças palestinas sendo bombardeadas em retaliação, nos deparamos com a imensa capacidade dos indivíduos e das sociedades de desumanizar o outro. Não só em guerras, mas em contextos de violência cotidiana também fazemos isso. A desumanização do outro atende a interesses políticos. Resistir a ela é possível e necessário.

Flávio Dino na mira

Com a guerra conflagrada entre as polícias e o crime organizado e sua possível indicação ao Supremo Tribunal Federal, Dino está na berlinda. Mas a segurança pública é problema crônico, é a área em que o Brasil menos avançou, até retrocedeu nos últimos 30 anos. Ignorar as críticas de quem entende do assunto ou tapar o sol com a peneira com relação aos erros do PT na Bahia não ajuda. E o próprio Dino sabe disso.

O escárnio do general Heleno

O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional agiu com profundo desprezo pelos parlamentares, pela democracia e pela verdade. Nada inédito na trajetória de um militar que foi relevante na ditadura e ainda a defende. É que, ainda assim, testemunhar esse nível de desdém e saber que, muito provavelmente, isso não vai dar em nada, é doloroso e desanimador.

A Constituição é de direita ou de esquerda?

Vários pontos da Carta Magna estão em debate no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. Muitos deles passam por questões que dividem a sociedade, como a descriminalização das drogas e o aborto, além do marco temporal das terras indígenas e o casamento homoafetivo. Mas, afinal, para que lado deve pender a interpretação do texto constitucional? E quem deve dar a palavra final? É a própria Constituição que nos dá as respostas.

Em novo livro, Bruno Paes Manso avalia o laço entre fé e crime organizado

No Conversas Com O Meio desta semana, a editora Flávia Tavares recebe o jornalista e escritor Bruno Paes Manso, que lança "A Fé e o Fuzil: Crime e Religião no Brasil do Século XXI". Autor de "República das Milícias", Paes Manso destrincha o papel da religião e das crenças com o avanço do crime organizado, além da justificativa espiritual que o pentecostalismo concede, em teoria, a redes de pessoas focadas no ganho material. E, também, como um longo período de governos progressistas motivou o crescimento dessa relação entre fé e, claro, o fuzil.

Bolsonaro, o cristão perseguido

Em 2011, ainda deputado, Bolsonaro fez um cálculo político. Era hora de ampliar seu público eleitoral. Ele escolheu a pauta de costumes e religiosa e, duas eleições depois, se tornou presidente. Mas nunca deu sinais de que realmente incorporou a lição 1 do cristianismo. Falar de religião e política vai ser um necessário exercício da nossa democracia. Antes, precisamos desmascarar quem usa Deus como escudo político.

O mérito dos super-ricos

Dá pra defender que super-rico não deve ser taxado como os demais investidores? Se eles tiverem o senso de que qualquer virtude vai além das conquistas, tem de passar necessariamente pelo que se dá de volta, não dá. Mas a história da Humanidade mostra como é difícil trazer parte da elite pra mesa pra conversar sobre privilégios — e ônus na construção de uma democracia.