Ex-advogada de Trump se declara culpada em caso da Geórgia
Sidney Powell, ex-advogada de Donald Trump, declarou-se culpada de seis acusações de conspiração por ajudar nos esforços para reverter sua derrota eleitoral no Estado da Geórgia. Ela também concordou em testemunhar contra Trump e outros corréus no caso, se assim for solicitado. Powell admitiu ter conspirado para acessar ilegalmente máquinas eleitorais seguras na zona rural do condado de Coffee, no sudeste da Geórgia, em janeiro de 2021. O acordo de confissão prevê que ela seja condenada a seis anos de liberdade condicional. Trump, por sua vez, já havia se declarado inocente no indiciamento no condado de Fulton, na Geórgia. Ele lidera as pesquisas sobre a corrida presidencial dos Estados Unidos em 2024. (Terra)
Tensão aumenta na Cisjordânia com protestos e mortes de palestinos
Oito palestinos e um policial israelense foram mortos na Cisjordânia, nesta quinta-feira, em decorrência de uma nova operação de Israel, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. No total, já são 73 os mortos no território. As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter prendido 524 pessoas na Cisjordânia, que é o território reivindicado por palestinos para a criação de seu Estado, desde o início da guerra com o Hamas — 330 teriam ligação com o Hamas, que não controla a Cisjordânia, mas cuja influência no território tem aumentado. Na quarta-feira, houve protestos em Ramallah, capital da Cisjordânia, que acabaram reprimidos pela polícia da Autoridade Nacional Palestina, grupo político rival ao Hamas, que pede que a população local se rebele. O clima está tenso há meses, por conflitos entre moradores da região e judeus ultraortodoxos que vivem em assentamentos construídos por Israel. (g1)
Venezuela liberta cinco prisioneiros depois de alívio de sanções pelos EUA
A Venezuela libertou cinco presos políticos depois de um acordo eleitoral entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro. A oposição confirmou a soltura na madrugada desta quinta-feira. O acordo prevê que sejam realizadas eleições à Presidência do país no segundo semestre de 2024. Na quarta-feira, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aliviou sanções impostas à indústria venezuelana de petróleo e gás na gestão de Donald Trump — a libertação de prisioneiros era esperada em contrapartida, além do pleito do ano que vem. Os EUA deram a Maduro até o final de novembro para começar a suspender as proibições aos candidatos presidenciais da oposição e libertar prisioneiros políticos e americanos “detidos injustamente”, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. (CNN Brasil)
“STF não pode agir sozinho contra golpistas e militares”, diz Conrado Hübner Mendes
A escalada autoritária brasileira estaria completa com o 8 de Janeiro? De acordo com Conrado Hübner Mendes, sim. No Conversas com o Meio desta semana, a editora Flávia Tavares recebe o professor de Direito Constitucional e um dos autores do livro "O caminho da autocracia: Estratégias de erosão democrática", que fala sobre o papel da Suprema Corte diante das tentativas de golpe no país. Segundo Hübner, o STF "não pode assumir a responsabilidade sozinho da reestruturação da nossa democracia". Na entrevista, o professor também fala sobre como os desmandos de Jair Bolsonaro não foram punidos em mais de três décadas na política institucional.
Procuradoria eleitoral se manifesta por inelegibilidade de Bolsonaro por 7 de Setembro
A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) manifestou-se a favor de condenar Jair Bolsonaro (PL) e torná-lo inelegível por abuso de poder nas comemorações do Bicentenário da Independência. O parecer, do vice-procurador-geral Paulo Gustavo Bonet Branco, foi proferido ontem. Gonet afirma que Bolsonaro “preenche todos os pressupostos para a aplicação da pena de inelegibilidade” e que há provas de que o ex-presidente promoveu “desvio de finalidade no uso da estrutura da administração para obter vantagem eleitoral, elemento do tipo de abuso de poder político”. Os autores da ação acusam Bolsonaro de se aproveitar das cerimônias oficiais de 7 de Setembro para fazer campanha eleitoral. Bolsonaro já está inelegível por oito anos, pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022. O TSE ainda avalia outros processos contra o ex-presidente e já começou a julgar três deles. (Metrópoles)
Hezbollah aumenta ataques e cresce tensão entre EUA e Irã
O Hezbollah, grupo terrorista libanês apoiado pelo Irã, matou uma pessoa na cidade de Shtula, no norte de Israel. Caças israelenses bombardearam o Sul do Líbano e as Forças de Defesa de Israel (IDF) usaram mísseis antitanque em resposta, e soldados de ambos os lados se atacaram. Conforme os confrontos com o Hezbollah aumentam, Estados Unidos e Irã trocaram avisos sobre uma potencial escalada da guerra entre Israel e o Hamas. “Se a agressão sionista não parar, as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho”, disse o chanceler Hossein Amir-abdollahian, segundo a imprensa estatal iraniana. Para a Al Jazeera, ele ainda disse que o Irã “não pode ser só um observador” e ameaçou: “Se o escopo da guerra se expandir, danos significativos serão infligidos aos EUA”. Em reação, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que os EUA procuraram o Irã por canais informais para alertar o país persa de que não deveria haver envolvimento na crise de Israel. “Há um risco de escalada, com a abertura de uma segunda frente no norte e, claro, o envolvimento do Irã”, disse à rede CBS.
Passagem entre Gaza e Egito será aberta, diz Blinken
Depois de um encontro com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu que a passagem de Rafah entre Gaza e o Egito “será aberta”. Sisi foi bastante crítico da ação israelense. “A reação foi além do direito à legítima defesa, transformando-se em punição coletiva para 2,3 milhões de pessoas em Gaza”, afirmou. Mas o presidente egípcio disse que intensificou os esforços diplomáticos para que alguma ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza. Enquanto isso, toneladas de suprimentos vitais, enviados como ajuda humanitária, estão se acumulando no lado egípcio da fronteira. Voos da Jordânia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Organização Mundial da Saúde e Cruz Vermelha chegaram à cidade egípcia de El-Arish, a aproximadamente 45 quilômetros de Rafah, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal egípcia. Um oficial da fronteira palestina acusou o Egito de bloquear os portões da passagem com lajes de concreto. Já o ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, afirma que a passagem estava aberta, mas os bombardeios israelenses tornaram as estradas “inoperáveis” no lado de Gaza.
Ao menos 12 jornalistas foram mortos no conflito entre Israel e Hamas
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) informou neste domingo que investiga os relatos de jornalistas mortos, feridos, detidos e desaparecidos na guerra entre Israel e Hamas. Até o momento, há a confirmação de pelo menos 12 jornalistas mortos, dois desaparecidos e oito feridos. Entre os mortos nos primeiros oito dias do conflito, estão 10 jornalistas palestinos e um jornalista israelense — Issam Abdallah, jornalista da Reuters, foi morto em um bombardeio no sul do Líbano. “O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis realizando um trabalho importante durante tempos de crise e não devem ser alvo das partes em conflito”, diz Sherif Mansour, coordenador do CPJ para o Oriente Médio e Norte da África. (Folha)
Gaza: versões sobre fornecimento de água e ataques a civis divergem
Há pelo menos dois pontos em que autoridades israelenses e palestinas vêm divergindo nos relatos sobre os ataques à Faixa de Gaza. O primeiro é sobre o restabelecimento do fornecimento de água. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse à CNN hoje que havia liberado a água para o Sul de Gaza. Já o diretor da Autoridade Palestina de Água disse que não é possível checar se a declaração é verdadeira porque a eletricidade ainda não foi restaurada. O outro ponto é sobre o bombardeio de civis que tentam deixar Gaza. Israel foi acusada pelo Hamas de ter atingido um comboio e matado ao menos 70 civis. Vídeos obtidos pela BBC mostraram o ataque atingindo pelo menos 30 pessoas e 12 corpos, incluindo o de crianças. “É um relato falso. O Hamas está usando os seus próprios cidadãos como escudos humanos e espalhando fake news”, disse Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, em entrevista coletiva. O exército israelense diz, ainda, que o Hamas está impedindo palestinos de deixar o Norte de Gaza e divulgou um áudio de um morador relatando o bloqueio. (CNN, UOL e g1)
Filho de brasileiro morreu em rave em Israel; filha de brasileiros é refém do Hamas
A Embaixada do Brasil em Israel confirmou que o filho de um brasileiro que mora em Israel, o israelense Gabriel Yishay Barel, de 22 anos, foi um dos mortos no festival de música eletrônica atacado pelo Hamas em 7 de outubro. Gabriel é filho do brasileiro Jayro Varella Filho com uma israelense. Autoridades israelenses confirmaram, ainda, que Thelet Fishbein Zaaror, 18 anos, filha de brasileiros, é uma das reféns do Hamas. Ela estava no kibutz Be'eri, no Sul de Israel, com o namorado, Dor Haider, quando o grupo terrorista invadiu o local, deixando cerca de cem mortos. Desde então, os dois estão desaparecidos. Fishbein é filha e neta de brasileiros, mas nasceu em Israel. Na semana passada, o governo federal confirmou as mortes de três brasileiros que participaram da festa rave alvo do Hamas: Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, Ranani Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos. (Globo)