Movimento de Temer tira Bolsonaro do jogo e tenta unir governadores de direita
O ex-presidente Michel temer propôs uma união a cinco governadores de direita com potencial para disputar a eleição presidencial no ano que vem. A ideia é unir os nomes em torno de uma candidatura única, que ele chama de “Movimento Brasil”. A articulação envolve o tucano Eduardo Leite, Ratinho Júnior, do PSD do Paraná, Romeu Zema, do Novo de Minas Gerais, Ronaldo Caiado, do União Brasil de Goiás, e até o mais fiel escudeiro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, do Republicanos de São Paulo. A intenção seria debater um plano de governo para qualquer que seja o nome escolhido no ano que vem, nos moldes do documento “Uma ponte para o futuro”, de 2016. Resta saber se os envolvidos vão se entender, uma vez que todos eles têm o desejo de ser o candidato da direita em 2026. Mas uma coisa é fato: Bolsonaro está fora.
A direita democrática?
Chegamos àquela fase da pré-campanha eleitoral em que as pessoas olham para os números, descobrem que mais de metade dos brasileiros realmente preferiam que Lula e Bolsonaro sumissem do mapa político e, logo concluem, é hora de uma terceira via.
A fraude no INSS, a desaprovação de Trump, o conclave e o apagão
O Central Meio de hoje começa analisando as fraude no INSS. Atas de reuniões mostram que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, foi alertado em junho de 2023 sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias, mas levou quase um ano para tomar as primeiras providências. Lupi se defendeu dizendo que as irregularidades são herança do governo anterior. E negou que o atual governo tenha sido omisso. Ainda na edição de hoje, uma análise sobre Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos com a pior aprovação aos 100 dias de mandato em 80 anos. 55% da população desaprova o governo. No Vaticano, mais de 220 cardeais se encontram nesta manhã para definir a data de início do conclave que elegerá o próximo papa. Será em 7 de maio. E autoridades da Espanha e de Portugal investigam a possibilidade de um ciberataque no apagão que atingiu os dois países e mais partes da Europa hoje de manhã.
A batata quente do escândalo no INSS
No Ponto de Partida desta sexta-feira (25), Yasmim Restum e Pedro Doria falam sobre o escândalo de corrupção no INSS revelado pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Apesar da investigação ter mostrado que os desvios começaram em 2019, ainda no governo Bolsonaro, Pedro Doria explica como essa batata quente pode cair no colo do governo Lula.
Ainda neste papo, os jornalistas falam sobre a ideia de "quarto poder" atribuída à imprensa, e os desafios na cobertura do governo e em investigações sobre entes públicos. Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido
Ex-presidente Fernando Collor é preso por ordem de Alexandre de Moraes
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso hoje de madrugada pela Polícia Federal no aeroporto de Maceió, quando se preparava para embarcar em um avião com destino a Brasília. A ordem de prisão foi emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em investigação da Operação Lava Jato, por ter recebido R$ 20 milhões para viabilizar contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. A defesa de Collor já apresentou dois recursos sustentando que a pena deveria ser menor. Moraes considerou, entretanto, que o segundo recurso não apresentava novos argumentos em relação ao primeiro, e que havia uma “intenção procrastinatória”. Uma sessão virtual extraordinária do Plenário do STF acontece hoje para referendar a decisão. O Central Meio de hoje recebe o cientista político Carlos Melo.
Desvio de R$ 6 bi do INSS começou no governo Bolsonaro e se estendeu a Lula
A operação “Sem Desconto” da Polícia Federal revelou um esquema que desviava valores de benefícios de aposentados e pensionistas, com prejuízos estimados em R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. As investigações apontam que 11 entidades cobravam mensalidades por serviços não prestados, como assistência jurídica e descontos em academias, sem autorização dos aposentados. Além de ter havido falsificação de assinaturas, em 72% dos casos as entidades não tinham entregue ao INSS a documentação necessária para fazer os descontos diretamente nos benefícios. O Central Meio recebe o cientista político Guilherme Casarões, que comenta também os casos de corrupção no governo Trump.
Corrupção volta a rondar Lula
O governo Lula está entrando em um momento bastante delicado. Por um lado, está exposto em praça pública, demonstrando uma fraqueza inimaginável para alguém com a capacidade política de Lula. Por outro, explodiu um escândalo de corrupção na previdência social que pode ficar muito grande, muito rápido. E fazer colar a pecha de corrupto neste governo é coisa que acontece num segundo e, depois que colou, não vai embora mais.
Papa Francisco nomeou a maioria dos cardeais que votarão em conclave
Entre os 135 cardeais com direito a voto na escolha do novo Papa, Francisco nomeou 108, o que corresponde a quase 80% dos participantes do Conclave. O número, entretanto, não garante a eleição de um Papa com perfil próximo ao do argentino Jorge Mario Bergoglio, que transformou pontos importantes na Política do Vaticano. Logo que assumiu, pediu a uma equipe de nove cardeais que identificasse exageros, indícios de corrupção e desvios. Francisco também ordenou a publicação do primeiro balanço financeiro do Vaticano. Para falar sobre as mudanças operadas por Francisco e sobre o protocolo a ser adotado nos próximos dias para a escolha do novo pontífice, o Central Meio recebe hoje a juíza Denise Frossard.
Papa Francisco deixa legado de inclusão e expectativa sobre sucessão na Igreja
Em 12 anos de papado, Francisco se envolveu em questões humanitárias como a defesa dos pobres, a crise migratória e a integração dos refugiados pelo mundo. Também se envolveu em questões ambientais, como a defesa da Amazônia e dos povos indígenas. Nas Relações Internacionais, Francisco contribuiu para o restabelecimento das relações entre Cuba e Estados Unidos, fez apelos à paz na Síria e na Ucrânia. Na Igreja, reformou a Cúria Romana e combateu os abusos sexuais: criou comissões, implementou medidas de responsabilização de clérigos e pediu perdão público às vítimas. Se posicionou ainda pelo acolhimento à comunidade LGBT e nomeou mulheres para cargos de destaque no Vaticano. O Central Meio recebe hoje o antropólogo e professor da UFRJ Rodrigo Toniol, ex-presidente da Associação de Ciências Sociais da Religião na América Latina.