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As notícias mais importantes do dia, de graça

Pedro Doria

Diretor de jornalismo do Meio. É também figura fácil no Twitter e Instagram. Colunista de O Globo, O Estado de S. Paulo e da CBN. Foi editor-executivo do Globo e editor-chefe de digitais do Estadão, além de colunista da Folha de S. Paulo. Knight Fellow pela Universidade de Stanford. É autor de oito livros, a maioria sobre história do Brasil.

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Já é 2026?!

No último Ponto de Partida React do ano, desta sexta-feira (19), Yasmim Restum e Pedro Doria sentem que 2026 já começou - ao menos, eleitoralmente - e conversam sobre o atual cenário para a disputa presidencial, questionando a viabilidade de Flávio Bolsonaro como o herdeiro direto do capital político da família. O papo passou também pela relevância de Ciro Gomes e Renan Santos; as percepções sobre corrupção na esquerda e na direita; e ainda o dilema do século: por que, em algumas democracias, a população tem uma sensação de mal-estar mesmo com bons índices econômicos? Na segunda (22), ainda tem o último Ponto de Partida do ano. O React retorna na sexta, dia 9 de janeiro. Para participar, comente nos vídeos do Ponto de Partida de segunda ou quarta no Youtube. Assista em vídeo, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido.

O futuro da política no mundo digital, com Silvio Meira

No Pedro+Cora do dia 18 de dezembro de 2025, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai recebem Silvio Meira, cientista-chefe da TDS Company, para falar sobre seu novo livro “A Próxima Democracia -  32 Teses para o Futuro da Política no Mundo Figital”. No papo, falam sobre o colapso da democracia atual e qual será a nova democracia, a desinformação estratégica feita pelos algoritmos para interferir em no discurso democrático e as mudanças profundas que Silvio Meira acredita que o país precisa ter para uma melhor gestão e sociedade.

O caminho da direita

Agora vamos compreender que tipo de eleição será travada. E ela depende, essencialmente, do eleitor de direita. Agirá de forma racional para ter uma oportunidade de vitória? Ou o vírus bolsonarista ainda contamina o corpo?

IA sabe pensar? Entenda se existe humanidade dentro das inteligências artificiais

No Pedro+Cora do dia 16 de dezembro de 2025, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre a possibilidade de uma inteligência artificial pensar, sonhar e imaginar. No papo, exploram se existe algum tipo de humanidade dentro das IAs, o processo de funcionamento de um modelo de linguagem até chegar a uma resposta para o usuário e como as inteligências artificiais compreendem aquilo que é relevante ou não dentro de um prompt.

Flávio é mesmo candidato?

A candidatura de Flávio Bolsonaro é para valer? Bem, depende para quem você pergunta. Se, neste momento, você for dar uma olhadinha no Fintweet, a turma da Faria Lima que badala no X, no Twitter, eles ainda estão convencidos de que Tarcísio é candidatíssimo. Essa é daquelas análises que misturam muito desejo com o racional. Se você for perguntar a Gilberto Kassab, ele já está trabalhando ativamente com o cenário Flávio é candidato até o fim e Tarcísio disputa a reeleição em São Paulo. Nessa análise não tem nada de desejo mas também não quer dizer que seja por convicção. O que rola, aí, é cálculo. O cenário pode mudar, mas é prudente operar como se já fosse certo. Flávio anunciou sua candidatura em 5 de dezembro. Aí, no dia 7, um domingo, fez que podia negociar uma saída. Na segunda da semana passada, reiterou a candidatura. No final de novembro, o pessoal da AtlasIntel fez perguntas sobre um cenário em que Flávio seria candidato. No primeiro turno, Lula teria 47% dos votos e, Flávio, 23%. Ronaldo Caiado chegaria em terceiro com 10%, Ratinho Júnior com 7, Zema com 5, daí vêm os nanicos, os retardatários. Importante registrar: esse aí é um levantamento no qual ainda não havia se espalhado, pelas redes bolsonaristas, a notícia de que o filho Zero Um havia sido ungido. Nesse cenário da Atlas, tem segundo turno e Flávio disputa com Lula. Perde, mas essa é outra história, muito cedo pra realmente dizer. Quando o anúncio da candidatura Flávio foi feito, muita gente no Bluesky lulista ficou eufórica. Agora sim, vitória no primeiro turno. Vai ser fácil. Pois é. Muito mais desejo do que análise também aí. Na verdade, uma candidatura Flávio pode até não levá-lo ao segundo turno, mas aumenta em muito as chances de haver segundo turno. Vem cá, qual é a regra? É simples. Se um candidato recebe mais votos do que seus adversários somados, vitória no primeiro turno. Metade mais um dos votos válidos. Se recebe menos, ele e o segundo colocado vão disputar uma nova eleição. Vocês lembram como foi, em 2022? Primeiro turno, Lula teve 48,4%. Jair Bolsonaro teve 43,2%. Diferença de cinco pontos percentuais. De seis milhões de votos. Um bocado. Chegou no segundo, apertou e muito. Lula chegou muito perto do seu teto já no primeiro. Bolsonaro, não. A diferença entre os dois foi de menos do que dois pontos percentuais. Ficaram por dois milhões de votos um do outro. Se Flávio for candidato mesmo, esta eleição de 2026 vai ser muito diferente daquela. Os motivos são dois. Um, que o bolsonarismo enfraqueceu. E, dois, que Bolsonaro não é presidente. O incumbente, quer dizer, o sujeito que está na presidência e se candidata a seguir no cargo, tem uma vantagem natural. Olha só, todo presidente, no ano da reeleição, tem uma melhora de sua avaliação entre o primeiro e o segundo semestre. Não tem nenhuma razão para achar que isso não será verdade para Lula. Isso acontece pelo seguinte: o governo gasta mais com propaganda e se organiza para gastar mais dinheiro no ano eleitoral. Mais dinheiro na economia dá uma aquecida a mais, as pessoas têm a impressão de que tem mais grana rolando. O otimismo é bom pro governante. Todo mundo fez isso, todo presidente, todo governador, até os prefeitos fazem isso. Vencer incumbente é difícil. O problema para Lula é o seguinte: só um político, em todo o Brasil, tem rejeição maior do que a de Lula. Jair Bolsonaro. Lula é muito rejeitado. Os dois são. Mais de metade dos brasileiros, realmente, gostariam de ver os dois pelas costas. Só que, aí, entra outra questão. Eles são também os políticos com a maior base de fãs, de eleitores dedicadíssimos, do país. Lula tem 17% de fãs, segundo o Instituto Ideia. Bolsonaro tem 12% de fãs. Essa é a base, o alicerce, o mínimo do mínimo do mínimo. Parte daqueles 23% de votos que a Atlas encontrou na pesquisa para Flávio são esses 12%, aí. Isso é sólido. A outra parte é puro reconhecimento de nome. É a parte que dá pra roubar. Ou não. Então voltamos para nossa pergunta essencial. A candidatura de Flávio Bolsonaro é para valer? A chave é saber se tem segundo turno e se ele estará lá. Se chegarmos a junho, julho, e Flávio ainda estiver em segundo nas pesquisas, com cara de que vai ter segundo turno, não tem muito motivo para ele sair da briga. E o fato de Flávio estar na briga já meio que faz essa uma eleição com jeitão que terá segundo turno. Sabe por quê? Porque, gente, vamos voltar à regra? Metade mais um. Se o líder da corrida não tiver metade mais um dos votos válidos, tem segundo turno. Se a direita apresenta muitos candidatos, o que ocorre? Na maior parte das eleições presidenciais que tivemos, o cenário é algo assim: um primeiro lugar acima dos trinta, um segundo acima dos vinte e um terceiro, distante, mas ali com 10 a 15 porcento dos votos. E um pelotão com cinco, com quatro, com seis, com dois. Eleição com muito candidato tem disso. As pessoas não querem Dilma, não querem Aécio. Correm pra Marina. As pessoas não querem Bolsonaro, não querem Haddad, correm pro Ciro. Sempre tem esse candidato meio para-raios. Uma pessoa que atrai os votos de todo mundo que quer evitar aquela dupla no segundo turno. Se a direita lança o governador paulista Tarcísio de Freitas, a tendência são os partidos de direita se reunirem ao redor dele. Pouca gente na briga. Mas, se alguém com o sobrenome Bolsonaro entra na briga, aí a tendência é a direita se dividir. Ironicamente, Tarcísio é simultaneamente o candidato mais forte da direita e aquele que dá a maior chance de Lula vencer no primeiro turno. Porque uma eleição com Tarcísio candidato é uma com poucos outros candidatos. Tem menos gente para ser aquele terceiro para o qual todo mundo que não quer nem um, nem o outro, consegue correr. E aí? A candidatura de Flávio vale, vale de verdade, é firme? Vamos trabalhar com duas datas-chaves para sabermos. A primeira, 4 de abril de 2026. E, a segunda, 15 de agosto. Se Flávio ainda for candidato no dia 4 de abril, isso é tipo um mês depois do carnaval, 80% de chances de ele ser candidato. Se em 15 de agosto estiver de pé, essa é a briga. Por que, vocês perguntam. Vamos lá ao por quê. Vamos lá, sem firula. Os partidos de direita querem lançar Tarcísio de Freitas à presidência. Tarcísio deixou claro para todo mundo que só sai com apoio de Bolsonaro. E Bolsonaro indicou Flávio. Pois bem, Tarcísio tem um de dois caminhos. Por um lado, candidatura fácil à reeleição em São Paulo. Por outro, a batalha pelo Planalto. A Constituição determina que, se você concorre à reeleição, pode seguir onde está. Se quer outra disputa, precisa deixar o cargo executivo seis meses antes. A eleição é em 4 de outubro. Tarcísio tem até 4 de abril para renunciar ao governo de São Paulo. Se não renunciar, só tem uma eleição que ele pode disputar. A para continuar onde está. Então vamos lá: por que Flávio desiste da candidatura se, em 4 de abril, ele se mantiver em segundo, distante do terceiro, num quadro com cara de dar segundo turno? Tem um motivo. Anistia para o pai. O Congresso aprova a anistia, o Supremo deixa rolar. Está com zero cara de que vai acontecer. Tem outro cenário? No momento, muito difícil imaginar. “Ah, mas de que adianta chegar ao segundo turno se vai perder para Lula?” Muito simples. Por mais quatro anos a família Bolsonaro poderá dizer que é líder da direita no Brasil. Pode valer mais perder tendo chegado ao segundo turno do que não disputar. No momento, é este cálculo que estão fazendo. Agora, conforme julho vai se aproximando, os partidos precisarão definir seus candidatos. Isso quer dizer que, embora a campanha não esteja rolando oficialmente, todo mundo vai estar batendo perna pelo Brasil. Governadores como Zema, Ratinho e Caiado terão renunciado ao cargo e vão fazer de tudo e gastar os tubos para se apresentarem a muita gente. E os números vão começar a flutuar. Mais gente vai ver estes nomes no Zap, no Insta, no TikTok, no X, onde for. Uns vão crescer, um deles vai botar o pescoço pra fora e chegar ali em terceiro. Esse terceiro é um terceiro 12%? Ou um terceiro 18%? Flávio, a essa altura, vai estar estável, vai inclinar para baixo, para cima? No primeiro semestre, tudo é pesquisa. As pesquisas vão mostrar que, para uns, é mais negócio desistir e virar vice. Para outros, bota mais grana porque está rendendo. Em 15 de agosto, os partidos terão já de ter registrado os candidatos. É dada a largada. Alguém ultrapassa Flávio? Flávio desiste antes? E aí? Flávio é candidato ou não é? Tudo é pesquisa. Vamos assistir de camarote. Vai ser intenso. Vai ter surpresa. Que surpresa? Pois é.

Truco entre poderes

Desde a candidatura chantagista de Flávio Bolsonaro, à aprovação do PL da Dosimetria na Câmara, passando pela crise institucional no STF envolvendo os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes e pela barbárie na Câmara dos deputados, os sintomas de uma corrosão democrática se avolumam. No Ponto de Partida React, desta sexta-feira (12), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre o perigo do abandono da universalidade e do diálogo. Como exemplo da tribalização social agravada pelas redes, está a polêmica de Francisco Bosco — filósofo cancelado recentemente sob o argumento do "lugar de fala". Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Para participar, comente nos vídeos do Ponto de Partida de segunda ou quarta. Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido.

Banir redes sociais dos adolescentes: será que faz sentido?

No Pedro+Cora do dia 11 de dezembro de 2025, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai debatem sobre a proposta feita pelo governo australiano de restringir o acesso de adolescentes às redes sociais.

Dosimetria, Glauber e Chico

É incrível, 10 de dezembro e o Brasil não para. Gilmar Mendes suspendeu parcialmente sua decisão de mudar a lei do impeachment para o Supremo. Hugo Motta arrancou com violência Glauber Braga, um deputado federal, do plenário da Câmara. E a Casa aprovou, mandando para o Senado, a Lei da Dosimetria. Se aprovar, se virar lei, diminui a pena de Bolsonaro e dos generais.

O anúncio produzido pela Apple para o dia internacional da pessoa com deficiência

No Pedro+Cora do dia 9 de dezembro de 2025, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre o novo comercial da Apple sobre o dia internacional da pessoa com deficiência. No papo, falam sobre a beleza da mensagem e estética no anúncio produzido pela Apple e a importância da acessibilidade e visibilidade dentro de empresas de tecnologia.

De Flávio, Centrão e STF

A estranhíssima candidatura-chantagem de Flávio Bolsonaro, por um lado, e as crises abertas por Gilmar Mendes e José Antonio Dias Toffoli, no Supremo, por outro, são pontas de uma mesma briga. É uma briga de foice no coração da República. Uma briga em que o personagem principal está oculto. É o Centrão.