Posse de armas ficará mais fácil a partir de hoje

Está marcada para às 11h, no Palácio do Planalto, a assinatura pelo presidente Jair Bolsonaro do decreto que flexibiliza a posse de armas. O texto não muda a lei, apenas sua regulamentação, e trata da posse, não do porte. Será facilitado ter uma arma em casa, não carregá-la. Para a posse, é preciso ter mais de 25 anos, ocupação lícita, residência certa, comprovar capacidade técnica e psicológica, explicar a necessidade da arma, jamais ter sido condenado e não responder a inquérito ou processo criminal. Atenuando as exigências para cada item, e alargando o prazo para renovação dos documentos, é possível facilitar o acesso. (Folha)

Hoje, no Brasil, ter uma arma custa pelo menos R$ 4 mil e pode chegar aos R$ 10 mil. (Globo)

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De acordo com o Datafolha, 68% dos brasileiros rejeita facilitar acesso de pessoas às armas. O levantamento indica que, embora otimistas com o governo, as agendas mais caras ao novo presidente não têm aderência com os desejos da população. 54% desejam educação sexual nas escolas, 66% não querem que se dê preferência ao governo dos EUA em relação a outros países, 60% rejeita reduzir áreas destinadas a indígenas e outros 59% discordam de que a política ambiental atrapalhe o desenvolvimento do Brasil. Os pontos nos quais há maior concordância são: controle da entrada de imigrantes (67% deseja) e redução da maioridade penal para 16 anos (84%). (Folha)

Pois é... Um dos projetos do chanceler Ernesto Araújo é de dar isenção de visto a americanos e canadenses que quiserem vir ao Brasil. Brasileiros continuarão precisando de visto para ir lá, lembra Lauro Jardim. (Globo)

Ao final, o Brasil não deixará o Acordo do Clima de Paris. “Há pontos importantes que podem trazer recursos para o país”, explicou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “O problema é como internaliza na legislação, de forma que não restrinja o empreendedorismo.” O termo produzido pela COP21 já foi assinado por 194 países e a União Europeia. (Globo)

Será um general o novo porta-voz do Planalto. Otávio Santana do Rêgo Barros, responsável pela comunicação do Exército, ocupará o cargo. (Estadão)

A CNN Brasil vai entrar no ar no segundo semestre deste ano. Não é uma operação da rede americana e sim uma empresa nova, que licenciou a marca, e terá direito ao uso de imagens da versão internacional. Douglas Tavolaro, que comandava o jornalismo da TV Record e escreveu a biografia autorizada do Bispo Macedo, será o CEO. Rubens Menin, um dos fundadores da MRV Engenharia, que patrocinou o filme baseado no livro de Tavolaro, é investidor. Segundo Cristina Padiglione, as negociações para inclusão na grade das TVs por assinatura ainda estão em curso. Há também uma dificuldade jurídica. A Turner, dona da CNN, pertence ao conglomerado AT&T — proprietária, aqui, da Sky. A legislação brasileira não permite que transmissoras sejam donas de canais. Como a operação é licenciada, há esperança de que não bata na lei. A Turner também vê Tavolaro como alguém próximo ao governo Bolsonaro, o que poderia ajudar nos trâmites.

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HealthTech

HealthTech foi um dos assuntos pujantes da CES, encerrada em Las Vegas na semana passada. Pelo menos três produtos anunciados são indício de tecnologias preditivas que vão salvar vidas. O HeartGuide é o primeiro smartwatch capaz de medir a pressão arterial. Esta miniaturização não é um problema simples, mas, para hipertensos, um aviso antecipado para buscar medicação evita derrames. Chronolife vai além — por enquanto, ainda é um colete. Precisa ser simplificado para se tornar prático. Mas seus sensores diagnosticam a iminência de um ataque cardíaco. Para cardiopatas, evitará muitos sustos. Em alguns casos, já é útil. E a francesa Diabeloop conseguiu integrar o medidor de insulina e o monitor de glicemia, capaz de manter diabéticos de tipo 1 sempre medicados no nível correto.

Tim Cook: “Se você for ao futuro e perguntar ‘Qual foi a grande contribuição da Apple para a humanidade?’, a resposta será relacionada a saúde. Conforme entramos mais neste campo, fica mais importante para as pessoas. Estamos democratizando saúde. Estamos pegando o que estava nas instituições e dando ao indivíduo poder de gerenciar sua saúde. E estamos só na ponta disso.”

Smartphones podem ser os melhores amigos dos pais — e dos médicos — na hora da seringa. O Hospital Infantil de Minnesota está adotando uma série de medidas para evitar que crianças criem medo de médicos por conta das agulhas, um problema que pode ser sério e afetar a saúde futura. Uma das primeiras regras é, justamente, distrair crianças. iPads e smartphones são muito bem-vindos. Não só. A política inclui anestésico tópico, que dessensibilize a área da picada, e uma regra de jamais segurar crianças com firmeza. Elas devem se aconchegar no colo dos pais. Imobilizar crianças na hora da vacina ou de tirar sangue é uma das causas da fobia. Crianças aconchegadas, pois, e com smartphones à mão. Recomendação médica. (New York Times)

Cultura

O coletivo És Uma Maluca, cuja performance sobre tortura que envolvia nudez foi censurada pelo governo do Rio no domingo, se apresentou na rua, em frente à Casa França Brasil, espaço que lhe foi negado. Ao som de discursos do presidente Jair Bolsonaro, uma mulher levantou ligeiro o vestido e sentou-se sobre um bueiro cheio de baratas de plástico. “Viva as baratas, fodam-se os ratos”, gritou outro ator. Um trecho, em vídeo. (Folha)

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Foi engraçado, virou até meme, mas não foi por acaso. A aparição da modelo Kelleth Cuthber nas fotos da cerimônia do Globo de Ouro eram parte de uma ação da marca Fiji Water. Havia uma fotógrafa no local especialmente para tirar fotos que destacassem a marca. Segundo seu briefing, a prioridade era fotografar celebridades segurando ou bebendo a água Fiji. Só que os artistas não estavam cooperando, até porque fazia frio. Como ninguém estava realmente bebendo água, a ideia foi aproveitar a modelo colocando-a estrategicamente atrás das celebridades.

A histórica livraria Lello, no Porto, que teria inspirado J.K. Rowling a escrever Harry Potter, salvou-se da falência justamente por isso. Ela passou a cobrar entrada dos turistas, entre eles os fãs do pequeno bruxo. Há quatro anos, a Lello esteve prestes a fechar as portas, mas agora recebe perto de 4.000 visitantes diariamente na alta temporada. O ingresso custa cinco euros. (Estadão)

Viver

Ordem na Casa, a série de oito episódios de Marie Kondo — a guru da organização —, estreou na Netflix em 1º de janeiro, justo a tempo para a temporada de resoluções de ano novo. E parece que deu certo. Os telespectadores estão documentando nas redes sociais sua obsessão por organização, além de colocarem o livro de Kondo, A Mágica da Arrumação (Amazon), novamente na lista dos mais vendidos. As regras de organização, apelidadas de Método KonMari, ditam uma ordem na qual você deve limpar toda a sua casa. Em vez de trabalhar cômodo por cômodo, a limpeza deve ser feita por categoria — livros, papéis, e artigos sentimentais. A principal lição, no entanto, é que, em vez de julgar os itens pela frequência com que são usados ou pelo seu valor, Kondo diz que as pessoas devem tocar cada um e perguntar a si mesmos se isso “desperta alegria” neles. Se isso acontecer, fica. Se isso não acontecer, vai embora.

Nicole Clark, na Vice: “A verdade é que, enquanto somos ensinados a comprar coisas, pouca gente realmente aprende como ter coisas, a gerencia-las, nem as consequências de acumular em excesso, o que geralmente chamamos de ‘bagunça’. Bom, isso é meio simplista; mas são as mulheres, em particular, que ficam com o fardo da expectativa de gerenciar as coisas que temos. Coisas são domínio das mulheres, e o lugar onde essas coisas são armazenadas é domínio delas também. Mulheres armazenam coisas, organizam coisas, limpam coisas, separam coisas, agendam coisas. Não só fazemos essas tarefas, mas mantemos um banco mental de o quê, como e onde essas tarefas precisam ser feitas. Isso se chama ‘carga mental’ ou ‘tripla jornada’ – uma jornada de trabalho depois do seu emprego de tempo integral e a realização dessas tarefas. Ordem na Casa finalmente torna esses desequilíbrios visíveis, nos convidando para o santuário de uma casa em desordem. Cada episódio conta uma história de ‘arrumação’, com um espaço e família diferentes, e cada um por uma razão diferente – mas ainda similar. E em vez de obscurecer desacordos domésticos, a série mostra casais que são obrigados a dividir o trabalho. E quando incumbidos de organizar a casa, os homens e mulheres tratam isso de maneira muito diferente.”

Desde que o furacão Ike provocou uma tempestade devastadora na região metropolitana de Houston, nos EUA, meteorologistas começaram a questionar a eficácia da Escala de Furacões Saffir-Simpson. O Ike foi considerado uma tempestade ‘categoria 2’ na escala, que as classifica de 1 a 5. E por não ter sido categorizado como um furacão maior, nem todos o levaram a sério. Ainda assim, com pequenas mudanças, a escala Saffir-Simpson foi mantida —a maioria dos americanos está familiarizada com ela. Agora, a AccuWeather anunciou que está implementando sua própria ‘Escala RealImpact for Hurricanes’. Ela também vai de 1 a 5 e, de acordo com a empresa, será baseada em uma ampla gama de fatores e não só na velocidade do vento. Para alguns, a empresa está procurando inovar onde o governo, na última década, decidiu ficar parado. Mas também há preocupações: provavelmente haverá momentos em que um furacão terá uma classificação na escala Saffir-Simpson e outra na escala AccuWeather. Isso pode gerar confusão entre os cidadãos — e confusão é exatamente o que se busca evitar na corrida frenética da chegada de um furacão.

A prefeitura de Paris desistiu da ideia de oferecer transporte gratuito para todos os cidadãos. Concluiu que a gratuidade reduziria muito pouco o tráfego de veículos na cidade. Anunciou, no entanto, que dará tarifa grátis a todas as crianças com até 11 anos, a partir de 1º de setembro. Os estudantes com mais de 12 anos passarão a ter direito a meia tarifa. Além disso, o sistema de empréstimo de bicicletas públicas, chamado Velib, será gratuito para menores de 18 anos. A ideia, ao não cobrar das crianças e jovens, é de que haja maior chance de que pais e familiares passem a usar mais o transporte público quando saírem com os filhos. (Folha)

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