Weintraub planeja mudar comando do MEC
Ao tomar posse ontem no MEC, Abraham Weintraub disse que vinha para “pacificar o ministério” e que quem não concordasse deveria ir embora. Sua pacificação envolve demitir todos os atuais secretários da pasta, exceto o de Alfabetização, Carlos Nadalim, ex-aluno de Olavo de Carvalho. Outra novidade é a volta de Sílvio Cecchi à subpasta de Regulação do Ensino Superior, cargo que ocupou no governo Temer. Cecchi é ligado ao MDB e ao lobby das faculdades particulares. (Folha)
Em entrevista, Weintraub negou ser do “bloco olavista” ou “caçador de comunistas”, mas embarcou em polêmicas, chamando o golpe de 1964 de “contrarrevolução” e dizendo que houve “regime de exceção”, e não ditadura. Defendeu ainda que famílias de alunos agressores percam benefícios como o Bolsa Família. (Estadão)
No apagar das luzes da gestão de Ricardo Vélez, os militares do MEC mudaram o polêmico decreto sobre a nova política de alfabetização, retirando as polêmicas defendidas por olavistas e criticadas por profissionais de educação. Resta ver como fica o decreto com a manutenção de seu mentor, Carlos Nadalim. (Estadão)
O governo Bolsonaro completa cem dias com avanços na agenda econômica e na infraestrutura, polêmicas, troca de ministros e queda na popularidade. Cruzando dados e a opinião de especialistas nas mais diversas áreas, o Globo traçou um panorama amplo da atuação do governo federal e dos governadores de dez estados nesse período.
Segundo levantamento do Aos Fatos, a chamada área técnica do governo, em especial Economia e Justiça, foi a que mais cumpriu as metas estabelecidas para o período. A ala militar foi a que entregou menos.
Bolsonaro, porém, cumpriu mais metas que Dilma e Temer no mesmo período.
Para rir, os cem dias explicados em memes. (Folha)
Míriam Leitão: “Nestes 100 dias, o pior inimigo do governo Bolsonaro foi o governo Bolsonaro. O melhor da lua de mel de qualquer administração foi queimado num processo que deixou como saldo queda de popularidade e um grande estoque de brigas inúteis e energia desperdiçada. Atacou os partidos como se eles fossem sinônimos de corrupção, ignorando que com 52 deputados não se consegue maioria num colégio de 512. E sem maioria não se aprovam projetos, nem se governa.” (Globo)
O relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Marcelo Freitas (PSL-MG), deu parecer favorável ao projeto como um todo. Mas a sessão em que leu seu relatório foi tudo menos normal. A confusão foi tamanha que, em dado momento, o PSL do presidente Bolsonaro votou, por engano, para tirar a reforma da pauta. Empolgado com o próprio discurso em defesa do porte de armas, o deputado Bino Nunes (PSL-RS) votou errado e teve de ser corrigido por assessores. A sessão acabou suspensa pela suspeita de que o líder do PSL, Delegado Waldir (GO), estava armado. Ele alega estava apenas com um coldre vazio.
Fosse revólver ou fosse coldre, o fato é que armas e o Congresso nunca foram uma boa combinação. (Estadão)
E o Datafolha indica que 51% dos brasileiros são contra a reforma.
A segunda turma do STF mandou soltar Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, que estava preso desde julho de 2017. Ele foi condenado em março de 2018 por Sérgio Moro a 11 anos prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, mas o caso ainda não passou pela segunda instância. Para os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello, a longa prisão preventiva representava antecipação de pena. Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra a soltura, mas acabaram vencidos.
Mais uma queda de braço no governo terminou com vitória do grupo ideológico. O chanceler Ernesto Araújo exonerou o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), embaixador Mario Vilalva. Segundo presidente da agência a cair em três meses, Vilalva estava em atrito aberto com dois diretores ligados a Araújo. Ontem, ao saber que o chanceler havia alterado o estatuto da Apex para diminuir o poder do presidente e aumentar o dos diretores, o embaixador classificou como traição o ato do ministro, que respondeu com a demissão. Ainda não foi nomeado substituto.
A premier britânica Theresa May conseguiu ontem que o Parlamento a autorizasse a adiar para 30 de junho a saída do Reino Unido da União Europeia, prevista para a próxima sexta-feira. O objetivo é tentar um acordo que torne o movimento menos traumático. A proposta será apresentada nesta quarta aos líderes do bloco. Porém, o presidente do Conselho Europeu, o polonês Donald Tusk, indicou que ela não deve ser aceita. Tusk teme que, caso May não consiga um acordo no Parlamento, o Brexit venha a sofrer novos e traumáticos adiamentos curtos. Se depender dele, o Reino Unido continua na UE até o fim deste ano ou março de 2020.
Israel deve continuar sob o controle da direita, com Benjamin Netanyahu à frente do governo. Embora seu partido, o Likud, esteja empatado em número de cadeiras no Parlamento com o centrista Azul e Branco, o bloco de partidos conservadores tem uma vantagem de dez parlamentares em relação ao centro e à esquerda.
Viver
O temporal no Rio de Janeiro já deixou dez mortos. Há previsão de novas pancadas até quarta-feira e cidade se mantém em estágio de crise - o mais alto em uma escala de três - desde às 20h55 de segunda-feira. No caso mais dramático os corpos de três pessoas - o motorista de um táxi e as passageiras, avó e neta - foram encontrados dentro do veículo, soterrado por uma avalanche.
Nas redes sociais, as declarações do prefeito do Rio de Janeiro foram alvo de críticas durante toda a terça-feira. No começo da noite, o prefeito do admitiu demora em tomada de decisões e prometeu mudar protocolo de ação para temporais. Apesar do mea-culpa, Crivella relativizou e disse que “até nos Estados Unidos isso acontece”. Ele havia dito, antes, que a chuva foi "atípica" e que “pouco mais de 20 homens foram mandados para as ruas de toda a cidade para resolver incidentes como bolsões d'água”. Num outro momento, ele afirmou que não esperava que tivesse uma chuva de precipitação tão forte no outono.
Ayako Fuchigami tornou-se a primeira pessoa transgênero a ser escolhida como membro de uma assembleia provincial no Japão. A informação foi divulgada ontem pelo jornal japonês Mainichi, após as eleições locais realizadas no último domingo (7).
As primeiras imagens de um buraco negro supermassivo, construído a partir de dados coletados por observatórios em todo o mundo, podem ser reveladas na manhã de hoje. Os buracos negros, por sua natureza, são impossíveis de serem vistos a olho nu - por serem muito densos, a luz não consegue escapar. Não está claro exatamente o que veremos - a rede Event Horizon Telescope não está liberando nenhum detalhe antes do anúncio - mas a expectativa é que a visão sobre o assunto seja definitivamente revista.
Juiz que vendia sentenças por WhatsApp foi condenado a 13 anos de prisão pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A pena aplicada ao desembargador Carlos Rodrigues Feitosa, do Tribunal de Justiça do Ceará, passa de 17 anos. “Os valores pagos pelas decisões chegavam a R$ 150 mil. Entre os beneficiados pela concessão de habeas corpus estavam réus acusados de homicídios e tráfico de drogas”.
Quantas vezes você fala com o seu gato e é completamente ignorado ? Estudo realizado pela Universidade Sophia, em Tóquio, sugere que ao contrário do que muitos imaginavam, eles reconhecem os seus nomes. “Diferente dos cães, os gatos não costumam associar palavras com significados”.
Podem haver algumas outras razões pelas quais gatos ignoram seus donos, de acordo com a co-fundadora da GetYourPet, Angela Marcus. “Eles também não participam de coisas que não os intrigam”.
Em entrevista ao Brasil Urgente, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, classificou como “lamentável” a ação do Exército que matou o músico Evaldo dos Santos Rosa no Rio de Janeiro.
Cotidiano Digital
Durou apenas uma semana o conselho de oito pessoas organizado pelo Google para discutir as implicações éticas de tecnologias como inteligência artificial. O objetivo era que o grupo publicasse relatórios periódicos que balizariam a atuação da empresa em sua relação com a sociedade. Porém, sete dias após ser instalado, o conselho foi desfeito. Segundo a empresa, ficou claro que o colegiado não poderia continuar funcionando “no ambiente atual”. Embora o motivo não tenha sido declarado, vale lembrar que, no dia 1º de abril, 2.500 funcionários do Google publicaram um manifesto contra uma das integrantes do conselho, Kay Coles James, devido a comentários homofóbicos, transfóbicos e anti-imigrantes no Twitter.
Duas das mais poderosas redes de comércio eletrônico do país, Magazine Luiza e B2W, que reúne as marcas Submarino e Americanas.com, disputam a compra da NetShoes, loja virtual de calçados e material esportivo. O movimento fez as ações desta na Bolsa de Nova York subirem 50% desde o início do mês. A transação não é pequena. Entre valor e mercado e dívida, o comprador terá de desembolsar pelo menos R$ 415 milhões.
O brasileiro passa muito tempo online e é um consumidor ávido de produtos digitais e tecnológicos, mas não tem empresas da Nova Economia relevantes em relação a seu PIB. Ou seja, não ganha dinheiro nem gera empregos e impostos com a tecnologia que consome. Essa é uma das conclusões do relatório Brazil Digital Report, compilado pela McKinsey e divulgado na conferência Brazil at Silicon Valley. Clique aqui para ler a íntegra.
Cultura
Em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que está “botando uma trava” no mecanismo de incentivo a projetos culturais por meio de renúncia fiscal. A lei atualmente prevê captação de R$ 60 milhões anuais para até 16 projetos por proponente.“Nós estamos passando para R$ 1 milhão, então tem gente do setor artístico que está revoltada e quer algumas exceções”, disse. O plano de Bolsonaro, se confirmado, inviabilizaria produções de grande porte como musicais; entre eles O Fantasma da Ópera, autorizado a captar R$ 28,6 milhões (Folha).
Muitos conhecem Edvard Munch pela sua obra mais conhecida - ‘O Grito’ (1893) - e uma das mais importantes da história do expressionismo. A partir de quinta-feira, a história pessoal por trás do trabalho do artista norueguês, bem como suas técnicas de gravura, serão tema de exposição do British Museum, em Londres.
Organizado em colaboração com o Museu Munch, em Oslo, a exposição contará com 80 obras - principalmente gravuras - e seguirá tematicamente o conceito de artista que se recusava a pintar o banal na sua época. Perseguido pela tragédia familiar, Munch foi um artista determinado a criar obras que traziam pessoas vivas, que respiram e sentem, sofrem e amam. A dor e o trágico permeavam seus quadros.
O documentário Dorival Caymmi – Um homem de afetos, está em cartaz desde ontem na 24ª edição do Festival Internacional de Documentários. As sessões são agendadas e seguem até sábado nas cidades de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Neste, que já é o terceiro filme feito sobre o compositor, a cineasta Daniela Broitman ilumina traços do homem encoberto pela obra.
