Brasil chega a 75 mil mortos nos 7 dias mais letais para o país

O Brasil registrou 1.261 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas e, assim, cruzamos a linha dos 75 mil sem vida. Ao todo, na contagem feita pelos veículos de imprensa, são 75.523 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes nos últimos sete dias foi de 1.067 por dia, uma variação de 8% em relação aos óbitos registrados em 14 dias. Foram os sete dias mais letais desde o início da pandemia, no país. (G1)

Considerando as infecções confirmadas diariamente, devemos chegar hoje aos 2 milhões de casos no total. (Folha)

O número de mortes está subindo em PR, RS, SC, MG, SP, DF, MS, MT, AC, RO, TO e PI. Em estabilidade: RJ, GO, AL, BA, CE, MA, PB, PE e SE. Em queda: ES, AM, AP, PA, RR e RN.

A região Sul ainda é a de maior tendência de alta da doença no país. Com o Centro-Oeste, puxam juntas o novo recorde. O último Boletim Infogripe, da Fiocruz, aponta que o ritmo de crescimento da pandemia no Brasil voltou a crescer após três semanas de queda, atingindo um percentual semelhante aos da semana de pico, em maio. Esse retorno do crescimento é puxado principalmente pelas regiões Sul e Centro-Oeste do país. (O Globo)

Em Santa Catarina, 18 Estados decretaram lockdown. Em Tubarão, número de pessoas infectadas passou de 542 para 944 em 10 dias. Em Laguna, município vizinho, o número de novos casos cresceu vertiginosamente, saltando de pouco mais de 100 infectados na semana passada para 800 na terça-feira. (Estadão)

Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença chegou em 97,4% (5.428) das cidades brasileiras. Há 3.056 municípios com registro de ao menos um óbito.

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Os Estados Unidos registraram ontem um novo recorde diário de infecções por coronavírus, ultrapassando a marca de 70 mil contágios pela primeira vez. De acordo com os dados da UJH, são 3.499.398 casos no país e 137.419 mortes até o momento (última atualização às 6h59).

Pois é... o governo de Donald Trump determinou que os hospitais americanos enviem todas as informações dos pacientes do Covid-19 para um banco de dados central em Washington e ignorem o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Mas o banco de dados que receberá as novas informações não é aberto ao público, o que pode afetar o trabalho de pesquisadores e funcionários da saúde que dependem dos dados para fazer projeções e tomar decisões.

Michael Caputo, secretário assistente do departamento de assuntos públicos do governo Trump, confirmou a mudança afirmando em comunicado que "o novo sistema de dados mais rápido e completo é o que nossa nação precisa para derrotar o coronavírus", acrescentando que o CDC tem um atraso de uma semana na comunicação de dados do hospital.

Especialistas temem que os dados sejam utilizados politicamente ou que a divulgação dos balanços fique prejudicada.

Hora de Panelinha no Meio. Legumes assados, além de prático, ficam deliciosos, com o sabor concentrado e a textura crocante por fora e macia por dentro. A maior vantagem é que basta cortar, temperar e levar ao forno: daí para frente, é contar o tempo (e virar os legumes na metade). A Rita Lobo explica o passo a passo para aprender a técnica. E tem papo com o professor Carlos Monteiro, coordenador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP.

O Flamengo se sagrou, ontem, campeão carioca com um 1 a 0 ao 49 do segundo tempo contra o Fluminense. Mas a atenção dos torcedores rubro-negros estava em outro assunto: segundo a imprensa portuguesa, o técnico Jorge Jesus anuncia hoje seu retorno a Portugal, para comandar o Benfica. Jesus não confirma ou nega a notícia.

Assista ao jogo.

Cotidiano Digital

Foi por conta de engenharia social o maior ataque hacker da história do Twitter, ontem. De acordo com apuração da Vice, hackers convenceram um funcionário da empresa a lhes abrir acesso a contas de alta visibilidade para aplicar um golpe financeiro. Uma fonte dentro do Twitter afirmou que a investigação segue para compreender se o funcionário mexeu ele próprio nas contas ou concedeu aos hackers seu controle. Para publicar tuítes, foi utilizada uma ferramenta interna da companhia e, no submundo da internet, capturas de tela deste painel estão circulando desde ontem.

Dentre as contas atacadas estão as de Barack Obama, Elon Musk, Jeff Bezos, Bill Gates, Joe Biden, Mike Bloomberg, Warren Buffet, Apple e Uber. Nos tuítes, os hackers pediam Bitcoin e prometiam retribuir em dobro todos os valores que recebessem: o clássico conto do vigário. “Detectamos o que acreditamos ser um ataque coordenado de engenharia social por pessoas que atingiram com êxito alguns de nossos funcionários com acesso a sistemas e ferramentas internos”, tuitou a conta @TwitterSupport. Por algumas horas, após apagar a mensagem de estelionato, a rede social chegou a desativar temporariamente todas as contas verificadas. O poder de comunicação dessas empresas e personalidades é enorme e apesar de terem pedido apenas Bitcoin, especialistas em segurança apontam que os hackers poderiam facilmente causar muito mais estragos.

A Europa lançou um pacote tributário que deve taxar mais fortemente as big techs. As medidas, que vão ser implementadas entre este ano e 2024 na UE, visa garantir que os países do bloco troquem informações sobre as receitas geradas pelas vendas em plataformas on-line. O pacote vem logo depois da Apple vencer disputa e escapar de pagar US$ 15 bilhões em impostos à Irlanda. O pacote não inclui, porém, novos tributos digitais e o estabelecimento de um patamar mínimo de tributação, cujo lançamento está previsto para setembro. A Comissão aguarda a conclusão de uma proposta feita pela OCDE.

Depois de apenas seis meses, os patinetes elétricos do Uber vão sair do Brasil. A operação, lançada apenas em São Paulo e Santos, estava parada desde o começo da pandemia. O problema é do setor: em janeiro a Lime também parou de operar por aqui e a Grow, dona das marcas Grin e Yellow, demitiu metade dos seus funcionários no Brasil.

Política

Permanece positivo para o novo coronavírus o teste do presidente Jair Bolsonaro. O novo exame foi feito na manhã de ontem e o resultado saiu à noite. A taxa de saturação de oxigênio de Bolsonaro está em 98%, que é excelente. Ele não tem perda de paladar ou sente falta de ar, segundo informou. (CNN Brasil)

Pois é... Mas o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que esteve com Bolsonaro no fim de semana anterior a seu teste positivo, está internado com Covid-19 e pneumonia leve. (G1)

E o assessor presidencial Tércio Arnaud, do gabinete do ódio, também está com a doença, conta Bela Megale. (Globo)

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O ministro Gilmar Mendes conversou ao telefone com o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello. Gilmar havia associado o Exército a um possível genocídio, por conta da condução da pandemia. Não houve pedido de desculpas de parte a parte, mas o tom da conversa foi amigável. De acordo com apuração da jornalista Natália Portinari, é forte nas Forças Armadas a opinião de que Pazuello deve ou passar à reserva, ou deixar o ministério, para não comprometer ainda mais a imagem do Exército. O prazo é agosto. (Globo)

O youtuber Felipe Neto se apresenta ao mundo em um vídeo na Op-Ed do New York Times, talvez a página de opinião na imprensa mais influente do planeta. Sua mensagem: não é Donald Trump, e sim Jair Bolsonaro o pior presidente do mundo na lida com a Covid-19. E faz um apelo aos americanos. Não elejam Trump para ajudar a enfraquecer o presidente brasileiro. (New York Times)

Thomas Traumann: “Existe ainda no Brasil uma ideia pré-concebida de que os líderes precisam ter cargos em governos ou universidades, usar terno e gravata e ser sisudos como o New York Times um dia foi. Sorry, mas já não é mais assim. Com 39 milhões de seguidores, Felipe Neto é um protagonista político. Isso não significa que tudo ele diga é certo, apenas que o debate da política não se faz mais só nos telejornais, nas sessões do Congresso ou nas páginas dos jornais. A política do século 21 tem tudo isso e muito mais: desde 2010, o pastor Silas Malafaia é um ícone do conservadorismo, com notável influência na sociedade. O programa matinal de entrevistas de Fátima Bernardes tem mais repercussão no cotidiano de milhões de brasileiro do que muitas edições do Jornal Nacional. Os rostos do movimento de rua pelo impeachment não foram de políticos tradicionais, mas dos jovens do MBL, assim como a concepção ideológica do governo Bolsonaro não foi produzida pela Escola Superior de Guerra, mas pelas aulas online de Olavo de Carvalho.” (Veja)

Na contramão da carta assinada por ex-presidentes do BC e ex-ministros da Fazenda, a Febraban acabou com sua diretoria de sustentabilidade. Segue, lembra o colunista Lauro Jardim, a linha do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, e não dos economistas Armínio Fraga ou Pérsio Arida. (Globo)

Cultura

Para 75% dos entrevistados, o cinema é o passeio que mais faz falta durante a pandemia, segundo pesquisa divulgada pelo movimento #JuntosPeloCinema. O passeio ao ar livre ficou em segundo lugar, com 37,5% dos votos. 80% dos jovens ainda afirmam que, no futuro, a frequência de ida ao cinema deve se manter igual ou maior ao que era antes da pandemia.

Por falar em cinema, os espaços drive-ins continuam se multiplicando. A novidade é o Go Dream, que terá cinemas para carros em cinco cidades do país: Fortaleza (CE), Nova Lima (MG), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), além da capital paulista. Em São Paulo, o local escolhido foi o estádio do Pacaembu, que até junho abrigava um hospital de campanha para pacientes com coronavírus. Como aconteceu no Allianz Parque, que abrigou o Arena Sessions, o Go Dream também programa shows presenciais no estádio e stand-ups. A principal diferença no Pacaembu fica por conta do futebol. O espaço vai exibir pelo menos uma partida por rodada do Campeonato Brasileiro.

A Disneyland Paris voltou a receber visitantes depois de ficar quatro meses fechada. Para entrar no parque é necessário fazer reserva antecipada e o uso de máscaras é obrigatório. Os visitantes são instruídos a manter um metro de distância dos outros.

Na Inglaterra, a escultura do traficante de escravos que foi derrubada e jogada no rio, foi substituída pela escultura de manifestante negra. Feita em resina pelo artista Marc Quinn, é a reprodução da imagem de Jen Reid com o punho cerrado e o braço direito erguido durante protesto do Black Lives Matter. A obra foi erguida sem a permissão do governo de Bristol.

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