Bolsonaro assina com PL em pior momento de popularidade

O presidente Jair Bolsonaro pretendia transformar seu ato de filiação ao PL, hoje, num evento de impacto político. Não vai dar. Pela primeira vez, uma pesquisa revelou que menos de 20% dos eleitores consideram sua administração como ótima ou boa. São os resultados do levantamento da Atlas Inteligência — o número caiu de 24% em setembro para 19% neste levantamento. A avaliação regular saltou de 14% para 20%, enquanto ruim ou péssimo recuou de 61% para 60%, dentro da margem de erro. Não bastasse, o ex-juiz Sérgio Moro escolheu justamente hoje para lançar seu livro com ataques contra o presidente. (UOL)

“Se não vai ajudar, não atrapalhe.” A frase de Bolsonaro para seu ex-ministro da Justiça já era conhecida, agora Moro deixa claro que foi ele próprio a fonte que a vazou para imprensa. A ordem lhe foi dada quando ele, Moro, questionou uma decisão do STF de paralisar as investigações contra o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). E o ex-juiz obedeceu. O Zero Um é acusado de se apropriar de parte dos salários de funcionário de seu gabinete na Alerj. Em seu livro de memórias Contra o Sistema da Corrupção, lançado hoje (leia trechos), Moro expõe relatos de como Bolsonaro usou o governo para proteger os filhos da Justiça, tenta explicar por que continuou no cargo mesmo diante dessas situações e faz uma defesa enfática de sua ação na Lava Jato. Moro conta que considerou plausíveis as primeiras explicações de Bolsonaro sobre o caso das rachadinhas na Alerj, e que, mesmo com as sucessivas humilhações que sofreu, ficou no governo para tentar conter a ingerência política na PF. “Se não conseguisse conter a interferência, não haveria mais razão para continuar”, escreve. Hoje candidato, acena forte aos militares, louvando seu papel “na consolidação da independência e da unidade do Brasil”. Não viu nada demais quando o comandante do Exército, o então general Eduardo Villas-Bôas, publicou um tuíte parecendo ameaçar o Supremo caso fosse derrubada a prisão do ex-presidente Lula. E claro, critica a decisão do STF que considerou parcial sua condução da Lava-Jato. “Nunca houve qualquer fraude cometida contra o ex-presidente no processo que resultou em sua condenação e jamais se atuou com parcialidade com ele”, afirma. (Folha)

Aliás... A Segunda Turma do STF julga à tarde o foro privilegiado do Zero Um no caso das rachadinhas. (Globo)

Meio em vídeo. Segunda-feira, 29 de novembro de 2021. Começou o fim do pesadelo. Pela primeira vez desde o início do mandato, uma pesquisa séria registou que o ótimo e bom de como é visto o governo de Jair Bolsonaro está abaixo de 20%. E isso, gente, pode mudar a história da eleição. Confira no Ponto de Partida. (YouTube)

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O Congresso aprovou a toque de caixa o projeto que promete aumentar a transparência na execução das emendas do relator, o chamado orçamento secreto, principal ferramenta do governo para obtenção de apoio no Legislativo. Pelo projeto, que segue para sanção presidencial, fica criado um teto de R$ 16,9 bilhões para esses recursos, e os nomes dos requisitantes das verbas ficam registrados na Comissão de Orçamento. Porém, o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI), deixou uma brecha. A liberação pode ser pedida por outros entes, como prefeitos. Assim, um parlamentar negociaria seu apoio, mas, na hora de pedir o dinheiro, isso seria feito por um prefeito ou governador, mantendo oculta a identidade do legislador beneficiado. E claro, as mudanças só valem de agora em diante. A despeito de determinação do STF, as liberações de 2020 e 2021 continuam sigilosas. (g1)

Então... Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), insistem que não é possível identificar os beneficiários antigos do orçamento secreto, mas uma nota da Consultoria de Orçamento do Senado afirma o contrário. O documento cita que a imprensa já obteve planilhas do Ministério do Desenvolvimento Regional indicando que parlamentar apadrinhava cada liberação de verba. Com a nota em mãos, congressistas prometem recorrer novamente ao STF. (Poder360)

Vencedor das prévias do PSDB, o governador paulista João Doria começou ontem a anunciar sua equipe de campanha com um nome de peso, Henrique Meirelles, encarregado de coordenar a montagem de um programa econômico. Além de já ser secretário de Fazenda de Doria, Meirelles é um nome com enorme trânsito. Foi presidente do Banco Central durante todo o governo Lula (PT), ministro da Fazenda do governo Temer (MDB) e está filiado ao PSD de Gilberto Kassab. (UOL)

Falando em PSD, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que estaria de mudança do PSDB para o partido de Kassab, recebeu ontem uma comitiva de dirigentes sindicais pedindo-lhe que aceitasse ser vice na chapa do ex-presidente Lula (PT) no ano que vem. Alckmin disse a eles que estava se preparando para disputar novamente o governo do estado, mas que, sem citar Lula, “surgiu uma hipótese federal” que caminha. (Globo)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Roberto Barroso, anunciou que as urnas eletrônicas passaram na primeira etapa do Teste Público de Segurança (TPS), um procedimento padrão desde 2009. Durante uma semana, especialistas tentaram fraudar as urnas. Dos 29 ataques, 24 sequer ultrapassaram as barreiras eletrônicas. Outros cinco avançaram, mas não foram capazes de interferir no resultado da votação. A equipe do TSE agora trabalha para corrigir as fragilidades apontadas por essas cinco tentativas. (Poder360)

Cotidiano Digital

Depois de 6 anos à frente do Twitter, o norte-americano Jack Dorsey, um dos cofundadores da rede social, anunciou ontem que deixou o posto de CEO, cargo que ocupava desde 2015. A saída do executivo já era especulada entre investidores e começou a circular na imprensa americana na manhã de ontem. Dorsey anunciou sua renúncia em uma publicação no Twitter. “Eu acredito que [a companhia ser liderada pelo fundador] é severamente limitador, e um ponto de falha. Eu tenho trabalhado duro para garantir que essa empresa possa sair dos seus fundadores”. O executivo continuará no conselho administrativo da empresa até maio de 2022, quando termina seu mandato. Atualmente com 45 anos, ele foi um dos quatro fundadores do Twitter, em 2006. Ele também esteve no cargo de CEO da rede social entre 2006 e 2008, quando renunciou para assumir a diretoria do conselho administrativo da companhia, mas voltou ao posto em 2015. (CNN Brasil)

Dorsey citou que a decisão de deixar o Twitter foi pessoal, mas o executivo vinha sofrendo pressões de investidores da empresa para renunciar ao cargo por acumular funções de diretor executivo em duas companhias. (Gizmodo)

Parag Agrawal, diretor de tecnologia (CTO) do Twitter, assume o cargo de CEO a partir de agora. Doutor em Ciência da Computação pela Universidade de Stanford, o indiano estava no cargo de CTO desde 2017 e atua há 10 anos na rede social. Agrawal chefiava as equipes de inteligência artificial e aprendizagem de máquina para tornar os tuítes na linha do tempo mais relevantes para os usuários. Ele também já trabalhou na Microsoft e no Yahoo!. (Estadão)

O Google lançou ontem uma lista com os aplicativos mais inovadores e úteis em diversas categorias no Android em 2021, sistema operacional de smartphones da empresa. A seleção analisou os apps na Google Play disponíveis no Brasil. Veja quais são. (Estadão)

Viver

Identificada por autoridades sanitárias da África do Sul e classificada pela OMS como “de risco muito elevado”, a variante ômicron do coronavírus tende a ser mais transmissível e menos letal, na opinião de especialistas. Segundo Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia da UFRJ, vírus emergentes tendem a se atenuar conforme vão se espalhando pela população humana. Até o momento, de fato, não foram atribuídas mortes à ômicron. Por via das dúvidas, os países do G7 pediram “medidas urgentes” para conter a variante, incluindo, finalmente, a garantia de acesso a vacinas aos países mais pobres.  (UOL)

Mesmo admitindo não ter dados suficientes, o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, disse que as atuais vacinas são potencialmente menos eficazes contra a ômicron. Segundo Bancel, o setor farmacêutico ainda precisará de meses para produzir novos imunizantes. (Reuters)

Enquanto isso... Pelo menos dez capitais, incluindo Salvador (BA), Fortaleza (CE) e São Luís (MA), cancelaram as festas de Réveillon deste ano, por conta dos riscos de covid-19. Já a prefeitura do Rio, um dos maiores destinos turísticos do país nessa data, manteve a programação, mas disse que vai monitorar o desenvolvimento da pandemia. (CNN Brasil)

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A debandada no MEC não se restringe ao Inep, que aplica o Enem. Ontem seis coordenadores e 46 consultores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entregaram os cargos. O órgão é responsável pela avaliação e aprovação de cursos de pós-graduação no país. Entre outras críticas, os demissionários dizem que a prioridade do órgão tem sido liberar cursos de ensino à distância, em vez de avaliar os existentes. (g1)

Enquanto isso... O gabarito do Enem 2021 será divulgado amanhã no site do Inep, mas os estudantes que fizeram as provas nos dois últimos domingos só conhecerão o resultado no dia  11 de fevereiro. A abstenção no segundo dia do exame chegou a 29,9%. (CNN Brasil)

Para ler com calma e revolta. A paciente grávida chega cambaleando para uma consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jardim Campinas, na Zona Sul de São Paulo. A médica pergunta se ela estava sob efeito de drogas. Não. Estava sob efeito de fome, não comia havia dois dias. Com o avanço da miséria e alta nos preços, essa situação é cada vez mais comuns nas unidades de saúde paulistas. (Tab)

Prefeitos dos municípios amazonenses de Borba e Autazes acionaram a bancada estadual em Brasília para conter a operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal no Rio Madeira. Eles alegam que, mesmo fora da lei, a atividade sustenta a economia da região. A PF já apreendeu e incendiou mais de 130 balsas, mas muitos garimpeiros retiraram delas os equipamentos mais caros antes da chegada dos agentes. (Globo)

Depois da fúria consumista da Black Friday, pega bem um pouco de solidariedade. Essa é a ideia por trás do Dia de Doar, uma iniciativa mundial que acontece hoje. Conheça mais sobre esse movimento e veja como participar dessas ações. Fazer o bem a quem precisa também nos faz bem.

Panelinha no Meio. O arroz, a despeito do preço, é tão comum na nossa alimentação que às vezes nem percebemos que ele não precisa virar um risoto para ganhar um toque a mais. No fim do preparo normal, basta acrescentar raspas de limão, e pronto, o parceiro do feijão ganha cara e aroma novos.

Cultura

Pacarrete (trailer), de Allan Deberton, foi o grande vencedor da 20ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Além de ganhar como Melhor Filme na categoria comédia, o longa abiscoitou outros sete dos 15 prêmios a que estava indicado, incluindo Melhor Atriz para Marcélia Cartaxo, que vive a personagem-título. Confira os demais premiados. (g1)

J.R.R. Tolkien (1892-1973), autor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, escrevias trechos de suas epopeias de fantasia em praticamente qualquer pedaço de papel que lhe caísse nas mãos, daí a profusão de escritos inéditos que até hoje brota de seu baú. Parte desse material está no livro A Natureza da Terra-Média. Organizador da obra, o pesquisador Carl F. Hostetter alerta, porém, que esses textos são minuciosos e não foram concebidos para publicação, sendo de interesse exclusivo para aficionados pelo autor. (Estadão)

Para apreciar com calma. Quase 18 anos após sua criticada conclusão, Matrix Revolutions (2003), a saga iniciada em 1999 pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski ganha em dezembro uma continuação Matrix Resurrections (trailer), dirigida somente por Lana. Revolucionária na época não só pela estética, mas pela forma de tratar de questões como realidade paralela e opressão, como a história de Neo (Keanu Reeves) se encaixa nos dias de hoje? Vamos tomar a pílula vermelha e descobrir. (Omelete)

Para quem é do (ou está no) Rio. O cinema Estação Net Rio exibe hoje, às 19h, uma sessão especial do documentário 8 Presidentes e 1 Juramento (trailer), de Carla Camurati. O longa revive a história da democracia no país tendo como condutor os juramentos de posse dos governantes. Após a exibição, Pedro Doria, editor-chefe cá deste Meio, conversa com a cineasta.

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