Lula muda estratégia e falará direto com evangélicos

A religião segue pautando as agendas dos líderes das pesquisas na eleição presidencial. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inclusão em sua campanha de novos perfis em redes sociais voltados para o público evangélico, um dos poucos segmentos do eleitorado em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera por ampla margem — 49% a 32%, segundo o último Datafolha. Segundo a assessoria do PT, os perfis foram criados a pedido de evangélicos que apoiam Lula. (Folha)

É uma mudança estratégica do PT. A campanha considerava que seria suficiente comparar as economias nos governos Lula e Bolsonaro para atrair votos do corte demográfico evangélico. Mudaram. Já chegam propostas para Lula fazer lives com líderes religiosos para tratar de questões mais específicas da pauta. (Veja)

Já Bolsonaro, que vem participando ativamente de eventos evangélicos, acenou ontem aos católicos – religião da qual se declara praticante — ao assistir a uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Brasília. Ele estava acompanhado da primeira-dama Michelle, que é evangélica e vem assumindo protagonismo na briga por esse eleitorado. (Metrópoles)

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O PL decidiu fechar os cofres aos candidatos do partido que escondem o presidente Jair Bolsonaro nas campanhas locais. A legenda dispõe de R$ 288 milhões de fundo eleitoral para dividir entre seus postulantes e avisou aos diretórios regionais que a verba só será liberada para aqueles que associarem Bolsonaro a sua propaganda. Para se certificar, o partido pretende, por exemplo, monitorar as publicações dos candidatos nas redes sociais. De um lado, o PL quer evitar que, nos estados nos quais o ex-presidente Lula aparece em vantagem, seus filiados procurem ficar neutros na disputa. De outro, lida com o problema do inchaço de seus quadros com a entrada de Bolsonaro e seu grupo este ano, o que drena o fundo eleitoral, calculado sobre a bancada eleita em 2018. (Poder360)

Enquanto alguns candidatos escondem Bolsonaro, outros tentam colar nele, mesmo não contando com seu apoio. No Paraná, o ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil), candidato ao Senado, aposta tudo no antipetismo dizendo que jamais estará ao lado de Lula e do PT. “Pode escrever na pedra”, afirma. Sobre Bolsonaro, que o trata como traidor, Moro diz: “Temos o mesmo adversário.” Faltou combinar com o deputado Paulo Martins (PL), candidato bolsonarista ao Senado pelo estado. (Globo)

Na terça-feira o presidente Jair Bolsonaro vai receber um chefe de Estado morto há quase 188 anos. É o coração de Dom Pedro I (1798-1834), primeiro governante do Brasil independente. O órgão, preservado em vidro com formol, foi enviado pelo governo de Portugal para as comemorações do bicentenário da nossa independência. Segundo o chefe do cerimonial do Itamaraty, ministro Alan Coelho de Séllos, o “coração será recebido no Brasil como chefe de Estado, e será tratado como se Dom Pedro I fosse vivo entre nós”. (g1)

Autoridades russas estão buscando os culpados pelo atentado que matou na noite de sábado Darya Dugina, de 29 anos, filha do ideólogo ultranacionalista Alexander Dugin. De acordo com as informações iniciais, o carro que ela dirigia foi destruído por uma bomba colocada na parte de baixo. Para autoridades e amigos da vítima, o pai dela seria o alvo, pois o carro era dele e estava previsto que os dois estariam juntos. A porta-voz do ministério do Interior da Rússia, Maria Zakharova, insinuou, sem apresentar provas, a participação do governo da Ucrânia no crime, o que foi imediatamente negado por Kiev. (CNN)

Para ler com calma. Hoje chamado “cérebro de Putin” ou “Rasputin de Putin”, Alexander Dugin ganhou notoriedade como ideólogo de extrema-direita na década de 1990, após o fim da União Soviética. Seu livro Fundamentos da Geopolítica, publicado em 1997, se tornou um manual do nacionalismo russo. Entre outras posições, ele afirmava que Ucrânia jamais poderia ser um país independente. Dugin e a filha foram alvo de sanções econômicas americanas por espalharem desinformação sobre a invasão da Ucrânia. (Guardian)

Campanha

Orlando Pedroso

Adulto Esperança 560

Viver

Mesmo com produção regular, o Ministério da Saúde está há pelo menos dois meses sem abastecer os estoques de cloroquina para tratamento de malária em povos indígenas na Amazônia. Para contornar o desabastecimento, a pasta recomenda o uso de outros medicamentos que provocam efeitos colaterais mais intensos, segundo trabalhadores da linha de frente nessas comunidades, e que não podem ser administrados em gestantes. O Ministério disse ter entregado uma nova remessa de cloroquina aos estados e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) no início deste mês. A falta ocorre após o governo Bolsonaro ter utilizado o remédio no combate à covid-19, sem comprovação científica. No auge da pandemia, o Ministério da Saúde chegou a desviar dois dos três milhões de comprimidos produzidos pela Fiocruz para tratamento da malária. (Folha)

Um estudo publicado pela revista científica Science mostra um método encontrado por pesquisadores dos Estados Unidos e da China para destruir produtos químicos permanentes, utilizados em tecnologias como frigideiras antiaderentes. Conhecido como PFAS, esses compostos químicos causam danos ambientais e aos organismos humano e animal, ao entrar em contato com o ar, o solo e as águas dos rios e lagos. Atualmente, para destruir os PFAS, são necessários tratamentos intensos, com incineração a temperaturas extremas ou irradiação por ondas ultrassônicas. Mas os cientistas conseguiram destruir esses compostos contaminantes empregando temperaturas mais baixas e atacando uma fragilidade encontrada na cadeia molecular, com uso de reagentes comuns. O estudo teve como foco apenas uma dezena dos mais de 12 mil produtos químicos de PFAS já identificados. (Folha)

Uma constante alteração no volume de água na região do Baixo Rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe, tem afetado comunidades ribeirinhas, que dependem do rio para abastecimento de uso humano e rural. O curto período entre seca e cheia ocorre quando as comportas da Hidrelétrica de Xingó, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), se abrem a pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo especialistas, as variações intensas, que chegam a ocorrer da noite para o dia, prejudicam a fauna e a flora, além de afetar a atividade econômica local, como a pesca e a navegação. Segundo apuração do UOL, entre junho e o mês passado, a vazão do rio foi inferior a 700 m³/s, abaixo dos 1.100 m³/s determinados por uma resolução da Agência Nacional das Águas (ANA), em 2017. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco diz que cobrará junto ao ONS o fim das mudanças bruscas. (UOL)

A jogadora de futsal Pietra Medeiros, 20 anos, morreu nesta sexta-feira, após não resistir a um transplante de fígado na última semana. Ela tinha sido diagnosticada com uma hepatite autoimune. Suas colegas do Taboão Magnus souberam da perda logo após o apito final da partida contra a Female Unochapecó. Durante a transmissão, foi possível ver as atletas abaladas com a notícia. A jogadora Gi Portes, do Unochapecó, comentava a vitória do time, quando interrompeu a entrevista ao ver o desespero da equipe em quadra. (UOL)

Cultura

O longa Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, foi o grande vencedor da 50ª edição do Festival de Gramado, encerrada na noite de sábado. Primeiro representante do Acre na mostra competitiva, o filme levou seis Kikitos: melhor longa brasileiro, melhor longa pelo júri dos críticos, melhor ator principal (Gabriel Knoxx) e coadjuvante (Chico Diaz), melhor atriz coadjuvante (Joana Gatis), e menção honrosa, para o ator Adanilo. Marcélia Cartaxo foi escolhida melhor atriz por A Mãe. Confira a lista completa de premiados. Um dos momentos mais emocionantes do encerramento foi a montagem de cenas em memória de personalidades do cinema e da cultura brasileiras que morreram este ano, com destaque para Jô Soares, Cláudia Jimenez e o ator gaúcho Sirmar Antunes. (g1)

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Uma insuficiência cardíaca matou na manhã de sábado, aos 63 anos, a atriz e roteirista Cláudia Jimenez. Em 1986, ela teve um câncer grave no mediastino, espaço entre os pulmões onde fica o coração, mas conseguiu se curar. Porém, o tratamento com radioterapia causou danos em seu tecido cardíaco, fazendo que ela se submetesse a três cirurgias no coração desde 1999. Nascida no Rio em 1958, Cláudia estreou nos palcos aos 20 anos como a prostituta Mimi Bibelô, na montagem original da Ópera do Malandro. Na TV, fez principalmente papéis cômicos, com destaque para a escrachada Dona Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo e a empregada Edileuza, de Sai de Baixo, ambos na TV Globo. A atriz vivia desde 1998 com a personal trainer Stella Torreão, embora o relacionamento amoroso entre as duas tivesse terminado em 2008. “Costumo dizer que a nossa separação não deu certo. Ela é tão dentro da minha vida, e eu da dela, que a única parte que a gente não vive é a erótica”, disse Cláudia sobre Stella numa entrevista. (UOL)

O esvaziamento da HBO Max após a fusão da Warner, dona da plataforma, com a Discovery parece não ter fim. Após o cancelamento dos filmes Batgirl e Scoob! Holiday Haunt, que estavam praticamente prontos, o serviço de streaming perdeu na semana passada pelo menos 36 títulos, entre filmes e séries, dos quais 20 eram produções originais — ou seja, não têm como serem vistos em outras plataformas. Em comunicado, a empresa disse que está trabalhando para unificar os catálogos da HBO Max e da Discovery+ e que esse trabalho inclui a remoção de parte do conteúdo. O corte foi particularmente cruel com as animações, incluindo sucessos como Infinity Train, OK K.O.! — Let’s Be Heroes e Summer Camp Island. No Twitter, Julia Pott, criadora de Summer Camp Island protestou: “Trabalhamos por cinco anos para fazer cem episódios da animação. Viramos noites, nos entregamos, fomos uma família de artistas dedicados que queriam fazer algo bonito, e HBO MAX os tirou do ar como se fossem nada. Animação não é ‘nada’!” (Gizmodo)

Cotidiano Digital

O grupo holandês Prosus, controlador da empresa de tecnologia Movile, anunciou um acordo para comprar a participação de 33,3% do iFood, que pertence ao acionista minoritário Just Eat Holding. Com a aquisição, o controle do iFood passa integralmente para a brasileira Movile, tornando a gigante holandesa de serviços de internet 100% dona da empresa de delivery. A Prosus vai desembolsar € 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões) em dinheiro — além disso, um adicional de € 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) por performance do iFood nos próximos 12 meses também está previsto no acordo. No total, o aplicativo passa a ser avaliado em cerca de € 5,4 bilhões (R$ 27,3 bilhões). (Estadão)

Então… Após muitas reclamações a respeito da aparência amadora das imagens de divulgação do metaverso da Meta, o Horizon, o presidente da companhia, Mark Zuckerberg prometeu que a plataforma ganhará em breve uma nova atualização. A foto publicada semana passada mostra o personagem virtual de Zuckerberg em frente às representações da Torre Eiffel e da Catedral da Sagrada Família. O objetivo era anunciar a chegada da plataforma na França e na Espanha. Pareciam renderizações 3D primárias e, nas redes, virou piada que após investir tanto a empresa conseguisse tão pouco. Foi aí que o presidente da Meta decidiu publicar uma nova foto com um visual repaginado, amostra do que virá a ser a nova atualização prometida. Aprovado? (g1)

E um estudo feito pelo pesquisador de privacidade e ex-engenheiro do Google, Felix Krause, revelou que o navegador web embutido no aplicativo TikTok pode rastrear as teclas digitadas. O recurso levanta preocupações sobre a privacidade e o uso de dados, já que a funcionalidade pode ser usada para rastrear os hábitos online dos usuários. Atualmente, o aplicativo chinês vem sendo investigado por legisladores americanos sobre como trata as informações coletadas na plataforma de vídeos. (The New York Times)

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