Simone e Soraya se tornam alvos das redes bolsonaristas

Responsáveis pela reação à agressão machista do presidente Jair Bolsonaro (PL) à jornalista Vera Magalhães do debate da Band, as candidatas e senadoras Simone Tebet (MDB-MS) e Soraya Thronicke (União Brasil-MS) se tornaram alvos de ataques nas redes bolsonaristas. Entre a noite de domingo e a manhã de segunda foram identificadas 33 correntes de mensagens no WhatsApp contra as duas. Elas foram chamadas de “loucas”, “agressivas” e “ditadoras”. Algumas postagens distorciam uma fala de Tebet na CPI da Covid para dizer que era contra investigar governadores. Já Thronicke, eleita na onda bolsonarista de 2018, foi chamada de traidora por romper com o presidente durante a pandemia. (Aos Fatos)

E o governo do Chile convocou o embaixador do Brasil em Santiago, Paulo Soares Pacheco, a se explicar sobre as acusações feitas por Bolsonaro ao presidente Gabriel Boric durante o debate. “Lula apoiou o presidente do Chile também. O mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile”, disse o presidente brasileiro. Em nota, a Chancelaria chilena classificou as acusações de Bolsonaro como “inaceitáveis” e disse que o uso de “mentiras, desinformação e tergiversação corrói não apenas o vínculo entre os dois países, mas a própria democracia”. (g1)

Após a reação a sua participação no debate da Band, Bolsonaro cancelou a sabatina que faria ontem pela manhã na Jovem Pan. Como conta Vera Magalhães, a equipe do candidato defendia que ele não participasse de mais nenhum confronto entre candidatos. Já Guilherme Amado revela que, após reunião na tarde de ontem, a coordenação concluiu que a exposição de Bolsonaro é benéfica, mesmo sendo alvo dos adversários, e que ele deve ir aos próximos debates. (Globo e Metrópoles)

O comando de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também está reavaliando a participação dele em novos debates, à exceção do já confirmado na TV Globo, último antes do primeiro turno. O candidato exige regras que lhe permitam responder imediatamente a ataques. (Folha)

Meio em vídeo. Você assistiu ao debate da Band? Lula contra Bolsonaro, a vitória de Simone Tebet, o presidente dando um tiro no pé. E o eleitor de classe C das periferias urbanas, como essa pessoa viu? Temos pistas. Este é o grupo que definirá a eleição. Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

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A pesquisa do Ipec divulgada ontem mostra estabilidade na disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que mantiveram os percentuais de intenção de voto no primeiro turno do levantamento anterior: 44% e 32%, respectivamente. Ciro Gomes (PDT) recuou de 8% para 7% e Simone Tebet (MDB) avançou de 2% para 3%, ambos dentro da margem de erro de dois pontos. Felipe D’Ávila (Novo) chegou a 1%. Para o segundo turno, Lula recuou um ponto, de 51% para 50%, e Bolsonaro avançou dois, de 35% para 37%, também dentro da margem. Bolsonaro continua tendo a maior rejeição, 47%, seguido de Lula, com 36%, e Ciro, com 18%. (g1)

Também publicado ontem, o levantamento BTG/FSB mostra Lula com 43%, Bolsonaro com 36%, Ciro com 9%, Tebet com 4% e Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) com 1% cada. No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 52% a 39%. (Poder360)

O ministro do STF Alexandre de Moraes divulgou ontem a decisão (íntegra) que embasou o mandato de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas que, em mensagens de WhatsApp, defendiam um golpe de Estado caso Lula fosse eleito. Embora o pedido da Polícia Federal só tivesse como base, conta Igor Gadelha, a reportagem de Guilherme Amado revelando o caso, o juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira, apontou ligações entre os empresários e o chamado “gabinete de ódio”, grupo de assessores e aliados de Bolsonaro encarregados de disseminar notícias falsas nas redes sociais. Essa ação já é alvo de investigação no STF sob o comando de Moraes. Na recomendação para que o ministro autorizasse a ação, Vieira diz que os empresários seriam um “núcleo financeiro” com o objetivo de “atacar integrantes das instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de ódio”. (Metrópoles)

Enquanto isso... Moraes, na condição de presidente do TSE, marcou para amanhã uma nova reunião com o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, para tratar da segurança das urnas eletrônicas. (CNN Brasil)

Meio em vídeo. Vice-presidente da CPI da Pandemia e líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é o entrevistado desta semana no #MesaDoMeio. Mariliz Pereira Jorge, Christian Lynch e Pedro Doria ouvem o senador sobre os desdobramentos da CPI, eleições e muito mais. Veja ao vivo a entrevista às 19h no YouTube e participe do bate-papo após o #MesaDoMeio, exclusivo para assinantes premium. Se ainda não é premium, assine agora. (YouTube)

Viver

O Senado aprovou, nesta segunda-feira, a lei que obriga os planos de saúde a cobrirem procedimentos fora da lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O projeto é uma reação à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que desobrigou os convênios médicos a custear os tratamentos que não estejam na referida lista. Com a lei em vigor, os usuários poderão pedir tratamentos não listados, desde que sejam reconhecidos por outras agências ou que haja comprovação científica. A nova legislação também determina que os planos sejam submetidos ao Código de Defesa do Consumidor. O texto segue para sanção presidencial. (Folha)

A Nasa adiou o lançamento da missão Artemis I, programada para ocorrer ontem, devido a um vazamento de hidrogênio e o superaquecimento em um dos motores do foguete. Uma nova tentativa será realizada nesta sexta, ou na próxima segunda-feira, caso a agência resolva os problemas técnicos a tempo e as condições climáticas permitam. Com a missão, a Nasa pretende enviar novamente os próximos seres humanos à Lua, meio século após o fim do programa Apollo, quando o último homem pisou no satélite, em 1972. Na primeira etapa, a cápsula Orion fará um voo não tripulado em torno da Lua por 42 dias, para testes. Uma viagem com astronautas está prevista para 2024. (UOL)

Para ler com calma. Comunidades indígenas na Amazônia recebem capacitação e desenvolvimento tecnológico para protegerem seus territórios utilizando drones e dados de satélites por aplicativo, tendo formado mais de 200 agente ambientais indígenas em um treinamento focado em mudanças climáticas, monitoramento ambiental, queimadas e cheias. O Conselho Indígena de Roraima (CIR) tem o Laboratório de Geoprocessamento, que une tecnologia e observação de milhares de indígenas espalhados pelas florestas. A ferramenta permite registrar os melhores pontos de coleta e caça, e os locais que foram invadidos por garimpeiros, desmatadores e caçadores ilegais. (Estadão)

Panelinha no Meio. Comida de reaproveitamento pode ser sofisticada, sim. O tradicional arroz de forno vai para outro patamar com molho bechamel, abobrinha grelhada e um gratinado de parmesão.

Cultura

O presidente Jair Bolsonaro (PL) adiou, por meio de medida provisória, o pagamento dos incentivos à cultura previstos pelas leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo. Ele havia vetado as duas leis, mas os vetos foram derrubados pelo Congresso em julho. Na MP, Bolsonaro determinou que alguns dos repasses fiquem para 2023 e outros para 2024. As duas leis foram criadas para que estados e municípios possam incentivar as atividades culturais prejudicadas pela pandemia de covid-19. A MP entra em vigor imediatamente, mas pode ser derrubada ou modificada pelo Congresso. (Terra)

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Taylor Swift aproveitou sua noite de esplendor ontem no VMAs para anunciar Midnights, seu novo álbum de inéditas, que será lançado no dia 21 de outubro. “Esta é uma coleção de músicas escritas no meio da noite, uma jornada através de terrores e bons sonhos”, disse ela nas redes sociais, classificando o disco como “as histórias de 13 noites sem dormir espalhadas” por sua vida. O fecho de uma noite de ouro. Taylor levou para casa o astronauta por melhor vídeo, melhor vídeo longo e melhor direção (dela própria) graças a All Too Well (10 Minute Version) (Taylor’s Version). E ainda se tornou a primeira artista a ganhar três vezes vídeo do ano — as outras foram Bad Blood, de 2015, e You Need to Calm Down, de 2019. (PopLine)

Certas coisas são loucas demais até para quem tem fama de maluco. O cantor de heavy metal Ozzy Osbourne anunciou em entrevista que pretende voltar com a mulher e empresária, Sharon Osbourne, para sua Inglaterra natal. O motivo é a sensação de insegurança nos Estados Unidos. “Deus sabe quantas pessoas morrem em massacres em escolas. Houve um tiroteio em Vegas naquele show... é maluco. Não quero morrer na América”, disse Ozzy, que vive com a família em Los Angeles há 20 anos. “A América mudou drasticamente. Não são os Estados Unidos da América mais. Não há nada unido. É um lugar muito estranho para viver agora”, completou Sharon. (Rolling Stone)

Aliás... A violência nos EUA fez parar a produção da série Lady In The Lake, da Apple TV+ Plus, estrelada por Natalie Portman. Traficantes invadiram o set na cidade de Baltimore, deram tiros para o alto e exigiram US$ 50 mil (R$ 253 mil) para que as filmagens pudessem ser retomadas. Segundo a polícia local, a produção decidiu não pagar e está procurando outro local para retomar a produção. (Tangerina)

Cotidiano Digital

O ex-chefe de segurança do Twitter Peiter Zatko, que denunciou a rede social por falhas de segurança e por mentir sobre práticas de privacidade, foi intimado por Elon Musk a depor na Justiça. O bilionário quer que o delator testemunhe no processo que enfrenta contra a empresa após desistir de comprar a plataforma. Na intimação, enviada na quinta-feira e apresentada publicamente nesta segunda, os advogados solicitam todos os documentos relacionados à medição de usuários ativos diários monetizáveis, contas falsas e spams, cuja falta de dados foi usada por Musk como argumento para não comprar a rede social. Além do processo entre Twitter e Elon Musk, com audiência marcada para setembro, Zatko vai testemunhar contra a plataforma no Congresso dos Estados Unidos, depois que sua denúncia foi aceita pelo Departamento de Justiça e outros órgãos federais. (CNN)

Pouco depois de um mês desde o anúncio da parceria com a Microsoft para impulsionar as vendas e gerenciar a publicidade, a Netflix avalia os novos preços que irá cobrar em seu plano mais barato com anúncios. Segundo a Bloomberg, o valor estudado deve variar entre US$ 7 a US$ 9 por mês, equivalente a metade da assinatura mais popular da plataforma, a opção Standart, hoje ao preço de US$ 15,49. (Bloomberg)

Aliás, a Netflix comemorou 25 anos de existência nesta segunda-feira. Pioneira do streaming, a empresa lida hoje com crises e uma queda histórica no número de assinantes. (Terra)

Ericsson e Nokia entraram nesta segunda-feira para a extensa lista de empresas que decidiram suspender ou encerrar suas operações na Rússia após a invasão na Ucrânia. A Ericsson anunciou que vai se retirar gradualmente da Rússia nos próximos meses, enquanto sua rival finlandesa Nokia deve encerrar as operações em território russo até o fim do ano. No último sábado, a norte-americana Dell também anunciou o encerramento de todas as suas operações na Rússia depois de fechar escritórios. (UOL)

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