Prezadas leitoras, caros leitores —

Contribuir para que a sociedade preserve a natureza, harmonizando a atividade humana com a conservação da biodiversidade e com o uso racional dos recursos naturais, para o benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. Esta é a missão do WWF-Brasil, o mais novo parceiro do Meio.

Enquanto o mundo ruma para a construção de uma economia verde, com ações diretas para reduzir o uso de combustíveis fósseis e acelerar a transição para energias renováveis, a Costa Amazônica, território estratégico para a conservação da biodiversidade, possui dezenas de blocos para a exploração de petróleo e gás em licitação.

Exploração de petróleo é atividade de risco, e as consequências na vida das pessoas e da biodiversidade local podem ser drásticas. Diante deste cenário, fica uma pergunta: há motivos para se abrir poços de petróleo que só devem produzir daqui a 15 anos e colocar em risco uma região de biodiversidade única no mundo?

Ao longo dos próximos meses, todas as terças-feiras, a nossa editoria “Energia além do fóssil” vai ajudar a trazer uma nova visão de desenvolvimento sustentável para o Brasil e, principalmente, a Foz do Amazonas.

— Os Editores

PEC da Transição chega ao Congresso — mas sem acordo

Sem conseguir um acordo prévio no Congresso, o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), protocolou no fim da tarde de ontem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Em vez de esperar um “denominador comum”, Castro incorporou todos os pedidos feitos pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deixou para negociar com os parlamentares durante a tramitação. Pelo texto, o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, fica fora do teto de gastos por quatro anos, e o governo poderá gastar R$ 198 bilhões a mais no ano que vem com programas sociais e investimentos. Castro se reuniu ontem com Lula e outros petistas, incluindo o ex-ministro Fernando Haddad, cotado para o Ministério da Fazenda, a ser recriado. (Poder360)

Paralelamente, o senador José Serra (PSDB-SP) conseguiu as assinaturas e protocolou sua PEC alternativa, que prevê substituir o teto de gastos por uma regra de limite de endividamento do governo federal, que funcionaria como nova âncora fiscal. (Poder360)

Lula disse a aliados que pretende anunciar nesta semana os primeiros integrantes de seu ministério, conta Valdo Cruz. Além de confirmar Haddad na Fazenda, o presidente eleito deve nomear a senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o Desenvolvimento Social, a deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) para o Meio Ambiente e o governador da Bahia, Rui Costa, na Casa Civil. (g1)

Outro nome que deve sair logo é do ministro da Defesa. Cotado para a vaga, o ex-presidente do TCU José Múcio Monteiro se reuniu ontem com Lula e, na saída, disse que a transição nesse setor será tocada diretamente pelo futuro ministro e pelos comandantes das Forças Armadas a partir da semana que vem. De perfil conservador, Múcio foi ministro no segundo mandato de Lula e, já à frente do TCU, foi elogiado várias vezes por Jair Bolsonaro. (Folha)

Meio em vídeo. De volta a Brasília, Lula assume as rédeas da transição e da negociação com o Congresso. Esse é o tema do #MesaDoMeio de hoje, com Mariliz Pereira Jorge, Pedro Doria e Christian Lynch, ao vivo, às 19h. Após o programa, os três respondem às perguntas do público no espaço exclusivo dos assinantes premium. O que está esperando? Assine.

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PT e PSB vão anunciar hoje o apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara, confirmou ontem o líder do PT, Reginaldo Lopes (MG). Os dirigentes petistas ainda se reunirão antes com PCdoB e PV, com os quais formam uma federação, mas a decisão está tomada, especialmente devido à necessidade do apoio de Lira para aprovar a PEC da Transição. O deputado já conta com a adesão de partidos que somam 419 das 513 cadeiras na Câmara e, até o momento, não há candidatura lançada para enfrentá-lo. (CNN Brasil)

Manifestantes que participam de atos golpistas nas portas de quartéis e nas estradas reagiram com irritação ontem às imagens do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e da mulher, Heloísa, no Estádio 974, no Qatar, onde a Seleção venceu a Suíça por 1 a 0. “Enquanto estamos na frente dos quartéis, pela liberdade e pelo Brasil, ele está curtindo a vida”, escreveu um deles. Opositores não perderam tempo. O deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) ironizou a situação dos bolsonaristas: “Enquanto deixa seus militantes golpistas tomando chuva na frente de quartel, Bananinha está vendo a Copa no Qatar”, tuitou. (UOL)

O passeio do deputado se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter e, claro, rendeu um aluvião de memes. (Poder360)

Para ler com calma. Atos de violência praticados nos protestos e bloqueios golpistas estão minando o discurso de “manifestações pacíficas” dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em Rondônia, por exemplo, eles destruíram uma adutora e deixaram parte da população da cidade de Ariquemes sem água, numa ação classificada pelo MP como terrorismo. (Folha)

Meio em vídeo. Argentina, 1985, é um filmaço. E é uma oportunidade. No início do ano que vem, precisamos abrir uma série de processos por crimes cometidos durante a pandemia e crimes cometidos contra a democracia. Os réus devem ser a família Bolsonaro e os militares que os apoiaram. Basta. Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

WWF

Energia além do fóssil

Embora considerado um marco na história da indústria petrolífera no Brasil, a concessão de blocos na bacia da Foz do Amazonas para a exploração de petróleo pela Petrobras tem sido amplamente criticada por entidades e pesquisadores. Eles apontam diversas falhas quanto à medição e prevenção de riscos socioambientais em uma região considerada estratégica para a conservação da biodiversidade. Mais importante, o projeto põe em risco complexos e modos de vida que deles dependem, como os dos indígenas, quilombolas e extrativistas, além de outros povos e comunidades tradicionais. Entenda porque a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, ainda sem licença do Ibama, é um risco para os povos indígenas e tradicionais da Costa Amazônica. (WWF)

Maior poluidor de seu continente, a África do Sul possui um setor elétrico responsável por uma fatia significativa das emissões de gases de efeito estufa no país. No final de outubro, a central elétrica a carvão de Komati, localizada na região de Mpumalanga, foi desativada após operar por 60 anos — a primeira usina a carvão a ser aposentada no país. O complexo será transformado em uma unidade de fontes renováveis com geração de energia solar e eólica. O projeto também prevê apoio às regiões dependentes de carvão, com especial destaque para a inclusão de mulheres em novas carreiras. (Um Só Planeta)

Num mundo que tende a consumir menos combustíveis fósseis em meio ao aquecimento global, companhias que atuam como fornecedoras de serviços e equipamentos para atividades de exploração de petróleo e gás estão em busca de oportunidades para expandir o leque para fontes renováveis. No Brasil, por exemplo, já existem empresas que estão iniciando novas frentes de negócios fora do setor de origem. Conheça. (Valor)

Viver

Mesmo sem Neymar, que se recupera de lesão no tornozelo, o Brasil venceu a seleção da Suíça nesta segunda-feira por 1 a 0 com gol de Casemiro no segundo tempo e assegurou uma vaga antecipada nas oitavas de final da Copa do Mundo. Essa foi a primeira vez que o Brasil ganhou da Suíça na história das Copas. Até então, as equipes apenas haviam empatado em outros dois jogos. Em entrevista, o técnico Tite disse que Neymar faz falta em campo, mas que a equipe tem jogadores criativos para suprir a ausência do atacante. (Lance e Folha)

A polarização gerada sobre o uso da camisa da seleção brasileira por parte dos torcedores durante os jogos da Copa do Mundo tem sido substituída pela disputa dos nomes de Neymar e Richarlison fora dos gramados. Para o jornalista Márvio dos Anjos, o apoio dado por Neymar à campanha de Jair Bolsonaro fez com que muitos brasileiros elegessem Richarlison como uma alternativa à cara da equipe que busca o hexa no Qatar. (Meio)

A rodada desta segunda-feira contou com muitas emoções. Na partida mais disputada do dia, Sérvia e Camarões empataram em 3 a 3. Gana venceu a Coreia do Sul por 3 a 2 e ficou mais perto de uma vaga nas oitavas de final, enquanto Portugal passou pela seleção do Uruguai por 2 a 0 e já está classificado para a próxima fase. A partida ainda foi paralisada, após um homem com a bandeira do arco-íris invadir o campo, em apoio à causa LGBTQIA+. A homossexualidade é considerada crime no Qatar. (UOL)

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento à base de cannabis nesta segunda-feira. O Canabidiol Ease Labs não poderá ter mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo utilizado no uso recreativo da maconha. O remédio será comercializado em farmácias e drogarias com prescrição médica em receituário de cor azul, classe especial para medicação de uso controlado. No total, a agência já aprovou 23 produtos à base de cannabis no país, que ajudam a combater problemas de saúde como ansiedade e dores crônicas. (O Globo)

Fontes ligadas à Polícia Militar de Aracruz, no Espírito Santo, afirmam que o pai do atirador de 16 anos que matou quatro pessoas na sexta-feira teria comprado o livro Minha Luta, escrito por Adolf Hitler em 1925, e dado ao menor. Tenente da PM na cidade, ele teria dito em uma conversa informal com colegas de farda que deu a obra nazista ao filho para tentar se aproximar do jovem, que não tinha amigos e falava pouco em casa. Em entrevista ao Estadão, o pai contou que o adolescente aprendeu a atirar vendo vídeos no YouTube e que ele almoçou com a família depois do ataque como se nada tivesse acontecido. O PM afirma que o jovem precisa ser devidamente punido pela lei, e que sua família mudou de cidade por conta das ameaças de morte que tem recebido. (UOL e Estadão)

Panelinha no Meio. Ceia de Natal não é só peru e rabanada. Este bolo de amêndoas com coco e uva encanta, seja pela massa levinha, seja pela cobertura com os ingredientes que lhe dão nome.

Cultura

Dandara Ferreira e Lô Politi já tinham concluído as filmagens da cinebiografia de Gal Costa quando a notícia da morte da cantora caiu-lhes como uma bomba. Agora, Meu Nome é Gal, cuja estreia estava prevista para março do ano que vem, será revisto e ampliando para dar a dimensão do legado da cantora, embora a narrativa abranja o início de carreira dela entre 1966 e 1971. “A gente precisa encontrar um final que vá para esse lugar da alegria, de uma música que atingiu muita gente. Quero repensar um pouco essa conclusão”, diz a codiretora. (Globo)

Os fãs do Metallica tiveram ontem uma excelente surpresa com o lançamento de uma nova canção, Lux Æterna, com o respectivo vídeo, e o anúncio de um novo álbum, 72 Seasons, que ficará disponível no dia 14 de abril do ano que vem. Primeiro título de inéditas da banda desde Hardwired…To Self-Destruct, de 2016, o novo trabalho terá 12 faixas e acenderá o pavio de uma turnê “semimundial” (só América do Norte e Europa), com coadjuvantes de luxo como Pantera, Nine Inch Nails e Greta Van Fleet, em datas alternadas. (Roadcrew)

Para ler com calma. A artista plástica Angélica Franca Padovani nega que seu primeiro livro, Olha-me Outra Vez, seja autobiográfico. Mas a história da personagem Rosa, cuja mãe tem de deixá-la durante a ditadura militar para assumir o controle da própria vida, tem uma série de paralelos com a da autora, a começar pela paixão por fotografias, o que dá título à obra. “Uma mãe, presente ou ausente, sempre deixa uma espécie de ferida”, afirma a personagem Ana no livro, classificado pela autora como inquestionavelmente feminista. (Folha)

Cotidiano Digital

Se você mantém um grupo consigo mesmo para enviar arquivos ou registrar lembretes, saiba que o WhatsApp lançou uma nova solução para isso. A atualização anunciada ontem permite que os usuários mandem mensagens para si de forma oficial por meio de um contato registrado em seus respectivos nomes. Confira um passo a passo. (UOL)

A Meta, dona do Facebook, foi multada pela União Europeia em € 265 milhões, o equivalente a R$ 1,4 bilhão, por não proteger adequadamente os dados de seus usuários. O caso envolve uma investigação, iniciada no ano passado, sobre a descoberta de um conjunto de dados pessoais coletados pelo Facebook entre maio de 2018 e setembro de 2019 e disponibilizados online. (g1)

Novo dono do Twitter, o bilionário Elon Musk iniciou uma ofensiva contra a Apple. Em uma série de tuítes na rede social, ele acusa a fabricante do iPhone de ameaçar suspender o Twitter da sua loja de aplicativos. A Apple está entre as principais empresas que suspenderam anúncios pagos no Twitter sob comando de Musk. (Núcleo Jor)

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