Prezadas leitoras, caros leitores —

Hoje é um dia importante para nós. Às 19h entramos ao vivo, no YouTube, com o #MesaDoMeio. Pedro Doria receberá seus parceiros de sempre, a jornalista Mariliz Pereira Jorge e o cientista político Christian Lynch. De Brasília, no primeiro bloco, entrará ao vivo a repórter especial Luciana Lima.

Desta vez, porém, será diferente. Os três estarão juntos, ao vivo, sentados à mesa. No novo estúdio do Meio.

Assista.

Nossa produção em vídeo vai ganhar outra cara, com programas e entrevistas gravados in loco. A conversa fora das caixinhas dos sistemas remotos fica dinâmica, fluida — empatia é mais fácil. As pessoas reconhecem as emoções umas das outras, o que aprofunda o diálogo.

Após o programa ao vivo de uma hora, os assinantes premium poderão assistir à continuação, fechada para eles, quando os três responderão aos comentários do público.

Vocês já devem ter reparado que o Meio funciona de uma forma diferente. Nosso site, a newsletter, nada tem aqueles anunciozinhos que empesteiam a web. O motivo é simples. Esse tipo de publicidade viciou a internet. Obriga sites a produzir audiências cada vez maiores para que se tornem rentáveis. E isso impõe um conteúdo cada vez mais sensacionalista.

O Meio escolheu não fazer isso. A publicidade aqui vem com conteúdo que nós mesmos produzimos sobre temas relevantes, uma promoção de empresas e organizações que escolheram falar especificamente com o nosso público. E é por isso que apostamos em assinaturas. O público paga a maior parte da conta. Isso nos dá independência de falar aquilo em que acreditamos, nunca buscar sensacionalismo, focar sempre em qualidade.

Uma assinatura do Meio é um investimento na qualidade de nosso jornalismo. E sai por muito pouco.

Obrigado.

— Os editores

Brasil vê 8º atentado em escolas em 12 meses

Um ataque na manhã desta segunda-feira deixou uma professora morta e outras quatro pessoas feridas na escola estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. O agressor é um estudante de 13 anos, que foi contido por uma educadora e apreendido pela polícia. A professora Elisabeth Tenreiro, 71 anos, recebeu ao menos dez facadas pelas costas e morreu no Hospital Universitário da USP. Segundo estudantes, ela teria apartado uma briga na semana passada entre o atacante e um colega de sala, que não foi para a aula ontem. Outras três docentes e um aluno foram feridos pelo agressor — um segundo aluno teve crise de pânico e também precisou ser socorrido. (UOL e Metrópoles)

Um mês antes, a escola em que o agressor estudava, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, havia alertado a polícia pelo comportamento do estudante nas redes sociais. Ele havia postado vídeos portando armas de fogo e simulando ataques violentos, e teria encaminhado fotos de armas aos colegas pelo WhatsApp, deixando alguns pais “acuados e amedrontados”, segundo consta no boletim de ocorrência da época. Após ser transferido para a atual escola, o adolescente insultou colegas com ataques racistas. (CNN Brasil)

Em um perfil fechado no Twitter, o adolescente chegou a demonstrar a intenção de cometer os crimes. “Irá acontecer hoje, esperei por esse momento minha vida inteira, tomara que consiga alguma kill (morte, em inglês) pelo menos”, escreveu antes do ataque. Ele era encorajado por outros usuários, um deles se definiu como “mentor” do jovem e se disse orgulhoso do crime. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou ontem que a Polícia Civil vai investigar e intimar para depor todas as pessoas que reagiram às postagens do agressor pelas redes sociais. (Globo)

Vera Iaconelli: “A escola não tem como resolver uma sociedade desmantelada pelas redes sociais, violentamente polarizada, que ruma sem pudores para a autodestruição. Seus limites são tão claros quanto sua potência. A escola é espaço de transmissão e de escuta, de observação e de intervenção junto ao aluno.” (Folha)

Enquanto isso… Três crianças e três adultos foram mortos por uma atiradora de 28 anos em uma escola em Nashville, nos Estados Unidos. Segundo a polícia local, a mulher também foi morta no atentado. Esse foi o 19º tiroteio em uma escola ou universidade americana com ao menos um ferido neste ano. (CNN Brasil)

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Cerca de 1,2 milhão de testes do tipo RT-PCR para covid venceram neste mês no estoque do ministério da Saúde, um prejuízo estimado em R$ 42,7 milhões. Os produtos também serviam para detectar influenza A e B e o vírus sincicial respiratório (VSR). Segundo a pasta, o governo Bolsonaro acumulou os exames com curto prazo de validade e não passou informações com tempo hábil para distribuição e uso dos testes. (Folha)

Panelinha no Meio. O verão já acabou, mas esqueceram de avisar ao calor. Nesse forno, uma boa opção de comida refrescante e saborosa é o ceviche, prato típico peruano. Basicamente são pedaços de peixe cru marinados em sucos cítricos. Pode ser uma entrada chique ou até a estrela da refeição.

Política

Diante do recrudescimento de protestos, de uma greve geral e de dissidências dentro de seu próprio partido, o direitista Likud, o premiê israelense Benjamin Netanyahu anunciou ontem a suspensão de sua polêmica reforma do Judiciário. Em um pronunciamento na TV, ele disse estar “ciente das tensões” e “ouvindo as pessoas”. No domingo, o premiê provocou uma nova onda de manifestações ao demitir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, seu colega do Likud, que na véspera defendera a suspensão da reforma. Pelo projeto, por exemplo, o Knesset (Parlamento) pode revogar decisões judiciais, e a Suprema Corte não pode afastar ministros, mesmo em casos de corrupção. Segundo a oposição, a reforma mina as bases da democracia israelense e serve apenas para proteger Netanyahu, que responde a vários processos. Ao longo do dia, a tensão aumentou, com o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um dos mais radicais do governo, conclamando manifestantes de extrema direita a irem para as ruas defender a reforma. Com o anúncio do primeiro-ministro, a principal central sindical de Israel encerrou a greve geral, alertando que ela pode ser retomada caso a reforma judicial volte a tramitar. (CNN)

Após se reunir com líderes das bancadas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recuou e vai apresentar ao presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma proposta para resolver o impasse da tramitação das medidas provisórias. Durante a pandemia, o STF autorizou o Legislativo a analisar as MPs direto em plenário. Como a tramitação começa na Câmara, Lira passou a controlar sozinho essa agenda. Pacheco decidiu retomar as comissões mistas previstas na Constituição, mas Lira se recusava a abrir mão do poder. Diante da possibilidade de o caso voltar ao Supremo, ele agora aceita a volta das comissões, mas quer que a composição tenha três deputados para cada senador, em vez de meio a meio, como prevê o texto constitucional. Mais cedo, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que ainda há tempo para um acordo entre Lira e Pacheco, lembrando que as MPs editadas no início do governo Lula só caducam em junho. (Globo)

Meio em vídeo. A maioria dos diretores do Ibama sequer foi nomeada ainda, mas a Petrobras está pressionando duro. Quer tirar petróleo da foz do rio Amazonas. O governo Lula vai precisar escolher como deseja se tornar conhecido. Se pela transição verde ou pelo crescimento a todo custo. Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (Youtube)

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que ainda não há data para a apresentação do novo arcabouço fiscal, mas avaliou que o ambiente no Congresso para a aprovação da proposta é positivo. “O presidente ainda vai definir esse cronograma com o ministro Fernando Haddad. Certamente durante a semana esse tema vai ser tratado no ambiente interno no governo”, disse. Miriam Leitão lembra que o cronograma ganhou um novo ritmo com o adiamento da viagem presidencial à China. Mas há pouco tempo para a definição: até 10 de abril tem de estar aprovado, pois no dia 15, o governo tem que apresentar a Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso. Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse que a equipe do Ministério da Fazenda vai conversar com os líderes partidários da Câmara e do Congresso antes de divulgar a regra fiscal. (Globo e Estadão)

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, afirmou ontem que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a manutenção da Selic em 13,75% ao ano é técnica, mas “saiu no tom errado”. Segundo ela, o texto do comunicado é político e, sobre isso, cabe posicionamento do governo. “Quando o Copom vem dizendo 'não hesitaremos em', pode até ter querido sinalizar para o mercado que eles são independentes, que não vão ceder ao jogo político, mas eu acredito que não precisavam ter esticado a corda como esticaram, porque também mandaram um recado, o meu ver, equivocado para a equipe econômica e o núcleo político ou para a política brasileira”, afirmou. (Folha)

O juiz federal Eduardo Appio, responsável pelos processos remanescentes da Lava-Jato em Curitiba, encaminhou ao STF as acusações feitas em depoimento pelo advogado Rodrigo Tacla Duran contra o senador Sérgio Moro (UB-PR) e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Réu por lavagem de dinheiro, Duran acusa o ex-juiz de intervir numa negociação de delação premiada. Tanto o senador quanto o deputado negaram as acusações. (Folha)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu da ditadura da Arábia Saudita um terceiro lote de joias de ouro branco e o levou consigo ao deixar o Planalto. Avaliado em R$ 500 mil, o conjunto inclui um relógio Rolex cravejado de diamantes, um anel, abotoaduras, uma caneta cravejada de pedras e um a corrente. O material foi entregue pessoalmente durante uma viagem de Bolsonaro a Riad em 2019 e incorporado a seu acervo pessoal, e depois levado por ele para casa já no ano passado. (Estadão)

Cultura

O cancelamento do show de Drake na última noite do Lollapalooza pegou de surpresa o público, mas não a produção do festival. Segundo Lucas Pasin, o rapper canadense começou a fazer novas exigências dias antes da apresentação, além de questionar a logística combinada e tentar aumentar seu já parrudo cachê. Foi por conta desses sinais que a organização já deixou o DJ americano Skrillex de prontidão. De acordo com a coluna de Leo Dias, Drake teria cancelado o show por insatisfação com o cachê e com o público brasileiro, que considerou “muito exigente”, mas “desanimado” em sua apresentação no Rock In Rio em 2019. (UOL e Metrópoles)

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A prisão no sábado do ator Jonathan Majors, acusado de agredir e tentar estrangular a namorada, pode lhe fechar as portas para o universo cinematográfico da Marvel. O astro de 35 anos, que interpretou o vilão Kang em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (trailer), estava escalado para repetir o papel no quarto filme dos Vingadores, mas cresce nas redes um movimento para que ele seja substituído. Após a prisão, colegas do ator, que também estrela a série Lovecraft Country, da HBO, revelaram outros casos de abuso e violência. (The Direct)

Nas redes desde 2019, o Museu Virtual Rio Memórias lança hoje mais três galerias, com material, muitas vezes inédito, sobre a história da Cidade Maravilhosa. Rio Suburbano mostra a vida nas áreas ocupadas a partir das linhas férreas. Rio das Artes explora a relação da cidade com diversos movimentos artísticos. E Rio Operário retrata a vida do trabalhador na antiga capital. O lançamento vai ser celebrado com uma roda de samba no Renascença Clube, no Andaraí, Zona Norte. A entrada é gratuita, com retirada online do ingresso.

Cotidiano Digital

Com o boom do ChatGPT, mais empresas estão lançando novidades envolvendo ferramentas de Inteligência Artificial (IA). A plataforma de videoconferência Zoom, por exemplo, anunciou ontem uma série de mudanças, resultado de uma parceria com a OpenAI - dona do ChatGPT. O Zoom agora terá resumos gerados por IA, rascunhos de mensagens e outros recursos, disponíveis por meio do assistente Zoom IQ AI. Já a Microsoft anunciou melhorias no Teams: app duas vezes mais rápido que o atual, tarefas como lançar um programa ou juntar chamadas de vídeo, entre outros. O novo Teams também terá funcionalidades de IA, começando pelas notificações nas ferramentas Recap e Copilot. (The Verge e Época Negócios)

O Twitter teve parte de seu código-fonte vazado e exposto de forma ilegal na internet, por meio da plataforma GitHub, propriedade da Microsoft na qual permite que desenvolvedores compartilhem códigos para software. A rede social do bilionário Elon Musk está em busca de informações sobre a pessoa responsável, segundo uma ação na Justiça dos Estados Unidos. Suspeita-se que o vazamento tenha sido feito por um dos milhares de funcionários demitidos por Musk desde que ele assumiu a empresa, em outubro de 2022. Considerada a “receita do bolo” para o funcionamento de uma plataforma, como o Twitter, os códigos-fonte geralmente são guardados a sete chaves por empresas comerciais. (Núcleo Jornalismo e g1)

O CEO da Disney, Bob Iger, anunciou ontem que a empresa vai começar a demitir funcionários a partir desta semana. Essa é a primeira etapa de uma série de dispensas que devem acontecer nos próximos meses, o que deve resultar no desligamento de 7 mil pessoas. As demissões fazem parte de uma iniciativa para reduzir os custos operacionais da Disney em cerca de US$ 5,5 bilhões, como estratégia para aumentar e melhorar o seu fluxo de caixa em meio a um período de turbulência na indústria de mídia. A segunda onda de demissões está marcada para abril e a rodada final de desligamentos será antes do início do verão no hemisfério norte. (Valor Investe)

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