PF vai investigar fraude no Brasileirão

A recente revelação de um esquema de manipulação dos resultados de jogos de campeonatos estaduais e do Brasileirão levou o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a determinar ontem que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para investigar o caso. A Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, em abril, revelou acordos entre jogadores e apostadores envolvendo milhares de reais. Nesta semana, a Justiça tornou réus sete jogadores — entre eles o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos — e nove apostadores envolvidos na manipulação de resultados de oito partidas da Série A do Campeonato Brasileiro A de 2022; um da Série B, também de 2022; e quatro de campeonatos estaduais de 2023. Entre os 23 atos criminosos relatados pelo MP, há promessas de pênaltis e faltas para receber cartões. Os jogadores que participam do esquema estão sujeitos a penas criminais e esportivas. Na Justiça comum, a punição varia de dois a seis anos de prisão, além de pagamento de multa. Na desportiva, a punição vai de 180 a 720 dias e multa de até R$ 100 mil, com possibilidade de banimento do futebol em caso de reincidência. (g1)

A CBF, que também pediu que a PF investigue os casos de manipulação de resultados, afirmou que não vai paralisar as Séries A e B do Brasileirão. “Venho trabalhando em conjunto com a Fifa, demais entidades internacionais, além de clubes e federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial”, afirmou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. (Estadão)

As apostas online superam a loteria no Brasil. Em um ano, as plataformas de apostas digitais movimentam entre R$ 120 bilhões e R$ 150 bilhões. Em 2022, as loterias faturaram pouco mais de R$ 23 bilhões. Cerca de mil sites de apostas online operam no país, e os mais conhecidos patrocinam grandes clubes de futebol. Ainda há muita insegurança em um setor não regulado. (E-investidor)

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A preservação da floresta amazônica é capaz de gerar até sete vezes o valor estimado de sua exploração privada com agricultura extensiva, exploração madeireira e mineração. O valor da riqueza que pode ser produzida anualmente pela floresta de pé é calculado em mais de US$ 317 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão), segundo o estudo “Equilíbrio Delicado para a Amazônia Legal Brasileira: Um Memorando Econômico”, do Banco Mundial. Com base no levantamento, a entidade defendeu que uma revisão do modelo de crescimento da Amazônia pode gerar maior proteção da floresta e da biodiversidade e alertou que o aumento do desmatamento pode levar a floresta a um ponto irreversível de seus efeitos nocivos. (Agência Brasil)

Meio em vídeo. No Conversas Com o Meio desta semana, a editora Andrea Freitas recebe o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para uma análise da atuação do órgão nos cinco primeiros meses do atual governo, além das principais missões ambientais necessárias ao país, como o combate ao desmatamento e ao garimpo ilegal. Ele também comenta a estrutura da autarquia, duramente combatida pelo próprio Estado durante a Era Bolsonaro, e o alcance das operações que visam à preservação dos biomas brasileiros. (YouTube)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou ontem sobre o risco de ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue, que há 15 anos não causa epidemias no Brasil. Estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) identificou, neste ano, quatro casos relacionados à sepa em Roraima e no Paraná. A retomada da circulação do sorotipo 3 pode gerar novas epidemias nos próximos meses ou anos. (CNN Brasil)

Panelinha no Meio. Domingo é Dia da Mães. Quem tem a sorte de contar com a companhia da sua pode homenageá-la indo para a cozinha e fazendo esse bolo de carne perfeito. O segredo é a combinação de porco e boi, com maçã ralada e especiarias na mistura.

Política

O Telegram não quis ser suspenso de novo. Minutos após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que deu uma hora para a remoção da mensagem que publicou na terça-feira, distorcendo o PL das Fake News, a plataforma apagou o texto. Assim, evitou ficar 72 horas fora do ar e pagar multa de R$ 500 mil por hora. Também conforme determinado pelo ministro, enviou nova mensagem a seus usuários. “Por determinação do Supremo Tribunal Federal, a empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do Telegram caracterizou flagrante e ilícita desinformação atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente, distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada (PL 2630), na tentativa de induzir e instigar os usuários a coagir os parlamentares.” Mas não foi só o STF que agiu contra o app de mensagens. A Secretaria Nacional do Consumidor abriu ontem um procedimento para averiguar se o Telegram violou direitos. Já o Conselho Administrativo de Defesa Econômica deve incluir a plataforma na investigação sobre a atuação de empresas de tecnologia contra o PL das Fake News. (Folha)

Um dos pontos polêmicos do PL das Fake News é a fiscalização das plataformas digitais. Quem faria esse papel? O presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, diz que a agência está pronta para ser a entidade fiscalizadora. “A forma mais rápida é com uma estrutura que já está operacional, que já está funcionando, que já tem expertise, que é o caso da Anatel.” (Estadão)

Meio em vídeo. O Brasil é o país onde o debate sobre regulação nas redes ficou mais quente. A regulação é necessária. Mas os ataques contra as plataformas não ajudam. Além disso, o comportamento de cada uma é único. Misturar Meta com Google ou Twitter ajuda menos ainda. Confira a opinião de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

As grades que há dez anos protegem os principais prédios do Executivo em Brasília começaram a ser retiradas ontem por determinação do presidente Lula. Ao lado da primeira-dama Janja, ele inspecionou a retirada. “O Brasil não precisa estar cercado de grades. É deixar livre. A democracia não exige muro, não precisa de muro”, disse. A medida foi implementada no dia seguinte à divulgação, pelo Estadão, de licitação para contratar 62 mil alambrados de proteção para a Esplanada dos Ministérios, justificada pelo Gabinete de Segurança Institucional pela possibilidade de realização de manifestações. (Estadão)

Em meio ao racha em relação à estratégia de defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, seu advogado, Rodrigo Roca, anunciou que não defende mais o militar. O advogado esteve à frente do caso das “rachadinhas” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e, em 2022, foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como Secretário Nacional do Consumidor. Roca não faz delação premiada e também deixou a defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A família de Cid não quer que ele assuma eventual responsabilidade sozinho. (g1)

Para ler com calma. Reportagem do Metrópoles mostra que a família Cid tem uma verdadeira fortuna nos EUA, com propriedades avaliadas em milhões de dólares, algumas registradas em nome do Cid Family Trust. Daniel Cid, irmão do ex-ajudante de ordens, fez carreira no setor de segurança digital na Califórnia — o que pode justificar a origem do dinheiro —, mas atuou também no ambiente digital com a disseminação de fake news. (Metrópoles)

O Supremo Tribunal Federal finalizou ontem o julgamento do perdão do então presidente Jair Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira (PTB), anulando sua condenação pela Corte em 2022. Com oito votos a favor e dois contra, a maioria dos ministros derrubou o indulto presidencial. Apenas André Mendonça e Nunes Marques, indicados por Bolsonaro, votaram pela manutenção. Assim, Silveira, preso desde fevereiro, continuará a cumprir sua pena de 8 anos e 9 meses em Bangu 8, além de inelegibilidade e multa. Seu advogado, Paulo Faria, vai recorrer à revisão criminal para que a pena seja reduzida ou até mesmo anulada. (UOL)

O deputado republicano de origem brasileira George Santos compareceu ontem a uma audiência no tribunal federal de Long Island e declarou ser inocente das 13 acusações que enfrenta, como lavagem de dinheiro e fraude eletrônica. Ele chegou a ser preso antes da audiência, mas, após pagar fiança de US$ 500 mil, foi liberado, com restrições a seu direito de ir e vir. Santos, de 34 anos, foi eleito no ano passado, após uma campanha baseada em mentiras. Seu currículo falso foi revelado inicialmente pelo New York Times. (Globo)

Cultura

Hoje é dia de crime, pelo menos nos cinemas. O documentário Crônica de uma Cidade Partida (trailer), de Ricardo Nauenberg, revela o caos urbano do Rio e seus desdobramentos na violência. Na ficção, Paulo Miklos vive um cantor acusado de matar um policial em O Homem Cordial (trailer), de Iberê Carvalho. E, para rir um pouco, Mafia Mamma, De Repente Criminosa (trailer), traz Toni Collette como uma americana comum que herda uma família mafiosa italiana.

Confira a programação completa nos cinemas de sua cidade. (AdoroCinema)

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A família e os amigos de Rita Lee foram acompanhados ontem por cerca de dez mil fãs no adeus à roqueira. A cantora foi velada no planetário do Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, a partir das 10h. Durante parte da cerimônia, o teto do planetário exibiu uma projeção estática com imagens do céu do dia 31 de dezembro de 1947, data de nascimento da artista. Por volta das 19h, o velório foi encerrado e o corpo levado para cremação, sob gritos dos fãs de “Rita, eu te amo”. (g1)

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou ontem a liberação de R$ 3,862 bilhões para cumprimento da Lei Paulo Gustavo, que foi vetada pelo governo Bolsonaro e será regulamentada hoje pelo presidente Lula. “Não tivemos, em nenhum momento, uma ação do governo federal que viesse socorrer o setor. Perdemos muitas pessoas, perdemos lugares de trabalho, casas [de espetáculos] foram fechadas. Eu digo que que a cultura ficou, literalmente, na fila do osso”, afirmou. Com a regulamentação, todos os municípios, estados e o Distrito Federal poderão solicitar parte dos recursos para a realização de projetos culturais. (Folha e Agência Brasil)

Cotidiano Digital

Começou ontem o Google I/O, principal conferência anual do Google para desenvolvedores, que acontece em Mountain View, nos Estados Unidos. Entre as principais novidades, a big tech anunciou versões do sistema operacional Android e mudanças no algoritmo de busca. A companhia também apresentou seu primeiro celular dobrável, o Pixel Fold, que chega ao mercado por US$ 1,8 mil. Além do dispositivo, que ainda não tem data para ser lançado no Brasil, o Google anunciou novidades sobre inteligência artificial (IA) do Bard, Google Workspace e ferramenta de buscas. Agora o Bard é capaz de processar imagens, melhorar documentos nos apps do Workspace e personalizar resultados de pesquisa. Para as fotos, a empresa de tecnologia lançou a ferramenta Magic Editor, que pode remover objetos indesejados, assim como reposicionar personagens em fotos. (Estadão)

Outra novidade em inteligência artificial abrange o Gmail, que ganhará mais funções de ajuda para escrever mensagens. O Google também revelou um novo recurso para o Maps, que usa IA para fundir bilhões de registros fotográficos e exibir mapas ainda mais realistas e imersivos. (g1)

O presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, vai depor no Congresso dos EUA, na próxima semana, para discutir regulação da inteligência artificial. O executivo deve prestar depoimento ao lado de Christina Montgomery, vice-presidente e diretora de privacidade e confiança da IBM, e de Gary Marcus, cientista e professor da Universidade de Nova York. A audiência ocorre enquanto legisladores e autoridades federais americanos discutem como lidar com a crescente popularidade de ferramentas de IA generativas como o ChatGPT. Especialistas temem que a IA tenha potencial suficiente para espalhar desinformação, substituir empregos e causar danos significativos aos usuários. (Olhar Digital)

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