Governo quer usar lei brasileira no caso de Vini Jr.

Um crime internacional. É dessa forma que está sendo tratado pelo governo brasileiro o último ataque racista ao jogador Vinícius Junior durante jogo do Real Madrid contra o Valencia no domingo na Espanha. Há ao menos dez registros racistas contra o craque. Ele reuniu vários deles em um vídeo. O presidente Lula cobrou providências para “não permitir que o fascismo e o racismo tomem os estádios de futebol” pelo mundo. O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que estuda recorrer ao princípio da “extraterritorialidade”, acionando um dispositivo extremo da lei brasileira para casos “excepcionais” de crimes cometidos contra cidadãos no exterior. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, repudiou o crime e defendeu o “combate na raiz”. Na Espanha, quase todos os partidos, além do presidente Pedro Sánchez, condenaram os atos, tentando melhorar a imagem do país. Já o presidente da Real Federação Espanhola, Luis Rubiales, chamou o presidente da La Liga, Javier Tebas, de “irresponsável”. Na véspera, ele criticou a fala de Vini Jr., dizendo que o este deveria se informar. O jogador voltou a se manifestar: “O que falta para criminalizarem essas pessoas? E punirem esportivamente os clubes? Por que os patrocinadores não cobram a La Liga?”. O Real Madrid declarou apoio ao jogador e recorreu à Procuradoria-Geral do Estado por entender que as agressões configuram crime de ódio. (Folha e BBC Brasil)

Em solidariedade a Vini Jr., a iluminação do Cristo Redentor foi apagada entre 18h e 19h de ontem. O craque agradeceu: “Preto e imponente. O Cristo Redentor ficou assim há pouco. Uma ação de solidariedade que me emociona. Mas quero, sobretudo, inspirar e trazer mais luz à nossa luta”. (g1)

Bruno Andrade: “A Espanha é contra Vinícius Junior. O povo espanhol não suporta o fato de um jovem brasileiro negro atravessar o Oceano Atlântico para sorrir e triunfar no maior e mais poderoso do clube do mundo. Todos combatem o craque merengue, inclusive o próprio Real Madrid, que pouco ou nada faz para defendê-lo”. (UOL)

Meio em vídeo. O caso de Vinícius Júnior é o tema do #MesaDoMeio de hoje. Ao vivo, às 19h. Em seguida, Mariliz Pereira Jorge, Pedro Doria e Christian Lynch respondem às perguntas do público na área restrita para assinantes premium. Assine. (YouTube)

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O fóssil de dois ovos inteiros e outros três fragmentados, com idade estimada em 80 milhões de anos, foi encontrado em Monte Alegre de Minas, durante obras no entroncamento entre as rodovias BR-365 e BR-153. “É um achado raro e bem preservado”, disse Paulo Macedo, paleontólogo que trabalha na obra. A ninhada, que pode ser de dinossauro carnívoro ou crocodiliforme, foi apresentada ontem na Universidade Estadual de Minas Gerais. (Estado de Minas)

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Política

O Conselho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) afastou ontem o juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processo da Lava-Jato. Ele alvo de uma representação do desembargador federal Marcelo Malucelli por um suposto telefonema com ameaças a seu filho, João Eduardo Barreto Malucelli, sócio do hoje senador Sérgio Moro (UB-PR). O relatório do conselho diz que há “muita semelhança” entre a voz de Appio e a do telefonema. Aliados do juiz, crítico dos métodos e decisões de Moro, esperam que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reverta a decisão. (g1)

E a Câmara usou a edição de hoje do Diário Oficial para notificar o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) sobre a cassação de seu mandato determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão foi tomada após três tentativas frustradas de notificá-lo pessoalmente. Com a publicação, Deltan tem cinco dias úteis para apresentar sua defesa à Corregedoria da casa. O corregedor Domingos Neto (PSD-CE), porém, já disse que fará uma “análise meramente formal”, sem entrar no mérito da decisão do TSE. (g1)

Segue o imbróglio sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Patres. Embora o presidente Lula tenha reiterado no G7 os compromissos ambientais do Brasil, ele sinalizou que pode contrariar a ministra. “Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 km, em alto mar, se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 km de distância da Amazônia, sabe?”, disse. Também afirmou que a região não deve ser transformada em um santuário. “Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem.” Marina rebateu: “Se a gente destrói o presente de Deus, é uma ingratidão com o criador. É muita contradição dizer que ama o criador e desrespeitar a criação, dizer que ama o criador e destruir a criação”. Considerada o “novo pré-sal”, a exploração da Foz do Amazonas é defendida por políticos da região amazônica, como o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), que deixou a Rede, partido de Marina, após a negativa do Ibama, no último dia 17. (Estadão)

Marina já tem mais uma batalha pela frente. Roseann Kennedy e Julia Lindner contam que os debates sobre a liberação da mineração na Reserva Nacional do Cobre e seus Associados – 46 mil km2 de floresta preservada no Pará e Amapá – devem ser retomados. O tema já foi debatido nas gestões Temer e Bolsonaro e, em 2017, a atual ministra acusou a iniciativa de envolver “negociatas”. (Estadão)

Meio em vídeo. O presidente Lula circula o mundo dizendo que quer tocar o processo de paz com a Ucrânia. Aí, quando se vê perante o presidente da Ucrânia, finge que não o vê para não apertar sua mão. Diz ao mundo que quer fazer uma política verde. Aí sua primeira política para a Amazônia é abrir poços de petróleo. Tipo: jura? Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

O governo quer blindar o texto do arcabouço fiscal, evitando grandes mudanças no projeto de lei. Até o momento, o novo marco fiscal já recebeu 40 emendas. As alterações no texto ainda serão analisadas pelo relator na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA). Ele deve ler o parecer amanhã, mas ainda não deu indícios se aceitará as alterações. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve colocar o projeto em votação amanhã. (Globo)

Após uma revisão no volume de despesas, o Ministério do Planejamento e Orçamento anunciou ontem o bloqueio de R$ 1,7 bilhão em despesas discricionárias do Orçamento para cumprir a regra do teto de gastos. A projeção de gastos, revisada a cada dois meses, teve um aumento de R$ 24,2 bilhões. O governo também elevou a estimativa de déficit primário de R$ 107,6 bilhões para R$ 136,2 bilhões, equivalente a 1,3% do PIB. (Agência Brasil)

Paramilitares russos baseados na Ucrânia e contrários ao presidente Vladimir Putin atacaram ontem a região russa de Belgorod, na fronteira entre os dois países. O governo local disse que a ação deixou pelo menos oito feridos e anunciou uma “operação contraterrorista”. Kiev negou envolvimento no ataque, dizendo que os combatentes, que integrariam dois grupos russos, agiram independentemente. Um dos comandos, a Legião da Liberdade da Rússia, disse ter tomado a cidade fronteiriça de Kozinka, o que não foi confirmado. Segundo Moscou, o objetivo dos “sabotadores” é desviar a atenção dos combates na cidade ucraniana de Bakhmut. (BBC)

A chegada do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, à cúpula do G7, em Hiroshima, não foi uma surpresa para o governo brasileiro. Em 10 de maio, autoridades japonesas informaram ao Itamaraty sobre a possível presença do líder europeu no encontro. No mesmo dia, o assessor da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, que estava em Kiev, perguntou diretamente a Zelenski sobre sua ida ao Japão. (Globo)

Cultura

Nada como um Oscar para mudar de patamar. Em Cannes para participar do festival de cinema, Michelle Yeoh comemorou finalmente estar recebendo propostas de papéis que não exigem obrigatoriamente uma mulher asiática. “Somos atores, devemos atuar”, disse. Ela também descartou uma continuação de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo Agora, que lhe valeu o prêmio da Academia como melhor atriz, afirmando que seria apenas “refazer a mesma coisa”.  (Variety)

E morreu nesta segunda-feira, aos 58 anos, o ator britânico Ray Stevenson, famoso, entre outros papéis, pelo legionário Tito Pullo, da série Roma (HBO), e o governador Scott Buxton, do longa indiano RRR (Netflix). Este ano os fãs ainda verão um trabalho inédito dele, como o também vilão Baylan Skoll da série Ahsoka, da Disney+. A causa da morte não foi divulgada. (Omelete)

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Para ler com calma. Nesta quinta-feira, começa a tramitar na Justiça do Trabalho no Rio uma ação pública contra o Grupo Globo por situações de assédio sexual e moral. Além do rumoroso caso envolvendo o ex-diretor do núcleo de humor Marcius Melhem, reportagem de João Batista Jr. revela uma segunda denúncia, agora de uma engenheira e radialista da emissora em São Paulo. Ela conta ter sido assediada por pelo menos três técnicos, que usavam o longo tempo na empresa como escudo. “Você não sabe nada nem conhece ninguém aqui, quem vai acreditar em você?”, teria dito um deles. (Piauí)

Ontem, mais de 300 funcionários, incluindo as apresentadoras Ana Maria Braga e Patrícia Poeta, protestaram contra os episódios de assédio usando roupas da cor verde. Em nota, a Globo afirmou que apoia a “livre manifestação dos profissionais da empresa”. (Metrópoles)

Cérebro da fase áurea do Pink Floyd (Spotify), o baixista, vocalista e compositor Roger Waters (Spotify) anunciou ontem uma nova turnê brasileira para este ano. O criador de The Wall (Spotify) vai tocar em seis cidades: Brasília (24/10), Rio de Janeiro (28/10), Porto Alegre (01/11), Curitiba (04/11), Belo Horizonte (08/11) e São Paulo (11/11). Os ingressos começam a ser vendidos ainda nesta semana. (Rolling Stone)

Cotidiano Digital

A Meta, dona do Facebook, foi multada em 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6,5 bilhões) pela Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados por violar as regras de proteção da União Europeia. A companhia foi acusada de compartilhar dados dos usuários europeus com os Estados Unidos. A principal reguladora de privacidade da UE afirmou que o Facebook há anos armazena dados de europeus de forma ilegal em seus servidores nos EUA. Além da multa, determinou que a Meta pare de enviar dados de europeus aos EUA e apague as informações já armazenadas. A companhia vai entrar com um recurso contra a decisão “injustificada e desnecessária”. (Estadão e BBC)

O TikTok entrou ontem com um processo contra Montana, nos Estados Unidos, após o estado aprovar um projeto de lei que proíbe o uso do aplicativo chinês. A medida, que entrará em vigor em janeiro de 2024, proibirá o TikTok de operar no estado e obrigará as lojas de aplicativos a tornarem a rede social indisponível para download. O TikTok, da ByteDance, argumenta que a proibição viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA para a empresa e os usuários. Montana é o primeiro estado americano a tentar banir o app e o caso pode abrir precedente. Políticos têm alegado que o uso da rede social implica risco à segurança nacional. Nos últimos meses, o TikTok também já teve seu uso proibido em aparelhos oficiais de funcionários públicos em mais de uma dezena de estados americanos. (The Verge)

O WhatsApp terá a opção de editar mensagens enviadas. Segundo a Meta, a opção ficará disponível até 15 minutos após o envio da mensagem. Caso não seja possível editar, o aplicativo possibilita deletar para todos as mensagens erradas até dois dias depois. O novo recurso estará disponível para todos nas próximas semanas. (g1)

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