Milícias do Rio, Bolsonaro e o Brasil
No início de outubro, três médicos foram assassinados a tiros na Barra da Tijuca. Esse bairro fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um quarto foi baleado e internado. Um dos mortos era irmão de uma deputada federal. Agora, na segunda-feira desta semana, 35 ônibus foram incendiados no Rio. Também na Zona Oeste.
A surpresa de Milei na Argentina
Tem coisas que só acontecem na Argentina. Quem poderia imaginar que o ministro da Fazenda que gerencia uma inflação anualizada de 138% em setembro, que deixou 40% da população na pobreza, chegaria em primeiro na briga do segundo turno? Como foi que Sergio Massa chegou em primeiro? E quão parecido com Bolsonaro é Javier Milei? Vem comigo.
Falando sério sobre Israel e Palestina
Foi a maior chacina de judeus desde o fim da Segunda Guerra. Para alguns, o pogrom do Hamas trouxe dores ainda muito vivas. Gaza já conta com milhares de mortos num bombardeio que não para. Ajuda humanitária não entra. Neste conflito, a última coisa que se deve fazer é comparar dor. Quem o faz, alimenta o ódio do outro e se afasta da possibilidade de paz.
O Hamas já ganhou
Eu queria descrever uma cena. Não mostrar. O vídeo existe, está nas redes. É brutal demais para ser mostrado. Acho que a gente não deve pegar as pessoas de surpresa, mostrando certas imagens sem que elas esperem encontrá-las. Mas é importante descrever. É a conferência à imprensa dos médicos do hospital que foi atacado, ontem, em Gaza.
Quem luta contra a paz em Israel?
O pior cenário a partir daqui é uma guerra, uma guerra em três frentes. As Forças de Defesa de Israel estão combatendo Gaza. Mas e a fronteira com o Líbano? Se o Hezbollah, que como o Hamas é financiado pelo Irã, começa a atacar por lá, é uma nova frente. E se levantes ocorrem na Cisjordânia, que fica na fronteira oriental de Israel, pronto. São três frentes. Vira uma guerra bem pouco trivial. Não quer dizer que Israel tenha o risco de perder um conflito assim, não tem. Mas pode ser uma guerra que dure um tempo e que mate muito. Principalmente civis inocentes.
Israel ajudou a criar o Hamas?
Os palestinos, afinal, apoiam o Hamas ou não? E qual a responsabilidade de Israel neste conflito? Respostas aos comentários de vocês.
Você sabe o que é o Hamas?
Foi um pogrom.
É difícil até lidar com esta palavra. Ela vem do russo, quer dizer destruir. Provocar destruição. Foi adotada pelo iídiche e se internacionalizou. Tem um quê de estranho utilizá-la para um evento de hoje, do noticiário, porque pogroms parecem pertencer à história, ao passado. Não são coisas que aconteçam hoje em dia. E, no entanto, aconteceu. Sábado. Sete de outubro, em 2023.
Israel, Palestina. Que desperdício
Vamos tomar um fôlego aqui. Às vezes é importante ser direto. Cinco Pontos.
Primeiro. Imagina que seu filho adolescente, que sua filha, estão em um festival de música, numa festa bem grande. Numa rave. Você não gosta do seu governo, você discorda do seu governo. Todos nós, brasileiros, podemos falar com clareza isso, não é? Que sabemos o que é ter um governo que nos causa horror. Um grupo que odeia seu governo, que faz parte de um povo que é vítima de seu governo, de repente aparece pesadamente armado no festival em que estão sua filha, seu filho. Abre fogo. Mata cem, mata duzentos, mata mais. Aí leva sequestrados a gente ainda não sabe quantos.
Afinal, qual a prioridade do governo?
Chamar atenção para brigas da esquerda é ruim? Aliás, por que a definição de prioridades é tão difícil em governos de esquerda? Enquanto isso, qual a real diferença política entre Ronald Reagan e Donald Trump? E… Não existe esquerda nos EUA?
O que a crise dos EUA diz sobre o Brasil
Oito deputados americanos puseram todo o Poder Legislativo de lá de refém dos seus caprichos. Pela primeira vez na história, um presidente da Câmara, o speaker of the House, foi derrubado do cargo. Entender o que aconteceu lá nos ajuda muito a entender o que acontece aqui.