Lindbergh atropela Haddad e propõe déficit de 1% em 2024

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Sem combinar com o governo, o deputado Lindbergh Faria (PT-RJ) apresentou duas emenda ao projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para mudar a meta de resultado primário prevista para o próximo ano. Uma das emendas prevê 0,75% de déficit e a outra 1%. O deputado defende que, se na hora da votação do Orçamento os parlamentares não toparem a de 1%, teria a de 0,75% para garantir uma folga fiscal para o governo em ano eleitoral.

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As duas emendas atropelam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), que defende deixar essa discussão para março do próximo ano, quando o governo já terá em suas mãos o resultado da arrecadação do primeiro trimestre e poderia, nesse caso, apresentar uma proposta ao Congresso, flexibilizando a meta. As propostas também são vistas como desgaste para a articulação do governo, que ainda precisa negociar na Câmara e no Senado a conclusão da votação da pauta econômica.

A bancada do PT na Câmara está dividida sobre o assunto. Mas Lindbergh é alinhado à presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Na semana passada, Lindbergh tentou apoio de colegas de partido, mas não houve quem topasse assinar a proposta que bate de frente com os planos de Haddad. O ministro continua na defesa da meta de déficit zero, apesar das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que não seria necessário todo rigor fiscal.

No Planalto, Haddad tem o apoio do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mas o ministro da Casa Civil, Rui Costa, defende a mudança. Fontes do Congresso, no entanto, garantem que Rui Costa não incentivou a emenda apresentada pelo deputado fluminense. Lindbergh acha que a proposta defendida nos bastidores pelo baiano, de uma meta de 0,5%, é insuficiente.

 

 

 

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O liberalismo ausente

15/05/24 • 11:09

Nas primeiras semanas de 2009, o cientista político inglês Timothy Garton Ash publicou no New York Times um artigo sobre o discurso de posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. “Faltava apenas”, ele escreveu, “o nome adequado para a filosofia política que ele descrevia: liberalismo.” A palavra liberalismo, sob pesado ataque do governo Ronald Reagan duas décadas antes, passou a representar para boa parte dos americanos uma ideia de governo inchado e incapaz de operar. Na Europa continental e América Latina, segue Ash, a palavra tomou o caminho contrário, representando a ideia de um mercado desregulado em que o poder do dinheiro se impõe a um Estado fraco. Não basta, sequer, chamar a coisa só de liberal. É preciso chamá-la neoliberal. Desde final dos anos 1970, já são quarenta anos de um trabalho de redefinição forçada do que é liberalismo, uma filosofia política de três séculos e meio pela qual transitaram algumas dezenas de filósofos e economistas de primeiro time. O sentido do termo se perdeu de tal forma no debate público, que mesmo muitos dos que se dizem liberais não parecem entender que conjunto de ideias representam.

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