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O “clubinho” milionário dos administradores de casos de falência e recuperação judicial

Quando uma empresa no Brasil declara falência ou entra em recuperação judicial, o juiz do caso escolhe um advogado para ser o administrador judicial (AJ) dela. Ele fiscaliza o processo e, por isso, tem uma remuneração de até 5% do total da dívida da empresa. O AJ passa na frente dos credores e recebe o pagamento antes que os devidos sejam pagos. O valor final, que pode chegar a milhões de reais, é decidido pelo mesmo juiz. A recuperação judicial de empresas cresceu como um efeito da pandemia, num cenário de inflação e juros em alta. A maioria dos pedidos foi feito por pequenas e médias empresas. No entanto, chamam a atenção os processos que envolvem empresas milionárias e como os AJs muitas vezes se repetem de caso a caso. Os processos da 123milhas, Samarco, construtora Galvão, incorporadora Rossi e da Oi têm um nome em comum: Arnoldo Wald. Só para o caso da Oi ele recebeu honorários R$ 70 milhões. Depois, pediu R$ 21 milhões complementares. Ele é um dos profissionais que se repetem de caso a caso. Os escolhidos pelos magistrados formam um “clubinho”, segundo fontes falaram à reportagem. (UOL)

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