Ameaças a juízes cercam julgamento de Lula
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Thompson Flores, informou à presidente do Supremo, Cármen Lúcia, sobre ameaças contra os desembargadores que julgarão o ex-presidente Lula, no próximo dia 24. A Procuradoria-Geral da República vai investigar. (Estadão)
Pelo menos um partido, o PCdoB, suspendeu um de seus filiados por ter feito ameaças. É um ex-candidato a vereador de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. (Globo)
A preocupação do atual tesoureiro do PT, Emídio de Souza, é outra. Em reunião fechada com militantes, pediu demonstração de força nas ruas. Quanto mais gente, disse, “mais comedida a Justiça vai ser”. (Folha)
Enquanto isso... Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não foi tão comedida. “Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente”, disse ao Poder360. “Vai ter que matar gente.”
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, porém, aposta que o julgamento em Porto Alegre não terá incidentes que escapem ao controle da polícia local. Sequer é preciso enviar tropas federais. É o relato que fez ao Planalto. (Folha)
Lula pode não ser o único problema petista. A PF indiciou o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad por suspeita de caixa 2 na campanha de 2012. Ele é um dos citados como plano B do partido para o Planalto.
O presidente Michel Temer está preocupado com os atritos entre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ambos sinalizam intenção de candidatura ao Planalto. E, com o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de avaliação de risco S&P, os dois se estranharam. A esperança de Temer é que, a partir de abril, a economia aqueça, diz Kennedy Alencar. Mas a briga em casa não ajuda.
Lá no Planalto, consigo mesmo, quem sonha com candidatura é o próprio Temer. Acredita que pode ser eleito.
As preocupações com rating seguem. A ‘alta probabilidade’ de o governo brasileiro não conseguir cumprir a regra de ouro em 2019 é negativa para o rating do país. O alerta, agora, é da Moody's. Segundo a agência, na medida em que as pressões fiscais aumentam, é improvável que o país consiga prosseguir com a regra. (Estadão)
Rodrigo Maia: “Estamos projetando cenários e nossa análise é que com algum esforço a gente consegue cumprir a regra de ouro em 2019.” (Folha)
Aliás... O pai de Rodrigo, o ex-prefeito carioca Cesar Maia, é candidato ao governo do estado, informa Lauro Jardim. (Globo)
O TSE deseja que o Brasil seja o primeiro país a ter lei específica contra fake news.
O Ministério Público de São Paulo não endossou o acordo de leniência que a Odebrecht assinou com a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Com a recusa, os promotores ficariam sem acesso às provas apresentadas pela empreiteira. Agora, segundo a Folha, a empresa terá de fazer 30 acordos para se livrar de processos por ter subornado políticos e agentes públicos para obter contratos do Metrô, da Prefeitura de São Paulo, entre outros.
E a divisão de óleo e gás do grupo Odebrecht mudou de nome. Deixa de ser Odebrecht Óleo e Gás (OOG) e passa a se chamar Ocyan. A empresa está tentando reduzir seus débitos e quer atrair sócios ao negócio. O grupo quer desvincular de suas companhias importantes o nome “Odebrecht”. (Estadão)
A Advocacia-Geral da União e a Câmara dos Deputados recorreram ao Supremo para derrubar a decisão que suspendeu a medida provisória de privatização da Eletrobras e suas subsidiárias. Na semana passada, o juiz Claudio Kitner, da Justiça Federal de Pernambuco, suspendeu liminarmente os efeitos da MP. A AGU alega que a decisão do juiz, de primeira instância, usurpa a competência do Supremo: a medida provisória só poderia ser questionada no STF por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade. (Estadão)
Foi morto durante uma operação policial, em Caracas, o militar rebelde Óscar Pérez. Chefe de operações aéreas da tropa de elite da Polícia, era uma celebridade no país, apelidado de Rambo venezuelano. Chegou a participar de um filme. Vivia na clandestinidade há sete meses, por ter se rebelado contra o governo de Nicolás Maduro. Pouco antes de sua morte, fez uma transmissão ao vivo pelo Twitter na qual, ensanguentado, avisava que tentava negociar sua rendição mas não conseguia. “Querem nos assassinar”, disse. (Globo)
Cultura
Morreu, aos 46 anos, a vocalista do grupo irlandês The Cranberries (Spotify), Dolores O’Riordan. A banda despontou no início dos anos 1990 com músicas como Zombie, Dreams e Linger, e chegou a vender mais de 40 milhões de discos no mundo. No Brasil, fez duas turnês, em 2010. O’Riordan esteve num show solo, em São Paulo, em 2007. Ainda não há detalhes sobre a causa. (Estadão)
Eles voltaram diferentes. Sete anos depois, o Black Eyed Peas (Spotify) retorna à cena musical cantando em seu novo single, Street livin' (clipe), sobre o controle de armas, a reforma das prisões e o racismo americano. Mas os rappers Will.i.am, Taboo e apl.de.ap — a cantora Fergie segue afastada — garantem que o ativismo da banda não começou agora. Seu primeiro hit, afinal, foi Where is the Love?. “Atletas têm se posicionado mais que músicos”, afirmou Will.i.am ao jornal Los Angeles Times. “Precisamos começar a fazê-lo também.”
Bastaram 13 minutos na internet e duas horas nas bilheterias para que fossem vendidos todos os ingressos para o show de lançamento do novo álbum do rapper Don L, Roteiro Pra Aïnouz — Vol. 3 (Spotify), no Sesc Pompeia, em São Paulo, nesta quinta-feira. Com 35 anos, o músico de Fortaleza é símbolo da quebra da barreira que isolou os nordestinos do cenário do rap nacional por anos. O rap mudou, Don L também. “A primeira coisa que se fazia antes de escrever uma música era eleger um inimigo. Os opressores eram a polícia, o Estado, o tal do sistema. A partir de certo momento, você vê que nem todo polícia é bandido e um bandido pode estar ali pelas circunstâncias. A gente continua falando das mesmas coisas, mas não estamos mais simplificando, não estamos mais seguindo a cartilha.” (Estadão)
O média-metragem tem 50 minutos de duração. Se chama Voldemort: Origins of the Heir. Feito por fãs da série Harry Potter, para fãs, distribuição gratuita. Conta a história de Tom Riddle, o vilão cujo nome não se pronuncia, na juventude. Assista.
Viver
A tabela periódica pode ganhar uma nova linha. Uma equipe de cientistas no Japão iniciou a busca pelo inédito elemento 119. Temporariamente batizado de ununennio (um, um, nove, em latim), ele inauguraria a oitava fila na tabela proposta em 1869 pelo químico russo Dmitri Mendeleiev.
O custo da energia eólica produzida em terra caiu 23% desde 2010. O da energia solar, ainda mais: a eletricidade gerada por painéis fotovoltaicos teve queda de 73% no período. Segundo a nova análise da Agência Internacional de Energia Renovável, as renováveis devem sair pela metade do preço em 2020. Até o ano que vem, os melhores projetos vão entregar eletricidade a 3 centavos de dólar por kWh. É menos do que os combustíveis fósseis, hoje. (Valor)
E a área no entorno da usina de Chernobyl, abandonada desde o acidente de 1986, está prestes a reiniciar a produção energética. A retomada é uma estratégia do governo ucraniano para aproveitar a zona de exclusão após o acidente e suprir a necessidade do país, que foi abalada com o fim das importações de gás natural da Rússia, há dois anos. Vão colocar ali painéis solares. (Globo)
Em uma ação inédita em Wall Street, o Citigroup divulgou as diferenças salariais por gênero e etnia entre seus funcionários. A proposta veio da acionista Arjuna Capital, com sede em Boston. Além dos EUA, o banco também estudou a remuneração no Reino Unido e na Alemanha. Concluiu que as mulheres ganharam, em média, 99% do salário dos homens e que as minorias dos EUA obtiveram 99% do salário de grupos não minoritários. O banco disse que vai tomar medidas para igualar a todos. A Arjuna quer pressionar ainda outras instituições financeiras, como JPMorgan Chase, Wells Fargo e Bank of America, para que façam o mesmo. (Valor)
Para ler com calma. No domingo, Aziz Ansari, estrela da série humorística Master of None, da Netflix, foi acusado por uma moça anônima de assédio. A denúncia, publicada pelo site Babe, detalha o jantar que ambos tiveram e a ida dos dois, após, para o apartamento do ator. Lá, Ansari foi ávido enquanto a moça buscava um ritmo lento. Escrevendo para a Atlantic, a ensaísta Caitlin Flanagan questiona a definição assédio através das gerações. Ela tem 56, a jovem que acusa Ansari, 23. “Ela congelou, estava apavorada?”, se pergunta Flanagan. “Não. Ela queria afeto, carinho, atenção. Talvez esperasse se tornar namorada do ator famoso. Ele não parecia interessado. O que ela sentiu depois foi arrependimento. E o que ela e a jornalista produziram foram 3.000 palavras de pornografia de revanche. O objetivo de tantos detalhes não é validar a acusação e sim machucar e humilhar Ansari. As duas talvez tenham destruído sua carreira, que é a nova punição para todo tipo de desvio masculino.” Flanagan, que vinha escrevendo de forma favorável ao movimento #MeToo, ecoa o manifesto das francesas. “Há um exército de mulheres jovens que passaram tempo demais escolhendo suas roupas para encontros que esperavam ser inesquecíveis. Elas têm raiva, estão passando por um momento de poder e uma delas destruiu um homem que não o merecia.”
Cotidiano Digital
Aliás... O app se chamará Legal Fling, e vai rodar em iPhones e Androids. Mande a mensagem ao destinatário da noite e ele/ela responde com o consentimento formal. Para sexo. Um contrato. Utiliza a mesma tecnologia de seguranças das criptomoedas, Blockchain. Compatível com WhatsApp, Telegram, Facebook Messenger ou SMS. Serve para quebrar o gelo, mas também como um pequeno termo de ajuste de expectativas no qual o que é esperado é explicitado. Precisa camisinha? Fotos serão permitidas? E salva qualquer um de acusações posteriores.
Desnecessário? A Suécia está à beira de aprovar uma lei em que consentimento explícito, claro, será obrigatório antes de qualquer relação sexual.
Houve o tempo em que BlackBerry era marca de smartphone. Até ser por completo desbancada. Mas era conhecida pela segurança. Pois a empresa mudou de ramo. Jarvis, seu novo software lançado ontem no Detroit Auto Show, serve para que empresas que fabricam carros possam inspecionar o código que escrevem para seus sistemas de automação em busca de falhas. Assim, quando os primeiros veículos que dirigem por conta própria chegarem às ruas, estarão mais seguros contra hackers.
O Tag Heuer Connected Full Diamonds custa US$ 197 mil. Em ouro branco e encrustado de diamantes, é o smartwatch mais caro do mercado. Vem com garantia: quando se tornar obsoleto, a empresa substitui a máquina digital por uma mecânica. Suíça. Que não fica obsoleta.
