PSB começa processo para lançar Joaquim Barbosa

Há um movimento dentro do PSB para que Joaquim Barbosa seja declarado pré-candidato à presidência até 15 de maio. É quando arrecadação de dinheiro por financiamento coletivo, na internet, começa a valer. A expectativa interna do partido é de que ele tem capacidade de chegar rapidamente ao limite estabelecido pelo TSE para esta fonte, de R$ 70 milhões. (Estadão)

Aliás... Não à toa, é hoje que ocorre a primeira reunião de cúpula oficial do PSB com a presença de seu provável candidato. É uma reunião de trabalho. Ideias do ex-ministro serão incorporadas ao programa do partido. Os líderes da sigla esperam também, de Barbosa, que ele faça um gesto em direção ao mercado financeiro, se comprometendo com políticas responsáveis. Recebeu tanto de Eduardo Giannetti quanto de Delfim Netto elogios após conversas e deve marcar outra, com Armínio Fraga, para as próximas semanas. O comando do PSB planeja, ainda, uma pesquisa na qual apareça o retrato dos candidatos à presidente. Aposta que, afastado da vida pública, muitos não lembram de seu nome e, vendo seu rosto, haverá ainda mais gente declarando voto. (Folha)

Mas as resistências internas são reais. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, prefere alinhamento com o PT. Lula é muito popular no estado. E, por conta de Miguel Arraes e Eduardo Campos, o PSB pernambucano tem muito peso na legenda. Na terça, Câmara e Barbosa jantaram juntos. O flerte segue.

Já em São Paulo, o governador Márcio França não tem poder de impedir a candidatura, mas tem um problema grande. Deve fidelidade ao tucano Geraldo Alckmin. Mas, em saindo mesmo candidato, Barbosa, que é de seu partido, deverá ter muito mais peso nas pesquisas. (Veja)

Joaquim já começou a contar, dentro do PSB, o que pensa para o Brasil. Segundo ouviu Bruno Boghossian, na economia é um liberal moderado. Defende reformas estruturais, privatizações e livre concorrência. Não tem dúvidas a respeito da necessidade de venda das estatais — Petrobras de fora. Defende redução do tamanho do Estado, e inclui aí uma reforma da Previdência. Defende programas de transferência de renda e de acesso a universidades, mas critica políticas de subsídio estatal a empresas. (Folha)

Pois é. Revendo a atuação jurídica do ex-ministro, o Valor saiu com a mesma impressão: de um homem liberal na economia.

A turma do Jota, entrou em detalhes para desvendar o pensamento de Barbosa a partir de sua atuação no Supremo. Como ministro, votou a favor da cobrança previdenciária de servidores aposentados e contra a cobrança de ICMS de um estado quando a compra foi feita via internet, noutro. Foi radical na defesa de posse por vários grupos indígenas das terras da reserva Raposa Serra do Sol. Mostrou-se favorável tanto à prisão após condenação em Segunda Instância quanto à Lei da Ficha Limpa. Considerou constitucional a aplicação de cotas raciais.

Enquanto isso... A trupe do Aos Fatos fez esforço semelhante, reunindo tweets e entrevistas de Barbosa para tentar ler-lhe as posições. Ele considera Temer um homem conservador que, como Dilma, é desconectado do país. Não chama o impeachment de Golpe, mas considera que foi um jogo de cartas marcadas. É contra a redução de maioridade penal que, segundo ele, só é defendida por quem não conhece as violentas prisões brasileiras.

Helena Chagas: “O PIB passou a olhar em direções nas quais nunca havia mirado antes, como as de Joaquim Barbosa e Marina Silva. Ainda é um olhar cheio de dúvidas. Mas os pré-candidatos já perceberam isso e lutam nesse espaço. A ex-seringueira tem candidatura mas não estrutura partidária, e tem que lutar por alianças e apoios. De Barbosa, pouco se sabe. Alguns amigos tentam passar a ideia de que o ex-ministro do STF não será um irresponsável na economia. Esse discurso é música para os setores que temem que Barbosa chegue à cédula com um programa de esquerda. Neste momento, Barbosa e Marina começam um duro embate por corações e mentes não só das elites, mas de todo o eleitorado. Há quem articule uma chapa com os dois, mas quem os conhece sabe que se trata de um sonho de uma noite de verão — e que, se a convivência seria difícil na campanha, acabaria quase impossível num hipotético governo. Mas os caminhos da eleição passam pelos dois.”

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O PEN, Partido Ecológico Nacional, demonstrou desejo de retirar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 43, relatada pelo ministro Marco Aurélio Mello. É uma das duas que pede a derrubada da prisão após segunda instância. Quando favorecia outros, tudo bem. Agora que ajuda Lula, o nanico não quer mais. A maioria dos ministros considera que, uma vez pedida uma ADC, ela segue até o final. Marco Aurélio discorda. A bola está com o PEN. (Jota)

O Banco Central quer que pagamentos e transferências, no Brasil, passem a ser instantâneos. Hoje a modalidade só é possível entre clientes de um mesmo banco. Mas a expectativa do BC é de que alguém possa transferir dinheiro imediato de uma conta corrente para o cartão de crédito doutra pessoa, não importam os operadores. A mudança não é só regulatória, exigirá também adaptação tecnológica. (Valor)

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, aceitou substituir Abilio Diniz no comando do conselho de administração da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. O convite foi feito pelos principais sócios da empresa, mas sua eleição ainda precisa ser confirmada em assembleia de acionistas no dia 26. Caso tudo corra bem, o executivo seguirá à frente da petroleira, mas vai renunciar ao comando do conselho de administração da B3, que controla a Bolsa de São Paulo — seu acordo na Petrobras permite que ele ocupe apenas uma posição do tipo fora da estatal. (Folha)

Dos 159 homens presos numa mesma festa, acusados de atuar em milícias, 139 deles não eram investigados pela polícia por nada. Jamais foram suspeitos, são réus primários sob prisão preventiva, informa O Globo. Ontem, o Interceptlevantava a suspeita de que a operação policial entrou numa festa paga, prendeu todos, sem qualquer indício de que fossem mesmo milicianos.

Eleito ontem em um pleito indireto no qual era o único candidato apresentado aos 604 deputados da Assembleia Nacional, Miguel Díaz-Canel assumirá hoje a presidência de Cuba. E, assim, deixa o cargo Raúl Castro. A troca de comando não é apenas familiar. Os Castros deixam o governo junto a sua geração. Aos 57 anos, Díaz-Canel nasceu após a revolução, embora tenha construído uma carreira pessoal de fidelidade ortodoxa ao regime. Tem como missão o difícil equilíbrio entre manter o comando da elite política enquanto traz a ilha à economia de mercado.

Cotidiano Digital

A Amazon anunciou que ampliará para mais de 45 milhões de produtos os disponíveis para entrega no mercado brasileiro. O site americano da empresa poderá ser usado em português e o preço final já incluirá os impostos. Uma das iniciativas da gigante americana será cuidar, ela própria, da liberação aduaneira.

O movimento é uma resposta à também gigante Alibaba, cujo braço de e-commerce, AliExpress, já é o terceiro em vendas e em reconhecimento de marca no mercado brasileiro. O Brasil, porém, é um desafio sério para a empresa chinesa por conta da logística. Os produtos deixam a Ásia em uma, no máximo duas semanas. Mas, mesmo com os impostos já embutidos no preço, o tempo de passagem pela alfândega e, depois, entrega pelos Correios explode em 30 dias ou mais. E às vezes se perdem.

No último dia 13, a Justiça russa ordenou o bloqueio do app de mensagens Telegram em todo o país. Ainda há recursos. Concorrente do WhatsApp, o aplicativo permite chats secretos. Quem enviou pode apagar com a garantia de que será deletada também na outra ponta. Não é possível encaminhá-las. E o grau de criptografia é máximo. Agora, é a vez do Irã, onde o app é o sistema favorito para troca de mensagens. Tem 40 milhões de usuários, lá. O aiatolá Khamenei anunciou que o Telegram está banido para uso governamental. A proibição deve ser estendida a todo o país.

A Apple deve estar para anunciar o iPhone SE 2. Seu modelo barato.

Cultura

Da entrevista de Jô Soares a Fábio Porchat, lembrando dos tempos de resistência à Ditadura. Artistas têm de ser anarquistas. “Não tem que ter filiação partidária.”

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Steven Spielberg vai se jogar no mundo da DC Comics. Ele vai dirigir um filme, ainda sem título, baseado nos quadrinhos de Blackhaw. A série de quadrinhos, lançada no Brasil como Falcão Negro, é protagonizada pelo líder de um esquadrão de aviadores de elite que enfrentava inimigos do Eixo e outros vilões superpoderosos na Segunda Guerra Mundial.

Para quem é de dinossauros: Jurassic World, Reino Ameaçado, tem novo trailer. Chega aos cinemas em 21 de junho. Chris Pratt e Bryce Dallas Howard voltam.

O público pediu, a Netflix atendeu: a terceira temporada da série espanhola La Casa de Papel estreia em 2019.

A casa onde viveu o empresário Roberto Marinho, no Cosme Velho, Rio, abrirá às portas ao público no próximo 28. Será um centro cultural com cinema e, neste primeiro momento, dedicada à Arte Moderna brasileira. (Globo)

Viver

Depois de um adiamento de dois dias, a empresa americana SpaceX lançou ontem ao espaço o satélite TESS, da Nasa, que analisará durante os próximos dois anos cerca de 20 mil exoplanetas — aqueles que estão fora do nosso sistema solar. O satélite, desenvolvido em colaboração com o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e avaliado em US$ 337 milhões, foi acoplado no foguete Falcon 9. Assista ao lançamento.

Cientistas desenvolveram uma tatuagem biomédica que muda de cor quando a quantidade de cálcio no sangue está muito alta — uma ferramenta que, segundo eles, pode ser usada para monitorar os primeiros sinais de câncer. É que alguns tipos da doença aumentam a quantidade do mineral no sangue antes que os sintomas apareçam. A ideia ainda precisa ser mais estudada em animais e pacientes, mas, se funcionar, pode ser útil para monitorar pessoas com um risco aumentado de certos tipos de câncer ou para monitorar novos tumores em sobreviventes.

As polêmicas do VAR, o sistema de arbitragem de vídeo, são frequentes no futebol mundial. Dessa vez, a situação inusitada aconteceu no campeonato alemão. Os jogadores das equipes de Mainz e Freiburg já entravam nos vestiários após o primeiro tempo da partida quando o árbitro os mandou voltar para o campo. Isso porque recebeu um aviso da assistente de vídeo que revisava a partida: houve pênalti na última jogada. Não teve jeito: o Mainz cobrou — e marcou — no intervalo.

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