Prezadas leitoras, caros leitores —

Alexa, leia as notícias do Meio.

Pois é. Além de receber no celular o Meio, de segunda a sexta, a partir de agora também é possível pedir à assistente Alexa que leia a edição do dia. Para isto, basta contar com um dos inúmeros dispositivos da Amazon ou de terceiros — caixas de som, telas, o que for. Ou, então, funciona também no app, disponível para Android ou iPhones.

O projeto do Meio é encontrar os momentos de hábito digital de cada um, aquele quando é conveniente se informar. Seja texto ou seja vídeo, talvez áudio — longo ou curto. Aos poucos, vamos expandindo. Democracias dependem de informação e porque a base tecnológica da comunicação mudou: estes momentos são inevitavelmente múltiplos. O jornalismo tem a missão de se encaixar. É nossa missão.

E, felizes, botamos mais um pé à frente, no mundo dos assistentes digitais.

É só baixar o skill do Meio, gratuitamente, para sua conta Alexa.

— Os editores

Bolsonaro chegou perto do Golpe, segundo ‘Piauí’

No último 22 de maio, quando ainda criava uma confusão por dia, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Planalto, pela manhã, decidido a enviar o Exército para destituir os onze ministros do Supremo. “Vou intervir”, afirmou, de acordo com apuração da repórter Monica Gugliano, da revista Piauí. Ele reagia ao ministro Celso de Mello, que havia consultado a Procuradoria-Geral da República sobre apreensão do celular do presidente. O general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, afirmou gostar da ideia. Foi o ministro-general Augusto Heleno, da Segurança Institucional, quem pôs panos quentes em troca de assinar uma nota com tons fortes. Por boa parte daquela manhã, os ministros reunidos com o presidente — o que incluía o da Justiça, André Mendonça —, debateram sobre como seria a maneira ‘legal’ de usar as Forças Armadas para destituírem os ministros do STF. Baseavam-se na leitura de um par de juristas que fazem parte dos quadros do Exército e que sugerem que as Forças podem ser requisitadas pelo chefe de um dos Poderes para garantir a ordem. A leitura encontra muito pouco apoio entre juristas, e nenhum entre os ministros do Supremo. O governo não desmentiu a reportagem. (Piauí)

Então... As Forças Armadas querem mais R$ 2,5 bilhões para caças, foguetes e submarinos. Encontrará resistência no ministério da Economia. (Globo)

Pois é... O ministro Celso de Mello foi internado para exames e pode ter de passar por cirurgia. No início do ano, foi submetido a uma, no quadril. (Poder 360)

PUBLICIDADE

Como esperado, o BC cortou mais uma vez a taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 2% ao ano, renovando mínima histórica. A decisão foi unânime e o Copom sinalizou que se houver espaço para mais ajustes, deve ser pequeno. (Valor Investe)

Embora o BC leve em consideração outros fatores, no fim está olhando para as metas de inflação. Para Arminio Fraga, com ela abaixo da meta, o BC pode explorar o limite de queda dos juros e não descarta que a taxa chegue a zero no futuro. Porém espera que não, pois o movimento “mostraria que as coisas estão muito ruins”. (Globo)

A inflação percebida pelos mais pobres chegou ao maior patamar em seis meses. O Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1) foi puxado por uma energia elétrica mais cara e teve alta de 0,50% em julho, ante +0,33% em junho. Foi a maior taxa desde janeiro (0,55%). Segundo a FGV, uma nova onda de aumentos entre alimentos, no segundo semestre, deve continuar a pressionar o IPC-C1. O indicador deve encerrar o ano acima da média apurada pelo IPC-BR, que abrange famílias com ganhos até 33 salários mínimos mensais. (Valor)

A recente alta na impressão de cédulas, como a de R$ 200, não deve alimentar a inflação. Para especialistas, a medida não deve ser problema desde que o BC siga apenas atendendo de forma passiva a demanda. Impulsionado principalmente pelo auxilio emergencial, o Brasil tem seguido tendência mundial e expandiu em 35% a circulação de dinheiro no período de 12 meses até junho. (Valor)

A pesquisa PoderData — novo nome do Data Poder 360 — mostra empate na avaliação do governo Bolsonaro. 45% o desaprovam, 45% aprovam. Há dois meses a rejeição era de 50% e, a aprovação, de 41%. Há duas semanas, 49% dos homens avaliavam bem a administração federal. Agora, são 58%. Na região Sul, a percepção positiva passou de 46% para 55% no período. Houve mudanças também entre os mais jovens — pessoas de 16 a 24 anos — que rejeitam menos o governo. Há 15 dias, eram 46%. Agora são 39%. O mesmo ocorreu com quem mora no Sudeste. No período, a desaprovação na região caiu de 51% para 43%. No Centro-Oeste, a desaprovação subiu de 30% para 45%. (Poder 360)

Pela primeira vez, o Facebook apagou uma publicação de Donald Trump por violar sua política de fake news sobre a Covid-19. O post em questão trazia um trecho de uma entrevista dele à Fox News, em que dizia que as crianças são ‘quase imunes’ ao coronavírus. Essa mesma publicação foi motivo de bloqueio da conta da campanha eleitoral de Trump pelo Twitter. O YouTube também retirou o vídeo, mas a entrevista original continua disponível na página da Fox News na plataforma. (Reuters)

Viver

Mais 1.322 mortes pela Covid-19 foram confirmadas no Brasil nas últimas 24 horas. São 97.418 óbitos no total. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.033 óbitos, uma variação de -2% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, são 2.862.761 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 54.685 desses confirmados no último dia. (G1)

O cacique Aritana Yawalapiti, de 71 anos, um dos principais líderes indígenas do Alto Xingu, morreu ontem vítima de Covid-19, depois de duas semanas internado em um hospital de Goiânia. (Reuters)

E o STF decidiu por unanimidade obrigar o governo Jair Bolsonaro a adotar diversas medidas para conter o avanço do coronavírus na população indígena. (Uol)

Com média diária de mais de mil mortes, diversas regiões flexibilizaram a quarentena. Especialistas de todo o mundo apontam que um risco da flexibilização é o fato de que muitas pessoas podem pensar que a situação da pandemia está contornada. “Talvez essas pessoas sejam movidas pela falsa impressão de platô e de que as coisas se estabilizaram. Mas elas não percebem que a gente estabilizou no alto, com mais de mil mortes por dia. Isso não é normal. Por isso, não é desejável que normalizem isso e tudo bem viver assim”, alerta Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da USP. (BBC)

Pois é... a cidade de São Paulo ultrapassou ontem a marca das 10 mil mortes. Isso é maior do que o total de mortos no Chile, Argentina, Alemanha e África do Sul, por exemplo. São 10.055 pessoas vítimas da doença que deixaram seus familiares angustiados pela ausência da despedida como ela deveria ser. Uma delas é a de Marcelo Ribeiro, 45 anos. Ele e a mãe, de 83, tiveram Covid-19 em meados de março. A lógica de que filhos enterram pais se inverteram na sua família. Marcelo não teve um velório e um enterro como manda o ritual. A mãe, que tinha ficado internada no Hospital de Campanha do Pacaembu, só soube da morte do filho após deixar a unidade de tratamento. Conheça dez dessas histórias. (Estadão)

Mike Davis, historiador norte-americano, escreveu em 2005 um ensaio alertando sobre a chegada de uma pandemia. Chamava-se O monstro bate à nossa porta e é uma leitura visionária nos tempos de Covid-19. Esta pandemia, a de verdade, exigia uma nova versão. Agora está sendo relançado em versão ampliada com o título de The monster enters. Em entrevista, ele falou das possíveis consequências de mais um fator de sofrimento para os trabalhadores pobres. (El País)

Mike Davis: “Provavelmente a mais importante é o dano aos meios de subsistência dos trabalhadores pobres desempregados. São as condições que provocaram os distúrbios de 1992. A maioria dos presos então não era negra, eram imigrantes mexicanos e salvadorenhos. Foi por causa da recessão daquele ano e pelo fato de as pessoas não terem nenhuma rede de segurança. Essas condições estão se reproduzindo agora em uma escala muito maior. Isso é pior do que aquela recessão e do que a de 2008 e ainda não vimos todo o seu impacto. No nível micro, o das famílias, as pessoas não estão recebendo nenhuma informação sobre como encarar decisões como mandar as crianças para a escola, como planejar o futuro. O que nunca deve ser esquecido sobre o sul da Califórnia é o enorme preço que a população migrante pagou para realizar seus pequenos e modestos sonhos. E quando isso for tirado dela, se verá raiva e desespero. Veremos um desencanto em nível nacional que chegará às ruas”.

Um novo estudo sugere que a Nova Guiné é a ilha com a maior diversidade de plantas do mundo - 19% a mais do que Madagascar, segundo registro anterior. Noventa e nove botânicos de 56 instituições em 19 países vasculharam amostras, das quais as mais antigas foram coletadas por viajantes europeus na década de 1700. Grandes áreas da ilha permanecem inexploradas e algumas coleções históricas ainda não foram analisadas. Os pesquisadores estimam que mais de 4.000 espécies de plantas possam ser encontradas nos próximos 50 anos, aponta o artigo publicado na Nature.

Hora de Panelinha. E de aprender a fazer bons drinques para acompanhar enquanto cozinha. Para estes casos, uma lista com dez drinques simples de preparar. Um deles leva refresco de melancia com gim e gelo. Outra opção refrescante é a caipirinha de maracujá com gengibre e folha de mexerica. E sabe aquela garrafa de uísque esquecida no fundo do armário? Fica ótima com maçã. Como aperitivo, mandioquinha chips.

Cultura

Sobre música nova. Burna Boy, compositor, cantor e rapper nigeriano falou sobre seu quinto álbum, Twice as Tall, que será lançado no dia 13 de agosto. (New York Times).

No último Grammy, Angelique Kidjo, três vezes vencedora, dedicou o prêmio a Burna, um "jovem artista africano que está mudando a maneira como nosso continente é percebido".

Beyoncé e Sam Smith estão entre os fãs de Burna Boy. Escute seu álbum de 2019, African Giant, no Spotify.

E seu último vídeo no Youtube. O nome: Wonderful.

PUBLICIDADE

Sem a música, a vida seria um erro. A frase anuncia o trailer de A Última Nota, produção canadense que entrou em cartaz no serviço de streaming (Now, Vivo Play, iTunes, Apple TV, Google Play, YouTube Filmes, Claro Vídeo e Sky Play). O trailer.

Patrick Stewart faz o pianista Henry Cole, um famoso concertista que tem fãs pelo mundo todo. Cole de vez em quando “trava”. Esquece a música, tem um “branco”, lapso fatal para músicos, atores ou quem quer que se apresente em público, ao vivo. Segundo a crítica, um bonito filme com doses fartas de Beethoven, Brahms, Bach e Scriabin.

E Sir Patrick Stewart, que completou 80 anos no dia 13 de julho e tem um dos perfis mais interessantes do Twitter, está escrevendo sua autobiografia que será lançada pela editora Gallery Books.

Cotidiano Digital

Como esperado, a Samsung apresentou novos produtos no seu evento virtual Galaxy Unpacked. Um deles é o seu novo smartphone dobrável Galaxy Z Fold 2. A empresa não deu muitas informações, mas promete que a nova versão resolve os problemas na tela do seu antecessor. A novidade principal ficou por conta do Note 20 e o Note 20 Ultra. Os dois modelos já são habilitados com a tecnologia 5G DSS, lançada recentemente no Brasil pelas operadoras de telefonia móvel. Esse novo padrão ainda não permite todas as vantagens do 5G, mas tem uma velocidade até dez vezes mais rápida que o 4G. E diferente do S20, a Samsung voltou a investir na disposição vertical de suas câmeras, e não de forma retangular, como na geração anterior. A empresa também acelerou sua aproximação com a Microsoft e vai permitir que o usuário acesse os arquivos do celular pelo computador apenas por aproximação, sem a necessidade de abrir o smartphone. O aparelho começa a ser vendido em 21 de agosto em cerca de 70 países, com a versão básica custando US$ 999. Mas ainda sem previsão de chegar por aqui. Também foram apresentados novos fones de ouvido, tablet e novo relógio, o Galaxy Watch 3, que promete competir com Apple Watch. Tem foco em saúde, permitindo o monitoramento da pressão e do sono.

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.